Organização e investimento
 
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Organização e investimento

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altCom organização e algum investimento minibásquete é sucesso garantido.

O número de clubes e praticantes de minibásquete tem vindo a crescer ao longo da última década de uma forma significativa, mas muito sustentada no distrito do Porto, na Associação de Basquetebol do país, que mais praticantes federados têm. Reflexo deste crescimento, é o claro aumento de equipas no escalão de Sub-14. Mas mais do que este facto, o que nos leva a entrevistar Carlos Cerqueira Presidente do CDMB e Vice-Presidente da AB Porto e Paulo Neta Director Técnico da AB Porto é a vontade, que esta Associação revela em continuar a crescer investindo num projecto ambicioso e inovador. A AB do Porto quer chegar com a prática federada do minibásquete aos 20 concelhos do distrito. Venha conhecer este projecto venha conhecer o movimento do minibásquete da maior Associação do país.


Antes de entrarmos no funcionamento do minibásquete da Associação de Basquetebol do Porto gostaríamos que nos dissesses, há quanto tempo é que CDMB do Porto existe e qual é a sua constituição actual?
Historicamente o minibasquete despontou em Portugal, na cidade do Porto, em 1965, pela mão do Prof. Eduardo Nunes. A imediata adesão de Clubes, Colégios e Escolas determinou a criação do Núcleo Associativo do Minibásquete. Na história mais recente, o Comité Distrital de Minibásquete foi constituído no mesmo ano da constituição do Comité Nacional da FPB. Inicialmente era composto pelo Sr. Emiliano Pinto (na altura Vice-Presidente da ABP para o sector de captação e fomento), o Prof. Eurico Brandão (DTR à data), Joaquim Lemos (antigo árbitro) e António Fonseca (colaborador). Actualmente este órgão da AB Porto pretende, idealmente, ser capaz de integrar os representantes de todas as colectividades que desenvolvam a sua actividade nos escalões de Mini. Embora a sua constituição tenha vindo a crescer, nem todas as colectividades encontram-se aí representadas. Todos os seus elementos são 100% voluntários, apresentam-se nas actividades perfeitamente identificados (têm um Polo-shirt do Comité Distrital de Minibasquete) e têm como principal missão defender o espírito regulamentar definido pelo “Regulamento Técnico-Pedagógico de Minibasquete da ABP”. Este documento regula todas as Concentrações Regulares de Minibasquete que decorrem sob a égide da ABP. Para além deste importante contributo, intervêm muito directamente no planeamento e organização das “12 Horas de Minibasquete” e do “Dia do Minibásquete”, eventos paralelos, da directa responsabilidade da ABP.

Actualmente, o Comité Distrital de Minibásquete da ABP é composto pelos seguintes elementos: Carlos Cerqueira (Vice-Presidente da ABP); Paulo Neta (DTR da ABP); Sandra Batista (SC Coimbrões); Lurdes Miranda (Guifões SC); Patrícia Correia (JF Campo); Patrícia Lopes (Maia BC); Cristina Leite (GD Bolacesto); Jorge Gonçalves (Juvemaia ACDC); Fernanda Maia (CAA Salesianos); António Santos (CD Póvoa); António Barbosa (AC Alfenense) e Diamantino Carmo (SC Vasco Gama).

