Prestação muito digna
 
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Prestação muito digna

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Tamara MolovacQuem esperasse uma atitude conformada e passiva, enganou-se redondamente. A vitória não fugiu à Suécia mas as nórdicas tiveram que lutar bastante para não serem surpreendidas.

A partida começou bem para as nossas representantes. Sem complexos, com uma atitude bastante positiva, as pupilas de Ricardo Vasconcelos discutiram ao milímetro todos os lances, gizando boas combinações e mercê de uma boa defesa terminaram o 1º período na frente (19-18). Foi patente a boa eficácia nos lançamentos duplos (57%), com realce para a poste Tamara Milovac (100% com 4 cestos convertidos em outras tantas tentativas), bem servida pelas suas companheiras. Do lado sueco era a base Frida Eldebrink que dava nas vistas, com uma actuação irrepreensível a atacar, também com 100% de eficácia, um triplo incluído nos 4 tiros de campo tentados. Num pormenor era visível a capacidade de luta das portuguesas: a superioridade nas tabelas (10-7 ressaltos), com destaque para os 5 ressaltos ofensivos.

Na tónica dos jogos anteriores, Portugal teve dificuldades a atacar o cesto no 2º quarto (7-14), estando mais de 4 minutos sem converter qualquer ponto. Joana Lopes no minuto 15, com uma jogada de duplo convertido e falta provocada, ainda voltou a colocar as cores lusas na frente (22-21), com as suecas a atingirem a 4ª falta da equipa, o que seria uma vantagem para as nossas jogadoras caso atacassem o cesto com mais decisão, com o objectivo de irem para a linha de lance livre. Isso só aconteceu por duas vezes até ao intervalo (26-32), com 50% de aproveitamento, enquanto o adversário por intermédio da poste Louice Halvarsson ia facturando, a par da gémea Elin Eldebrink (10 pontos na 1ª metade). As lusas mantinham-se superiores nas tabelas (21-17), mas a eficácia nos lançamentos de campo baixara para os 38%, com as adversárias ligeiramente acima (41%), fruto principalmente do maior acerto no tiro exterior (33%) contra os fraquinhos 11% das nossas representantes.

No reatamento o seleccionado luso encostou o resultado por mais que uma vez: 30-32 (minuto 22), com Tamara Milovac a concluir um contra-ataque e aos 36-39 (minuto 26). Até ao final do 3º período, que voltámos a vencer (15-13) a maior diferença foi de 6 pontos (aos 30-36), ainda no minuto 22, com quatro pontos consecutivos da extremo Elisabeth Egnell, apagada até ao intervalo (apenas 1 ponto de lance livre).

Entrando para o último quarto a perder por 4 (41-45), Portugal entrou em perda depois de ter encostado de novo por Milovac (43-45, no minuto 31). Já com Frida Eldebrink momentaneamente no banco por ter atingido a 4ª falta, foi a vez de a extremo Egnell assumir o protagonismo da sua companheira, marcando 7 pontos consecutivos (43-52), no minuto 34, altura em que Tamara Milovac fazia também a sua 4ª falta. Ricardo Vasconcelos pediu um desconto mas a Suécia ainda ampliaria a vantagem para 43-56 a meio do 4º período (minuto 35). Ao único triplo da base Carla Nascimento a reduzir para 10 pontos (46-56, no minuto 37) responderam as suecas com um parcial de 2-7, já com a gémea Frida de novo em campo a completar a sua pontuação (15 pontos), melhor marcadora da partida, anotando 5 pontos consecutivos, que elevaram a contagem para 48-63 (a maior diferença e todo o encontro). Até final Portugal não baixou os braços conseguindo um parcial de 7-2, a fixar o resultado (55-65).

«A verdade é que na minha opinião a nossa equipa jogou numa superação constante do ponto de vista anímico e de superação nas tabelas. Mesmo numa situação de desvantagem (eles fugiram-nos por duas vezes) mantivemo-nos estáveis até ao 4º período.

Faltou-nos uma melhor percentagem de 3 pontos que era o que nos poderia compensar os 18 turnovers (mais 4 que o adversário), o que contra uma equipa desta qualidade é um número demasiado», explicou Ricardo Vasconcelos, no final.

« Penso que o grupo trabalhou de forma consistente durante cerca de 80% do jogo. Faltou realmente em momentos decisivos ser assertivo.», concluiu o seleccionador nacional.

