Formação e Elite (1)
 
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Formação e Elite (1)

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altUma das mais difíceis tarefas do basquetebol profissional é formar jogadores que renovem as equipas.

Neste artigo, António Maceiras assume uma posição sobre a formação de atletas que visa criar a discussão sobre aquilo que tem vindo a ser feito em Espanha. Mais artigos deste autor poderão ser encontrados em BasketMe.

Este artigo chega até nós em português graças a Luís Filipe Cristóvão


Em algumas ocasiões discuti com quem tem a ideia de que as Sociedades Desportivas (SAD), na sua condição de empresas dedicadas ao basquetebol profissional, não devem preocupar-se com a formação de jogadores. Mantenho que é uma irresponsabilidade deixar nas mãos de outros algo tão crítico para a continuidade do sistema como é o lançamento de novos valores que renovem o espectáculo. Para mais, acredito que a identificação dos adeptos (que não são meros espectadores), requer a presença de uma percentagem mínima de jogadores criados nos nossos escalões de formação. Não podemos ignorar o facto de que o basquetebol europeu se move pela representatividade de equipas em relação ao seu meio (cidade, região, país, etc) e pelo drama/euforia que provocam os resultados. Se, no lugar de adeptos (ou sócios, ou admiradores, ou como queiram chamar-lhes) falássemos de meros espectadores, não nos preocuparia esse aspecto. Mas nesse caso o critério da assistência basear-se-ia na qualidade, mais do que na filiação, e provavelmente iriam preferir assistir a jogos da NBA, em lugar de assistir aos das nossas equipas.

Quero partir de um conceito: creio que em Espanha temos um bom nível de formação de jogadores. Considerando o volume demográfico, as características étnicas e a cultura desportiva do país, o nível que o nosso basquetebol atingiu é notável. De qualquer maneira, existem certos pontos que eu gostaria de comentar neste artigo.

O recrutamento

Provavelmente, aquilo que  eu vou dizer vai cair como um balde de água fria sobre a cabeça de alguns treinadores de formação, mas acredito que o recrutamento é o momento mais determinante de toda a sua actividade. É certo que o trabalho que se fará, uma vez integrados os jogadores, será muito importante, como é certo que uma torpe gestão do talento pode provocar que elementos com potencial fiquem pelo caminho. A verdade é que não conheço nenhum treinador capaz de ensinar os seus jogadores a crescer ou a inventar-lhes qualidades inatas.  Portanto, e neste ponto eu estou seguro da minha opinião, aqueles que quiserem considerar-se como treinadores de formação deverão envolver-se plenamente na busca de elementos com máximo potencial e assegurar que nenhum dos que tem condições para triunfar não jogue por não ter tido oportunidade para tal.

Os clubes da ACB com tradição na formação demonstraram uma alta percentagem de sucesso na localização dos futuros craques, primeiro no território espanhol e, actualmente, por todo o mundo. Creio que neste âmbito a Federação Espanhola tem um desafio importante, em conjunto com as suas parceiras regionais: assegurar que os jovens com condições para este desporto e que estejam fora da órbita da ACB tenham a possibilidade de beneficiar de formação basquetebolística de alto nível. As “Operações Altura” são uma boa ferramenta, mas por vezes faz falta peneirar melhor o terreno para assegurar esse objectivo.

Apostar

Como diz o ditado, quem tudo quer, tudo perde. Conseguir formar um jogador desde as camadas jovens até à ACB é muito difícil. Mas conseguir que vários miúdos da mesma geração o consigam, é quase impossível. Deve-se apostar naquele que reúna o maior potencial e acompanhá-lo até ao final, sempre que demonstre a atitude correcta. Será necessário que a configuração do plantel se faça em função desse objectivo, sacrificando, se for preciso, alguma das peças secundárias. Se vemos que um jogador com possibilidades está a ficar pelo caminho, o melhor é sermos honestos connosco próprios e deixá-lo sair. Se actuarmos com medo de nos enganarmos com alguém, não acertaremos em ninguém.

Sempre admirei a forma como Miquel Nolis (a minha referência histórica na formação) compunha os seus plantéis, evitando a sobreposição de elementos que poderiam “prejudicar-se” entre si. Creio que é uma ideia que devia ser amplamente respeitada.

O que expresso neste ponto pode parecer impopular ou pouco social, mas é preciso ter em conta que estou a falar de formação de elite. Chegados aqui, as equipas não são associações de beneficência, mas sim centros para  formação de jogadores. A equipa tem que estar ao serviço dos atletas com possibilidade de projecção, e não o contrário.

 

 


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