Apresentadas as pessoas que dão o seu contributo para o desenvolvimento do minibásquete no distrito do Porto gostaria que nos informasses quantos clubes e equipas e minibásquete existem na vossa Associação e como é que a actividade para tantas equipas está organizada durante a época?
Na época 2009/10 ultrapassamos o número máximo de Minis inscritos, contabilizando mais de 1200 jovens atletas. Pela 4ª época consecutiva ultrapassámos os 1000 praticantes entre os 6 e os 12 anos de idade inscritos. No escalão mais jovem (Mini 08) participaram cerca de uma dezena de equipas, no escalão Mini 10 aproximámo-nos das 30 equipas, ao passo que no Mini 12 ultrapassámos as 4 dezenas de equipas. Na AB Porto, a organização das actividades obedece a algumas regras pré-estabelecidas e discutidas entre todos os clubes participantes: No inicio de cada época (meados de Outubro) realiza-se uma Reunião Geral de Clubes de Minibásquete, com o objectivo de apresentar ideias, propostas, introduzir alterações ou ajustamentos que, pelo menos a maioria, entenda serem necessários. Após a referida reunião o documento é enviado para os clubes e simultaneamente disponibilizado no sítio da ABP (www.abp.pt) para consulta geral. Nele estão igualmente definidas as datas disponíveis para se calendarizarem as Concentrações Regulares. As Concentrações Regulares são jogos que são organizados e calendarizados pelo Comité Distrital (quem tem essa responsabilidade é o próprio Carlos Cerqueira – Vice-Presidente da ABP), em Pavilhões cedidos pelos clubes, para as acolherem. Todos os clubes que participam nestas actividades deverão disponibilizar um espaço para a realização de Concentrações, pelo menos, 1 vez de 2 em 2 meses, no decurso da época desportiva. Os aspectos logísticos de cada Concentração Regular (arbitragem, preenchimento de boletim, distribuição de balneários, etc…) são da responsabilidade do clube visitado. A ABP elabora e divulga os calendários de acordo com as disponibilidades de participação de cada clube. Todos estes dados são referidos no MININQUÉRITO, documento preenchido e remetido para o CDMB e considerado imprescindível para uma atempada e rigorosa calendarização. Na última semana de cada mês são divulgadas as Concentrações Regulares previstas para o mês seguinte. A realização de Concentrações Regulares decorre de Novembro até à 1ª semana de Junho. O encerramento deste tipo de actividades dá-se com o 10 de Junho – “Dia do Minibasquete”, onde, ao mesmo local, são chamadas a participar, todas as equipas de Minibasquete, que estiveram em actividade no decorrer da época. A partir desta data têm lugar os Torneios Particulares organizados pelos próprios clubes.

Ao longo dos tempos em termos de formação a Associação de Basquetebol do Porto é uma das Associações que mais acções de formação tem solicitado ao CNMB, para além dessas acções quais tem sido nesta área as vossas preocupações? (Clinic internacional)
Já há algumas épocas que está referenciada a necessidade de formar de modo mais particular os Técnicos que treinam com os jovens nesta faixa etária. Sentimos essa necessidade pois a carga horária assim como os conteúdos dedicados ao Minibasquete, no Curso de Treinadores de Nível I, é claramente insuficiente e a grande maioria de formandos a frequentar estas iniciativas enquadra-se precisamente nesta área do treino. Julgamos que, com as mais recentes alterações a introduzir na formação curricular dos Treinadores de Basquetebol, se possa resolver este problema. Paralelamente, também achamos que o investimento não deverá passar só por aí. A realização de ACÇÕES de FORMAÇÃO que tragam treinadores de Minibasquete de outros pontos do País, de outros Países, com outras vivências e outras perspectivas, são aspectos decisivos que muito contribuíram para o planeamento do CLINIC INTERNACIONAL de MINIBASQUETE, que teve lugar no passado mês de Outubro, em Paços de Ferreira (onde mais poderia ser ?!) 

Fruto do grande desenvolvimento que o minibásquete teve nos anos 70 no Porto, ficou na tradição da Associação organizar aquele, que tanto quanto sabemos é o evento do minibásquete, realizado ininterruptamente, mais antigo do país. O dia do Minibásquete – José Anjos. Quem foi José Anjos e quem foram as pessoas que no passado mais contribuíram para a importância do minibásquete no Porto?
José Anjos foi um jovem Oficial de Mesa da ABP que faleceu num triste acidente de viação, quando se deslocava para realizar um jogo na Póvoa de Varzim. De trato fácil, humilde e de grande dedicação à modalidade, granjeou junto de toda a comunidade basquetebolistica do distrito do Porto grande simpatia, pelo que, perante a sua perda, seu pai – Alfredo Machado – simpatizante da modalidade e colaborador dedicado da ABP (inclusivamente viria a ser seu dirigente) decidiu, todos os anos apoiar esta iniciativa e para além disso instituir o Troféu José Anjos. Este galardão passou, desde então, a distinguir uma pessoa ou entidade que se destaque no contributo prestado no âmbito do Minibasquete da ABP, em cada época desportiva e constitui uma forma de homenagear o jovem desaparecido.

