Os pavilhões gimnodesportivos escolares têm a sua utilização pelos alunos limitada ao período diário de aulas.
O bom senso e sentido cívico dos Conselhos Directivos das escolas tem permitido desde há muitos anos a utilização destas infra-estruturas por parte de clubes e associações de várias modalidades desportivas, fora do horário escolar. Mas no início da nova época uma surpresa estava reservada aos clubes que não dispõem de instalações próprias e dependem dos pavilhões escolares para desenvolver a sua actividade.
A entrada em cena de uma nova entidade, “Parque Escolar, EPE”, que retira às escolas autonomia para realizarem os acordos de aluguer dos seus pavilhões, veio alterar este estado de coisas. Por imposição desta entidade pública empresarial, sujeita à tutela dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da educação, os preços de aluguer subiram nuns casos para o dobro, e noutros para o triplo dos valores anteriormente praticados. São já conhecidos casos de clubes que desistiram das competições em que estavam inscritos, enquanto outros procuram manter-se, mas enfrentando enormes dificuldades para suportar a subida de custos.
E no entanto, a questão nem deveria colocar-se, se tivermos em conta que a “Parque Escolar” tem publicado no seu site uma “Missão e Objectivos”, de onde transcrevemos:
“... Abrir a Escola à comunidade, criando condições para uma maior articulação com o meio envolvente …”
Comentários