Turbilhão de emoções
 
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Turbilhão de emoções

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altA fase regular da Zona Sul do CNB1 esteve uns furos abaixo do ano anterior no que diz respeito ao nível competitivo, e a 1ª ronda do Play-Off só parcialmente ofereceu a emoção dos grandes embates, mas nas meias-finais o panorama foi outro.

Se há sistema que leva até ao limite o nível competitivo e as emoções envolvidas nos jogos é o Play-Off. Os momentos decisivos clarificam as metas que as equipas perseguem e levam os jogadores a níveis de concentração mais elevados, colocando no jogo todos as suas capacidades. Play-Off’s disputados entre equipas com ambição e de níveis semelhantes resultam por norma em jogos mais intensos e de nível mais elevado.

As meias-finais da Zona Sul do CNB1 envolveram quatro equipas, todas elas a acreditar na vitória, e que proporcionaram 5 jogos onde se viram momentos de bom basket e onde o menu de emoções presentes foi vastíssimo. Confiança, determinação e superação estiveram lado a lado com frustração, angústia e desespero. E em cada final coexistiram a alegria, a tristeza, o riso, o choro, a euforia, a dor, o sentimento de injustiça, a solidariedade e o companheirismo. No imediato é o resultado que é valorizado, mas a longo prazo o que verdadeiramente fica é uma autêntica experiência de vida para os que vivem por dentro este turbilhão de emoções.

A Escola Secundária do Lumiar e o Pavilhão Desportivo de Albufeira foram os palcos onde Academia e Imortal procuraram inverter os resultados do jogo 1, mas os dois melhor classificados da fase regular tiveram destinos diferentes. A Academia acabou eliminada pelo Gaeirense por (2-0), ao passo que o Imortal conseguiu superar o Moscavide por (2-1).

No jogo 2 com o Gaeirense, a Academia voltou a entrar mal. O desacerto inicial não teve no entanto a extensão que se tinha visto no jogo 1. Após o parcial de (0-11) com que os visitantes iniciaram o encontro, a equipa da casa estabilizou a diferença até ao fim do 1º período e recuperou no 2º, chegando ao final da 1ª parte a perder apenas por 1 ponto. Durante toda a 2ª parte o marcador manteve-se com diferenças mínimas, de forma que a decisão sobre o vencedor só tomou forma nos instantes finais. No seu último ataque, e com o jogo empatado, o Gaeirense guardou a posse de bola e só em cima do limite dos 24 segundos tentou uma penetração que terminou com a marcação de uma falta defensiva à Academia. O 1º lance livre foi convertido e o 2º falhado. A equipa da casa recuperou a bola no ressalto mas os 2 segundos que restavam não foram suficientes para armar um lançamento com possibilidades de sucesso, e o encontro terminou com a vitória do Gaeirense (67-68). Os jogadores da casa contestaram vivamente a decisão da falta que lhes foi averbada nos últimos segundos, mas independentemente da razão que lhes possa assistir nessa situação do jogo, a Academia pecou essencialmente pela desconcentração com que entrou em ambos os encontros da eliminatória.

Na outra meia-final foi necessário o jogo 3 para encontrar o vencedor, mas o jogo das emoções começou ainda no período de aquecimento do jogo 2, com a lesão de um jogador do Moscavide impeditiva de participação no encontro. O facto limitou a rotação dos visitantes mas não os impediu de se entregarem à luta de forma empenhada. Apesar de a equipa da casa ter estado praticamente sempre na frente do marcador, os visitantes nunca se deram por vencidos e mantiveram em ambos os jogos o resultado em aberto até ao fim.

Imortal e Moscavide são duas equipas que encaixam, no sentido de serem capazes de se anular mutuamente, o que resulta em jogos com defesas muito intensas e com percentagens de lançamento inferiores ao habitual. A eficácia defensiva do Imortal ficou patente na limitação que conseguiu impor ao lançamento exterior adversário. Pelo seu lado o Moscavide evidenciou a sua capacidade de provocar turnover’s  ao ataque adversário, o que lhe permitiu em ambos os encontros dispor de um número superior de oportunidades de lançamento. Esta vantagem foi no entanto superada pelas superiores percentagens dos algarvios em ambos os jogos, tanto nos lançamentos de campo como nos lances livres.

A marcha do marcador foi semelhante nos dois dias, com o Imortal a liderar e com o Moscavide a conseguir aproximações perto do final. A 1 minuto do fim do jogo 2 os locais venciam por 11 pontos, mas vários roubos de bola dos visitantes levaram o resultado para os 6 pontos da diferença final (69-63). No último encontro o Imortal conseguiu abrir diferenças maiores, e a meio do último período vencia por 15 pontos de diferença. Um parcial de (5-16) em pouco mais de 2 minutos repôs o Moscavide na luta pela vitória, mas a experiência e a maturidade do Imortal não permitiram maior aproximação. No último minuto o Imortal foi 12 vezes para a linha de lance livre e concretizou 11, o que impediu que o Moscavide tirasse partido das recuperações de bola através de falta. O final do encontro chegou com o resultado de (79-71) favorável à equipa de Albufeira.

A final da Zona Sul vai assim ser disputada entre o favorito Imortal e a surpresa da época, Gaeirense. Nos encontros da fase regular registou-se uma vitória para cada lado, embora no jogo em Gaeiras o Imortal tenha apresentado apenas 6 jogadores. A favor do Gaeirense há que ter em conta a magnífica 2ª volta realizada, que se prolongou nas duas primeiras rondas do Play-Off ultrapassadas sem qualquer derrota.

No próximo sábado, dia 21 de Maio disputa-se o jogo 1
Gaeirense-Imortal às 21.00h no Gimn. Gaeirense

 

Comentários 

 
0 #2 Planeta Basket 21-05-2011 23:37
De acordo com a opinião do Nuno Agostinho. Por isso nunca foi explicitada nestas crónicas nenhuma opinião sobre decisões dos árbitros. Da mesma forma no comentário ao Academia-Gaeirense é referido um facto que ocorreu no final do jogo mas não é emitida nenhuma opinião sobre a razão ou não dos protestos da Academia. A referência a este facto não pretende comentar o trabalho dos árbitros, mas também não surge na crónica por acaso. Conforme se percebe lendo o título, ela pretende ilustrar o “turbilhão de emoções” sempre presente e muitas vezes influente nos momentos decisivos das competições.
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0 #1 Nuno Agostinho 20-05-2011 12:52
Penso que nos devemos debater exclusivamente sobre aspecto técnicos e de valorização desportiva dos jogadores e das equipas, evitando neste artigos referenciar aspectos de decisão dos juízes das partidas.
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