Gaeiras é uma vila com cerca de 3 500 habitantes situada no concelho de Óbidos, próximo do local onde no século I existiu a cidade romana de Eburobrittium.

O evento natalício de Gaeiras é a 4ª Grande Exposição de Presépios que ali decorre até 2 de Janeiro, e em Gaeiras tem sede a “Sociedade Recreativa e Cultural Gaeirense” que desde 2004 participa no CNB2, e na presente época pela 1ª vez no CNB1.
 
Moscavide é uma freguesia do concelho de Loures criada em 1928, que confina com a zona oriental de Lisboa e que se desenvolveu na 2ª metade do século XX como um dos dormitórios da cidade. A origem do nome Moscavide é atribuída ao termo árabe “Maskba” que significa “sementeira”. Ali está sedeado o Atlético Clube de Moscavide há muitas décadas dedicado ao basquetebol, e o evento do sábado passado foi a chuva de bombas no Moscavide-Gaeirense da 9ª jornada do CNB1.

Entre os 2 minutos e meio e os 7 minutos e meio de jogo do 4º período o Moscavide fez o incrível parcial de (24-1). Sucessivos triplos convertidos complementados com roubos de bola e contra ataques decidiram nestes 5 minutos um jogo que até aí se mantinha de resultado incerto.

O encontro, que opôs o 4º e o 5º classificados foi muito disputado e com boa qualidade de execução. O Moscavide manteve-se sempre na frente do marcador, com uma vantagem que oscilou entre os 6 e os 14 pontos, e a cada tentativa de afastamento o Gaeirense reagiu reduzindo a diferença. No início do 4º período o Gaeirense ainda recuperou dos 12 para 8 pontos de desvantagem. Mas a seguir chegou o período de alta tensão do Moscavide que levou a diferença até ao máximo de 31 pontos, para terminar com o resultado final de (88-66). Evidente subida de forma do Moscavide, que teve o seu melhor desempenho até ao momento, mas o Gaeirense não deixou de mostrar a razão de ser da boa carreira que tem tido no campeonato.

No Lumiar encontraram-se Academia e Benfica, 2º e 3º classificados. Encontro igualmente bem disputado mas resolvido mais cedo. A Academia entrou a defender concentrada e a limitar as acções dos jovens benfiquistas, mas com menos discernimento no ataque do que é habitual. Durante a 1º parte manteve-se o equilíbrio, mas a seguir ao intervalo o Benfica aumentou a velocidade do jogo, venceu o 3º período por (11-31) e deixou o encontro decidido. No final, vitória dos visitantes (64-86). A Academia continua a ser um dos candidatos ao 1º lugar do Play-off da Zona Sul, mas neste jogo não suportou a aceleração dos sub-20 do Benfica que mostraram continuar a progredir rapidamente.

Na Tapadinha jogaram Atlético e Micaelense, respectivamente 9º e 7º classificado, e ambos até ao momento com desempenho inferior ao esperado. Relativamente à época anterior, qualquer das equipas denota carências ao nível do jogo interior, mas o Atlético consegue disfarçar melhor essa lacuna à custa da versatilidade de alguns jogadores. Provas disso foram os 44 ressaltos capturados pelo Atlético face aos 35 do Micaelense, e a dificuldade sentida pelos visitantes em defender os jogadores interiores da equipa da casa. No 1º período o Micaelense levou ligeira vantagem (15-17), mas alguma desconcentração defensiva a meio do 2º quarto permitiu ao Atlético passar para a frente terminando a 1ª parte a vencer (38-34). A equipa de S. Miguel entrou melhor na 2ª parte e conseguiu tirar partido de acções de pressão defensiva para recuperar a liderança, só que por pouco tempo. Num período em que as duas equipas tiveram percentagens de lançamento muito baixas, o Atlético tirou vantagem de 4 recuperações de bola, duas delas na sequência de desarmes de lançamento, para chegar ao fim do 3º quarto em vantagem (52-45). No início do 4º período o Micaelense voltou a usar pressão defensiva em todo o campo mas sem resultados práticos. O Atlético manteve o controlo do jogo e não voltou a deixar o Micaelense aproximar-se terminando com uma vantagem de 10 pontos (73-63). Para a vitória do Atlético foi determinante o maior número de oportunidades de lançamento, fruto da vantagem nos ressaltos e do menor número de perdas de bola. O Micaelense teve 63 lançamentos de campo contra 61 do Atlético, mas nos lances livres foi o Atlético que dispôs de muitos mais, 41 contra apenas 16 do Micaelense. As percentagens de concretização foram relativamente baixas, 23 em 46 de duplos (50%), 2 em 5 de triplos (13%) e 21 em 41 de lances livres (51%) para o Atlético e 20 em 43 de duplos (47%), 5 em 20 de triplos (25%) e 8 em 16 de lances livres (50%) para o Micaelense. O Atlético, sem deslumbrar, mostrou subida de competitividade enquanto no Micaelense não se viu a confiança e combatividade ao nível do que a equipa costuma evidenciar. De ambos se espera subida de forma que valorize a competição do CNB1 Sul.

No derby regional das duas equipas de Queluz, o CA Queluz perdeu ante o Basket Queluz (50-61), resultado normal num encontro em que os vencedores ficaram aquém do seu potencial.

No Montijo, vitória dos da casa ante o Olhanense (81-62), sinal de que, depois de um mau começo, há que contar com o Montijo para o resto do campeonato.

O Imortal não jogou nesta jornada e mantém o 1º lugar isolado (8v/0d). O Benfica ultrapassou a Academia e é agora 2º isolado (7v/1d). Também isolada está a Academia em 3º (6v/2d). O Moscavide igualou o Gaeirense no 4º lugar (5v/3d) e em 6º está o Basket Queluz (4v/4d). Em 7º aparece o Montijo (3v/6d) e Atlético e Micaelense partilham o 8º (3v/5d). No 10º lugar continua o Olhanense (1v/7d) e no último o CA Queluz (0v/9d)

O campeonato tem agora uma interrupção, disputando-se a 10ª jornada em 8 e 9 de Janeiro

8 de Janeiro
Olhanense - CA Queluz às 17.00h no Ginásio do Olhanense
Micaelense - Moscavide às 17.00h na EBI Canto da Maia
Atlético - Basket Queluz às 17.00h na Tapadinha
Gaeirense - Academia às 18.00h no Gimnodesportivo Gaeirense

9 de Janeiro
Benfica - Imortal às 15.00h no Pav. Império Bonança