Já que falamos de nomes vêm-nos à cabeça os excelentes Torneios Vitor Barreto organizado pelos Salesianos e Matos Pacheco organizado pelos FC Porto. Para além destes torneios que outros eventos com tradição e continuidade tem sido organizados pelos clubes da vossa Associação?
Também neste domínio o crescimento tem sido notório. De facto, em termos de dinâmica e longevidade o Torneio Vitor Barreto e o Convívio Matos Pacheco ganham especial destaque. Contudo outras colectividades merecem referência pelo grande esforço na realização de iniciativas semelhantes e que “lutam” por se manterem no calendário nacional de actividades do escalão: Torneio de São Pedro (CD Póvoa); Torneio do Mi e da NI (Académico FC); Torneio Comemorativo do Aniversário do Guifões SC; Torneio Comemorativo do Aniversário da UAA Aroso; Torneio “Prof. Dr. Vieira de Carvalho” – Maia BC; entre outros.

A forma como as “12 Horas do Minibásquete” estão organizadas apontam para a preocupação de levar o mini a todos os concelhos do Distrito, no entanto a experiência revelou que esta acção tem de ser complementada por outras. Querem-nos falar como está organizado o vosso projecto de chegar a todos os concelhos do distrito?
O objectivo que norteia as “12 Horas de Minibásquete” prende-se com organizar um evento de minibásquete extremamente mobilizador (mais de 50 equipas) e com significativo impacto no contexto local, onde se procura incluir equipas representantes dos jovens da região, ao mesmo tempo que se convidam equipas de outras Associações Distritais do país. Desde 2002, que todos os anos, tem percorrido um Concelho diferente do Distrito do Porto, chegando este ano ao Concelho de Felgueiras. Contudo, na passada época desportiva aproveitamos este ensejo para propor prioritariamente aos Concelhos de Amarante, Baião, Marco de Canaveses, Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Santo Tirso e Paredes a realização de uma parceria que possa promover a implantação da prática do Minibásquete, especialmente na população escolar do 1º ciclo do ensino básico. A ideia é muito simples: A autarquia disponibiliza os seus professores das AEC’s para receberem formação no âmbito do minibásquete, disponibiliza um espaço com condições mínimas, onde os seus professores possam regularmente realizar uma actividade do mesmo âmbito. A AB Porto assegura a formação ministrada, providencia algum material (fundamentalmente bolas) e assegura a organização e logística de uma actividade final interconcelhia, que congregue algumas das equipas resultantes do projecto. Paralelamente, ambas as entidades procurarão uma colectividade que possa estar interessada em se associar ao projecto, procurando a médio prazo iniciar uma secção de basquetebol que dê resposta ao interesse entretanto desenvolvido. O aliciante é que não são necessários investimentos avultados e com boa vontade e colaboração entre as partes, é possível concretizá-lo.

A entrevista já vai longa mas se falarmos de minibásquete e de concelhos temos que falar obrigatoriamente de Paços de Ferreira, que esta época como já foi mencionado já acolheu o I Clinic e ainda vai receber o 19º Jamboree e a Festa do Minibásquete – 1º Torneio Interassociativo. Em que medida é que estes eventos podem influenciar o desenvolvimento do minibásquete na vossa Associação?
Acreditamos que o Minibasquete é uma modalidade aliciante para os mais novos, haja quem tenha alguma motivação para desenvolvê-la. Neste domínio Paços de Ferreira tem sido um modelo exemplar. Em 2005, tinha 2 clubes e 2 equipas, sendo que nenhuma delas era de minibásquete. Desde então, fruto de um conjunto alargado de organizações aí realizadas (Final a 8 da Taça de Portugal, Fase Finais de Campeonatos Nacionais) onde existiu sempre a preocupação de associar pequenos Torneios de Mini que envolvessem os jovens do Concelho, da apresentação do projecto que actualmente norteia o CDC Juventude Pacense (mérito dos seus mentores e técnicos) e da sensibilidade da autarquia pacense, o basquetebol atinge já uma dimensão interessante, contando para o efeito com mais de 130 atletas inscritos, divididos por 10 equipas (5 escalões masculinos e 1 escalão feminino).

