CNB1 2010/11 arrancou. A primeira referência que é necessário fazer é negativa: a Zona Sul vai ser disputada incompleta devido à desistência de última hora do Juventude de Palmela.

Espera-se que as 11 equipas em competição se apresentem suficientemente competitivas para que o campeonato pelo menos não baixe do nível da época anterior.

No Norte regista-se a presença de 9 participantes repetentes e 3 que subiram do CNB2: Oliveirense, Vasco da Gama e Conimbricense. Da Proliga ninguém desceu, já que a abertura de 1 lugar devido à desistência do Vagos da Liga permitiu que o Maia se mantivesse.

Na 1ª jornada as equipas que se anunciam como mais reforçadas entraram a ganhar. A Oliveirense foi vencer fora os Salesianos (59-73), o mesmo que o Beira-Mar fez ao Vale de Cambra (59-67), enquanto a Sanjoanense venceu em casa o Conimbricense (94-88). O histórico Vasco da Gama entrou com o pé direito no seu retorno ao CNB1e venceu o Gaia (82-75). Em Coimbra o resultado mais nivelado, com o visitante FC Porto a bater o Olivais (62-63) e em Valença vitória da equipa local sobre o Infante de Montemor (60-55).

No Sul também participam 9 equipas que já competiam no CNB1 na época passada. Além destas, só uma vindo do CNB2, o Gaeirense, e outra que volta ao CNB1 após um ano na Proliga, a Academia.

O Gaeirense quis logo de entrada dizer que veio para ficar e venceu claramente o Montijo (94-73) em casa. Vitórias em casa também do Atlético sobre o Olhanense (62-53) e do Benfica sobre CA Queluz (99 -48 ). A maior diferença da jornada foi conseguida fora pelo Imortal ao vencer o Micaelense (37-63), e fora também venceu a Academia, batendo o Moscavide.

A julgar pelo primeiro jogo em Moscavide, a Academia voltou ao CNB1 com melhor qualidade. O encontro foi totalmente dominado pelos visitantes, que chegaram a registar uma vantagem superior a 30 pontos, mas o primeiro período foi do Moscavide (16-12) à custa de pontos conseguidos em posições interiores e conseguindo na defesa contrariar a movimentação dos academistas. No início dos segundos 10 minutos, quando o Moscavide converteu o seu 1º triplo do encontro, nada fazia prever que aqueles iriam ser os seus únicos 3 pontos do período. E como se isso não bastasse, permitiu à Academia a módica quantia de 32. Um conjunto de erros defensivos, muito bem aproveitados pelos visitantes, elevou a confiança destes e levou à desconcentração total dos da casa. A Academia, com excelente rotação da bola no ataque, acabava sempre por encontrar um jogador livre, muitas vezes fora da linha de 3 pontos. E como é habitual nestas circunstâncias, quando uma equipa está na mó de cima o cesto parece atrair a bola, e a percentagem da

Academia, nomeadamente de triplos, foi altíssima. Ao intervalo o jogo estava praticamente resolvido (19-44), face à incapacidade de reacção demonstrada pelo Moscavide. O 3º período não teve história. A Academia abrandou o ritmo mas continuou a adiantar-se (9-15) face a um Moscavide que se manteve apático. 31 pontos (28-59) era a diferença à entrada do último período, onde finalmente se viu os da casa mostrarem o que podem fazer no campeonato. Defendendo agressivamente, encontrando situações de lançamento de 3 pontos e lutando nos ressaltos, o Moscavide conseguiu vencer o 4º período por 17 (28-11), marcou tantos pontos como no resto do jogo e reduziu a diferença até aos (56-70) finais. O Moscavide tem jogadores ainda fora de forma, e mostrou-se capaz do melhor e do pior. Valeu-lhe a reacção do 4º período para esquecer a péssima imagem do 2º. A Academia apresentou-se já em boa forma, a pensar bem o jogo, e mostrou que é sério candidato a voltar à Proliga.