Já é habitual que na 1ª jornada do ano a qualidade dos jogos se situe uns furos abaixo do normal, devido à quebra de ritmo provocada pela interrupção do campeonato.

No Benfica-Imortal de domingo passado esta regra confirmou-se. O Benfica, desde a derrota frente ao Basket Queluz na 2ª jornada, entrou numa fase ascensional, não voltou a perder e registou vitórias com grande autoridade, nomeadamente no último jogo de 2010 frente à Academia. Do Imortal basta lembrar que venceu todos os jogos disputados, e por uma diferença média de 19 pontos. Face a estes antecedentes era de esperar um nível de qualidade superior ao que se verificou.

Entrou melhor o Benfica, concentrado a defender e conseguindo condicionar os movimentos atacantes do Imortal. Os algarvios, além de apáticos na defesa, insistiram sem sucesso nos lançamentos exteriores durante todo o 1º período, lançando 8 vezes da linha de 3 pontos sem converter nenhum. Como resultado desta supremacia o Benfica chegou a ter 12 pontos de vantagem, mas terminou o 1º período a vencer apenas por 8 (22-14) devido a algumas perdas de bola nos minutos finais. Neste 1º quarto do encontro o Benfica atingiu a excelente percentagem de 63% nos lançamentos de campo, mas no resto do jogo nem a metade daquela percentagem conseguiu chegar. Isto diz bem da mudança de atitude defensiva por parte dos visitantes que foram crescendo no jogo à medida que os jovens benfiquistas perderam fulgor e iniciativa. No início do 2º período ainda o Benfica alargou a sua vantagem até ao máximo de 14 pontos, mas um parcial de 10-0 do Imortal repôs o equilíbrio e reduziu a vantagem do Benfica para 6 pontos no final da 1ª parte (35-29). Tal como nos inícios de período anteriores, o Benfica voltou a entrar melhor no 3º mas por muito pouco tempo. O Imortal aumentou a agressividade na defesa e por 3 vezes concretizou contra-ataques na sequência de recuperações de bola, acções que foram decisivas para que o jogo chegasse ao final do 3º período empatado (48-48). No 4º período o jogo manteve-se equilibrado até perto do fim. Nos 2 últimos minutos veio ao de cima a maior serenidade e experiência dos algarvios, ajudada por alguma desconcentração dos benfiquistas, com uma falta técnica averbada no momento menos oportuno. O Imortal fez um parcial de (2-9) para terminar o encontro como vencedor (66-71).

As duas equipas tiveram um comportamento inverso ao longo do encontro. O Benfica começou melhor mas foi baixando de rendimento. O Imortal entrou com sinais de falta de ritmo mas adquiriu-o durante o jogo para acabar em bom nível. E foi ao banco que os visitantes foram buscar o tónico para o espírito de luta que lhes havia faltado no princípio do jogo, e sem o qual não teriam certamente chegado à vitória. Este comportamento está reflectido nas percentagens de lançamento de campo. O Benfica acertou no cesto em 48% das tentativas na 1ª parte e em apenas 27% na 2ª. O Imortal, ao contrário, passou de 37% na 1ª para 51% na 2ª. No total do encontro o Benfica lançou 42 vezes de 2 pontos contra 38 do Imortal, mas com pior percentagem (45% contra 58%). De triplos foi o Imortal que lançou mais (24 contra 15) e com percentagem ligeiramente melhor (21% contra 20%). Só da linha de lance livre o Benfica foi mais eficiente, com 68% em 28 tentativas contra 50% em 24 tentativas do Imortal. Nos ressaltos o Benfica levou vantagem, com um total de 42, dos quais 13 ofensivos. O Imortal ficou-se por 36, sendo 9 ofensivos. Já nas perdas de bola a vantagem foi para os algarvios. O Benfica não conseguiu chegar a lançar ao cesto em 20 das suas posses de bola, enquanto ao Imortal a mesma situação ocorreu 18 vezes.

No sábado já se haviam disputado os restantes 4 encontros da 10ª jornada. Na sua deslocação a Gaeiras a Academia venceu sem grandes sobressaltos, com a equipa da casa a actuar um tanto abaixo do que já conseguiu noutros jogos. Os visitantes dominaram a 1ª parte forçando os locais a muitos lançamentos precipitados à custa de eficácia defensiva, e conquistaram uma vantagem de 17 pontos. Na 2ª parte o Gaeirense usou por diversas vezes pressão defensiva e procurou inverter o resultado, mas o melhor que conseguiu foi reduzir a diferença para os 10 pontos finais (66-76).

Vitórias caseiras nos outros 3 jogos. O Ginásio Olhanense venceu claramente e sem surpresa o CA Queluz (92-67) enquanto o Atlético confirmou os sinais de melhoria ganhando ao Basket Queluz (78-68). Finalmente em Ponta Delgada um dos raros resultados equilibrados desta época no encontro que opôs Micaelense a Moscavide. A equipa da casa entrou melhor no jogo e chegou a 10 pontos de vantagem. Na 2ª parte foi a vez do Moscavide reagir e passar para a frente conquistando uma vantagem de 10 pontos. Nova reacção, agora do Micaelense, reequilibrou o marcador. Usando o recurso à falta para parar o cronómetro, o Micaelense conseguiu dispor da última posse de bola, quando o marcador registava 2 pontos de vantagem para o Moscavide. Os 7 segundos que faltavam para jogar chegaram ao Micaelense para concretizar um triplo sobre o apito final que lhe deu a vitória (70-69).
Os 5 primeiros lugares da tabela não sofreram alteração após esta jornada. Imortal é cada vez mais primeiro (9v/0d). Benfica e Academia são segundos (7v/2d) e Moscavide e Gaeirense quartos (5v/4d). Atlético e Micaelense alcançaram Basket Queluz e partilham os três agora o sexto lugar (4v/5d). O Montijo, que não jogou nesta jornada, baixou ao nono lugar (3v/6d). O Ginásio Olhanense mantém-se na décima posição (2v/7d) e o CA Queluz na décima primeira (0v/10d)

A 11ª jornada disputa-se no próximo fim de semana

15 de Janeiro
Imortal-Gaeirense às 16.00h no Pav. Desp. de Albufeira
Moscavide-Atlético às 18.00h no Pav. do Moscavide
Montijo-Benfica às 18.15h no Pav. Mun. nº1 do Montijo
Basket Queluz-Gin. Olhanense às 21.00h no Pav. Henrique Miranda

16 de Janeiro
Academia-Micaelense às 15.30h na Esc. Secundária do Lumiar