Resumidamente, julgamos que importa dizer que o Minibasquete necessita de algum investimento, mas o seu sucesso é garantido, existam condições básicas de organização.

Depois de termos falado tanto do mini no Porto, gostaríamos de saber qual é a vossa perspectiva sobre o desenvolvimento do minibásquete no país?
Existem várias áreas onde a intervenção poderia trazer mais valias à modalidade. Em primeiro lugar reiteramos a importância de criar um formação muito específica nesta área, já que é aqui que habitualmente começam o seu trajecto, os jovens treinadores. As questões técnicas são, muitas vezes subvalorizadas, embora os valores transmitidos no que diz respeito ao saber estar sejam igualmente menosprezados. Por outro lado, entendemos que seria extremamente positivo criarem-se várias equipas de técnicos disponíveis para realizar não 2 ou 3 jamborees, mas sim uma dezena deles, em variadíssimos locais espalhados por esse país fora, particularmente nas maiores pausas escolares (Natal, Páscoa e Verão). O nosso país e a nossa realidade, só agora começa a despertar para a importância dos Campos de Basquetebol, onde os jovens podem conviver, aprendendo, desenvolvendo e aperfeiçoando as suas capacidades individuais. Importa também, nas Associações e nos clubes que sentissem essa necessidade, que a participação competitiva das equipas, especialmente nos Mini 12, tivesse já outro enquadramento mais formal, eventualmente mais exigente. Mas variadíssimas outras medidas poderiam ser aqui referidas.

Qual é a vossa opinião sobre o relevo que o Planeta Basket dá ao minibásquete?
Qualificá-la-ia de importante e muito interessante e não só no que ao Minibásquete diz respeito. Com o desenvolvimento das novas tecnologias existe a necessidade de “criar um espaço” na internet, que possa fornecer (in) formação específica para treinadores da modalidade, com artigos de opinião, intervenções em Clinic’s, enfim, um conjunto de material que valorize e “abra” outros horizontes a quem treina os jovens atletas portugueses. Esta área da divulgação do conhecimento, está ainda muito inexplorada na nossa realidade.


E terminamos como de costume qual é a pergunta que gostarias que te fizessem e que resposta darias?
Presentemente, o que é que o Minibásquete mais precisa para crescer? Para além do investimento básico que parece não existir (e que caracteriza já praticamente todos os sectores da sociedade portuguesa), importa criar um espaço de troca de ideias, apresentação de novas tendências e projectos que possam alargar os nossos horizontes na compreensão do que é verdadeiramente o fenómeno do Minibasquete, aproveitando o “pontapé de saída” que constitui o FÓRUM DO MINIBASQUETE, evento que decorreu em Novembro de 2009 e que justifica uma periodicidade anual.

 

Comentários 

 
+2 #2 Mário Batista 17-01-2011 23:59
Primeiro que tudo queria dar os Parabens a esta Equipa do Comité Distrital do Porto pelo Excelente trabalho que têm vindo a desenvolver no fomento e captação no Minibasquete e que são realmente um Exemplo a seguir por todos Nós,fica desde já o meu agradecimento em nome do CNMB pelo vosso trabalho e mostrar total disponibilidade no que necessitarem que esteja ao meu Alcance .
Presidente do CNMB
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+2 #1 Ana Pinto 16-01-2011 23:55
Esta Associação é um exemplo...
Parabéns pelo empenho e dedicação exaustiva a um escalão muito importante na divulgação e desenvolvimento da modalidade...
Continuação de um excelente trabalho!
Bem Hajam!
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