Captação, fomento e fidelização que caminhos?
 
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Captação, fomento e fidelização que caminhos?

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altPor diversas vezes tenho afirmado que o erro estratégico do desporto em Portugal está na ausência de programas ou projectos verdadeiramente consistentes e empenhados  nas primeiras etapas da formação.

O excelente texto de reflexão do Ricardo Rodrigues, treinador do Barcelos, publicado no Basketpt, a proposta apresentada pelo CNMB no princípio deste ano civil para a alteração das idades dos escalões de formação, os argumentos a favor e contra, que os directores técnicos regionais apresentaram, as minhas convicções e o fundamentalmente o facto de ter um pouco mais de tempo para expor as minhas preocupações, levam-me a apresentar a partir desta semana uma série de artigos subordinados ao tema captação, fomento e fidelização dos praticantes, que caminhos?

Não somos um país rico e passamos por graves dificuldades, mas nem esse facto nos leva a deixarmos de fazer opções erradas na distribuição dos nossos recursos e termos uma enorme capacidade de desperdício e ostentação. O tema do desperdício e ostentação é um tema que nestes meus artigos voltarei a abordar. Estes são males nacionais transversais e que atingem praticamente toda a nossa sociedade. Está quase a fazer um ano, que publiquei aqui neste site, um artigo intitulado “O erro estratégico do desenvolvimento desportivo” (20.04.10) Agora que acabei de visitar a Bélgica onde tentei aprofundar a forma de organização do basquetebol naquele país posso dar um conjunto de informações que nos permitem fazer comparações e provocar alguma reflexão.

Hoje vou abordar apenas o número de praticantes e sua fidelização. Em artigos posteriores abordarei entre outros temas e reflexões, a organização desportiva, as opções do clube mais importante do basquetebol belga, a qualidade dos praticantes da formação, etc. 

Vou começar pela distribuição dos praticantes masculinos existentes no final da época de 2009/10 em Portugal e na Federação francófona da Bélgica a AWBB, já que na Bélgica existem duas federações perfeitamente autónomas. A opção de comparar apenas o escalão masculino reside no facto de neste sector, ao contrário do sector feminino, haver uma perfeita sobreposição dos escalões na FPB e AWBB. Esta identidade de escalões facilita, como é evidente, a comparação.

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Na discussão da alteração da idade dos escalões, sugestão que também hei-de apresentar, foi a intervenção de António Sena, Director Técnico da AB de Castelo Branco, que mais me fez reflectir sobre a proposta apresentada pelo CNMB e que me levou a fazer esta comparação de dados. Por outras palavras, a intervenção do António Sena, no fundo referia que o escalão de Sub-14 ainda era na sua Associação decisivo para o fomento e captação da modalidade. Esta afirmação levou-me à procura dos dados e resolvi fazer um levantamento exaustivo Associação por Associação destes dados a partir de 2007, ano em que foi introduzido, por iniciativa do CNMB, o escalão de Sub-8.

Gosto muito de pensar pela minha cabeça, mas não sou surdo e quando verifico razão nos argumentos que me apresentam não tenho problemas em reconhecer a sua validade. No entanto esta constatação e comparação também me conduziu a outras reflexões, e como tal já pedi a António Carrillo, o favor de me enviar os dados dos praticantes da Catalunha, para ter noção de como está assente a base da pirâmide, numa das regiões da Europa onde o basquetebol tem maior expressão.

Ao olhar para o quadro de praticantes que recolhi, para além de reparar no rácio praticantes versus nº de habitantes, lembrei-me de imediato dum comentário da Alexandra Salazar, protagonizado em tempos numa interessante polémica sobre este tema no blog do Comité Distrital de Minibásquete da AB de Coimbra. No seu comentário Alexandra referia não gostar da noção de pirâmide para a formação, mas preferia a noção de cubo, com um bom telhado em cima. Realmente, enquanto a nossa realidade, tem a sua maior base de praticantes nos Sub-14 e está estruturada, quase como dois funis um em cima do outro, a realidade da AWBB, que tem a sua maior base de praticantes nos Sub-12, funciona quase como um cubo. Há na realidade um caminho já percorrido pelo minibásquete em Portugal, mas para dar maior consistência à modalidade muitos passos têm de ser realizados no universo das etapas iniciais. Não deixar morrer projectos existentes e investir em novos projectos do minibásquete, de forma, a que o escalão de Sub-12, seja efectivamente, aquele com o maior número de praticantes, é indubitavelmente, meio caminho andado, para que não seja apenas nos Sub-14, (que na FPB já estão fora do sector da captação), que uma parte significativa dos nossos praticantes, esteja a dar os primeiros passos na modalidade.

Em anexo pode consultar o quadro comparativo e ver os dados por Associações.

Quadro comparativo da AWBB e da FPB e  Associações

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Amarelo: Maior nº de praticantes dentro de cada Associação

 

Comentários 

 
+4 #2 San Payo Araújo 29-03-2011 16:16
Caro Luis Cristóvão

As tuas pertinentes questões e a importância deste debate levaram-me a dar a resposta num artigo que será publicado amanhã. Obrigado por me fazeres reflectir.

Um abraço
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+7 #1 luisfilipecristovao 29-03-2011 09:56
Caro San Payo, não haverá aqui uma margem de erro ligada ao número de equipas, onde atletas com 11 e 12 anos são inscritos nos sub14? Na verdade, a forma de podermos aferir com verdade a idade dos atletas seria obrigá-los a inscreverem-se sempre no seu devido escalão, não colocando entraves à sua utilização na equipa que os seus treinadores decidissem. Assim teríamos a possibilidade de dar maior competição àqueles que precisam dela, não descurando a realidade dos números que nos permitisse continuar a analisar as formas de melhorar a formação no basquetebol.
Acrescento uma pergunta/provocação para os próximos artigos: o facto de não termos formação de treinadores em 2011, não vem atrasar ainda mais o possível desenvolvimento da modalidade? Que outro desporto se pode dar ao luxo de não formar novos treinadores durante uma época inteira? E de que forma isso afecta o trabalho de formação feito nos clubes que dependem de voluntários?
Um abraço!
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