Afinal, Kobe é clutch ou não?
 
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Afinal, Kobe é clutch ou não?

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altA questão surgiu nos comentários do post anterior e é a discussão mais acesa na blogosfera NBAiana por estes dias: Kobe é um bom clutch player ou não?

Tudo começou com um artigo de Henry Abbott, no True Hoop. Em "The truth about Kobe in crunch time", Abbott defende que Kobe, apesar da percepção geral, não é um bom jogador nos minutos finais dos jogos. No início da época, os general managers das 30 equipas responderam ao questionário anual e 79% responderam "Kobe Bryant" à pergunta "Que jogador gostaria de ter a fazer o último lançamento no final dum jogo renhido?"

Esta é também a opinião generalizada entre a maioria dos fãs da NBA. Mas Abbott discorda. Para ele, "há zero chances de Kobe ser o rei do crunch time." Em toda a sua carreira, Bryant lançou 115 lançamentos nos últimos 24 segundos de jogos em que os Lakers estavam empatados ou a perder por dois ou menos pontos. Converteu 36 desses lançamentos e falhou nos outros 79, para uma percentagem de concretização de 31%. Para Abbott, "só nos highlights do Youtube e na mitologia da NBA é que Kobe é o melhor marcador nos momentos finais."

Zach Lowe, do blogue Point Forward da Sports Illustrated, respondeu ao artigo e defende que os números de Abbott estão correctos, mas isso não quer dizer que o jogador dos Lakers seja mau nos momentos finais. Na verdade, Kobe está na média (e não nos podemos esquecer que esta média não é de todos os jogadores da NBA, mas antes uma média dos melhores jogadores, pois só estes é que têm a bola nas mãos nestes momentos). A verdade, segundo Lowe, é que todos os jogadores baixam a percentagem nestas situações. Há várias razões que o explicam: as defesas esforçam-se mais e fazem tudo para não sofrer um cesto (não é o mesmo sofrer um cesto aos 24 minutos do jogo, onde ainda há mais 24 para jogar, e nos últimos segundos, onde já não há tempo para recuperar. É uma situaçao de tudo ou nada), os árbitros permitem mais contactos (pelo que se torna mais difícil marcar), os jogadores estão mais cansados, os ataques das equipas são mais previsíveis, recorrendo muitas vezes a jogadas de isolamento e, muitas vezes, também não há tempo para procurar uma situação de lançamento mais favorável e têm de lançar pressionados ou em desvantagem. Por isso, Kobe não é mau. É apenas, como todos os outros, pior nessas situações do que no resto do jogo.

Em que ficamos? Kobe é um bom clutch player ou não? Pois bem, na verdade, ambos têm razão.

De facto, ele lança quase sempre, o que o torna mais previsível e facilita o trabalho da defesa. E dar a vitória à equipa não tem de ser sempre marcar o último cesto. Pode ser fazer uma assistência a um companheiro livre (lembram-se de Michael Jordan a assistir para John Paxson e Steve Kerr nas Finais, quando toda a defesa caía em cima dele?). Sim, Kobe podia ser melhor nessas situações de final de jogo, se não insistisse sempre em querer decidir o jogo sozinho. O próprio Phil Jackson já afirmou mais que uma vez que gostava que Kobe confiasse mais nos seus colegas e tivesse um jogo mais colectivo nesses momentos. Para o Zen Master, o triângulo ofensivo é para continuar a ser executado sempre.

E sim, Kobe tem piores percentagens em crunch time do que no resto do tempo. Não podemos negar os números. Mas temos de saber contextualizá-los. Um lançamento nos últimos segundos não é o mesmo que um no resto do jogo. Há factores físicos, mentais e conjunturais que tornam esses lançamentos muito mais difíceis que qualquer outros. Por isso, podemos compilar as todas as estatísticas que quisermos desses minutos, mas estas não dizem a verdade toda. E a lógica que usamos para analisar o resto do jogo não se aplica em crunch time. Se durante um jogo, uma percentagem de 31% é francamente má, em lançamentos de final de jogo é aceitável. Mais: é do melhor que qualquer jogador consegue.

Kobe é clutch? Se compararmos com os números dos primeiros 45 minutos dum jogo, não. Mas não é disso que estamos a falar aqui. Aqui estamos a falar dos últimos minutos. Aqueles onde mesmo os melhores de todos não conseguem fazer melhor. Aqueles onde, se até os melhores pioram, imaginem o que os outros fariam. Sim, ter a bola nas mãos de Kobe não é uma vitória garantida. Mas é a melhor hipótese que podes ter.

 

 


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