Plantel e Equipa
 
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altNo artigo de hoje, olhamos para a composição dos plantéis profissionais das equipas de Basquetebol.

António Maceiras parte da análise da utilização de jogadores nos Play-off para uma sugestão de composição de plantel. Este e outros artigos do autor poderão ser encontrados em BasketMe.

Este artigo chega até nós em português graças a Luís Filipe Cristóvão


Este é um dos típicos debates de pré-temporada: o potencial dos plantéis. Enquanto não existem resultados suficientes para analisar, os que seguem o basquetebol dedicam-se a especular sobre que clube construiu o melhor e o pior plantel, baseando-se em critérios muito diversos. Estas são as minhas opiniões sobre esse assunto, não visando criar uma cátedra sobre o tema.

Costuma tomar-se como ponto de valorização de um plantel a sua profundidade. Mas creio que será importante estarmos realmente conscientes do que é essa “profundidade”. Tomo em consideração um estudo das estatísticas do Play-off da ACB da época passada:

  • Os jogadores nº 12 das oito equipas participantes beneficiaram de um total de 3 minutos de jogo (a uma média de 0:01 minuto por jogador em cada partida).
  • Os jogadores nº11 de cada equipa jogaram um total de 58 minutos (a uma média de 2:10 minutos por jogador em cada partida).
  • Os jogadores nº10 repartiram entre si um total de 256 minutos (a uma média de 7:53 minutos por jogador e partida).
  • Os jogadores nº9 de cada equipa jogaram um total de 289 minutos (a uma média de 8:51 minutos por jogador e partida).

É a partir do jogador nº8 de cada equipa que se começam a encontrar médias superiores a 10 minutos por jogador. Em encontros decisivos, é realmente difícil para um treinador utilizar mais de oito ou nove jogadores. E ainda que se veja como benéfica a presença de um grande número de opções, para os treinadores isso é um problema maior do que a falta de efectivos, já que às dificuldades operativas se juntam os problemas de atitude originados pelo papel secundário que lhes foi reservado. Em plantéis numerosos é mais fácil encontrar jogadores descontentes com a sua participação, ou casos de atletas que não conseguem desenvolver o seu jogo sem a continuidade e a confiança suficiente.

Poder-se-ia argumentar que as lesões podem afectar enormemente quem tem um plantel curto. É certo que sim, mas sempre achei que se deve começar com um plantel equilibrado, em lugar de começar com um plantel cheio de desequilíbrios e aguardar que sejam as lesões a resolver o problema. Todas as temporadas assistimos a casos de equipas com plantéis abundantes que precisam de uma onda de lesões para que o seu jogo se torne mais coeso, dado o número reduzido de jogadores utilizados. Não creio que seja uma casualidade, como se depreende do que venho demonstrando.

O que entendo, então, que seja uma medida real do potencial de uma equipa? Diria que vários factores. Em primeiro lugar, a qualidade do cinco inicial. Normalmente a equipa campeã costuma ser aquela que dispõe de um cinco titular mais forte e, em casos de potencial semelhante, aquela equipa que dispõe de mais jogadores decisivos. Normalmente, estes jogadores jogam cerca de 60% do tempo de jogo da equipa e o seu impacto na produtividade é ainda maior. Mais do que tudo, serão esses jogadores que serão chamados a intervir nos momentos decisivos das partidas.

Seguem-se os três homens da primeira rotação, um por linha (base, extremo, poste). Da maior qualidade que estes homens apresentem, dentro da condicionante de aceitarem o seu papel, depende o equilíbrio da equipa. Em alguns casos, estes atletas estão a um pequeno passo de garantir uma posição no cinco titular, logo a sua importância é enorme.

Depois virá a rotação secundária, os jogadores 9 e 10, os quais terão um protagonismo muito inferior e que só serão chamados a assumir responsabilidades maiores em casos de lesões ou de faltas.

O plantel completa-se com os jogadores 11 e 12, que idealmente seriam jogadores que treinam e trabalham com empenho e motivação diariamente, preparados para aproveitar a sua oportunidade com toda a ilusão que o momento lhes permite. O tipo de jogador que encaixa nesta definição são jovens com possibilidades de projecção futura.

Quero finalizar expressando uma ideia sobre a qual a minha opinião é determinada: fazer plantéis é uma arte e não tem nada  a ver com “juntar jogadores”. Reunir indiscriminadamente jogadores, ainda que estes possam ter muito talento, não tem nada a ver com criar uma grande equipa. Mais, grande parte das vezes, acumular muito talento é sinónimo de desastre. Encontrar a complementaridade das várias peças,  a sua disposição para aceitar o papel para o qual foram contratadas, assim como o equilíbrio entre talento e força, jogo interior e exterior, ambição e sacrifício, requer uma habilidade e uma experiência à qual faria falta um livro inteiro para a explicar.

 

 


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