Destaque nas vencedoras para a MVP do encontro, a poste Louice Halvarsson, autora de um duplo-duplo, ao contabilizar 14 pontos, 5/7 nos duplos, 11 ressaltos sendo 3 ofensivos, 3 assistências, 1 desarme de lançamento e 3 faltas provocadas, com 4/4 nos lances livres. Foi bem acompanhada pelas gémeas Eldebrink: a nº 6, Frida (15 pontos, 4 assistências, 3 roubos e 7 faltas provocadas, com 4/6 nos lances livres) e a nº 9, Elin (13 pontos, 6 ressaltos, 6 roubos e 3 faltas provocadas). A extremo Elisabeth Egnell, apagada na 1ª parte em termos de acerto de lançamento, apareceu após o descanso, contribuindo com 12 pontos (11 na 2ª metade), dos quais 7 consecutivos sem resposta num parcial decisivo a embalar a sua equipa para o triunfo no derradeiro quarto.

Na selecção portuguesa a melhor actuação pertenceu a Tamara Miliovac, que também fez um duplo-duplo (14 pontos, 7/8 nos duplos, 10 ressaltos sendo 2 ofensivos, duas assistências, 1 roubo e duas faltas provocadas), bem acompanhada por Joana Lopes (12 pontos, 1/3 nos triplos, 6 ressaltos sendo 1 ofensivo, duas assistências,1 roubo, 1 desarme de lançamento e 3 faltas provocadas) e Ana Fonseca (8 pontos, 2 triplos, 6 ressaltos sendo metade ofensivos e uma assistência). Carla Nascimento, muito trabalhadora, esteve pouco eficaz nos lançamentos de campo, mas destacou-se a servir as suas companheiras (4 assistências), enquanto Ana Oliveira foi a que roubou mais bolas (4) e a capitã Sara Filipe apresentou boa eficácia na área pintada (75%), falhando apenas uma de 4 tentativas.

Em termos globais, a vitória sueca assentou fundamentalmente na maior eficácia nos lançamentos de campo (39%-42%), com realce para os duplos (50%-51%), no maior número de roubos (7-12) e também de faltas provocadas (14-18), reflectindo-se nos 16 lances livres convertidos (em 21 tentados) contra apenas 7 de Portugal em 9 tentativas. A selecção lusa equilibrou as tabelas (34-35 ressaltos), com 10 ressaltos ofensivos para cada lado, foi mais colectiva (14-10 assistências) e cometeu mais erros (18-16 turnovers) e esteve ligeiramente mais certeira nos triplos (20%-19%), com 4 tiros convertidos contra 3 do adversário.

Ficha do jogo

Pavilhão Municipal de Casal de Cambra

Portugal (55) - Carla Nascimento (7), Ana Oliveira (4), Joana Lopes (12), Sara Filipe (8) e Tamara Milovac (14); Ana Fonseca (8), Débora Escórcio, Michelle Brandão (2), Maria João Correia e Célia Simões

Suécia (65) - Frida Eldebrink (15), Elin Eldebrink (13), Elisabeth Egnell (12), Josephin Olheim (2) e Louice Halvarsson (14); Jessica Nilsson, Johana Kälmann (7), Frida Grahn, Malin Aasa (2) e Kristina Nybom

Por períodos: 19-18, 7-14, 15-13, 14-20

Árbitros: Keith Williams (Inglaterra) e Ciprian Stoica (Roménia)      

Na outra partida do Grupo A, a Eslovénia venceu a Noruega por 75-49.

Classificação final (Grupo A):

1º Suécia  5V-1D-11 p.
2º Eslovénia 5V-1D-11 p.
3º Portugal 1V-5D-7 p.
4º Noruega 1V-5D-7 p.

 

Comentários 

 
-1 #5 Joana V. 14-06-2011 18:34
Desiludida não estou. Esta é a imagem do "nosso" basquetebol feminino. É preciso continuar a trabalhar!
Vi uma equipa renovada e com jogadoras jovens. Talvez uma Ticha e uma Mery ajudassem mas podiam não se enquadrar na equipa.
Temos de olhar o futuro com garra e determinação e apostar na formação.
As escolhas e decisões do Seleccionador devemos respeitar e apoiar.
Força Selecção! Força Portugal.
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0 #4 fã desiludido 11-06-2011 23:56
Esperei para comentar apenas no final do campeonato (apesar de no inicio, aquando das escolhas para a selecção, já tivesse lido comentários que corroboram a minha opinião), esperando que os resultados “virassem”, embora tal não fosse de prever, já que logo com a Noruega perderam por 6, quando, no ano passado tinham ganho por 34.
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0 #3 fã desiludido 11-06-2011 23:56
cont

A equipa, dentro das suas possibilidades bateu-se dignamente. Já o mesmo não se pode dizer do treinador a quem pertence toda a culpa pelo desaire desta época. Alegando, continuamente, como desculpa, a inexperiência da equipa, apesar do trabalho desenvolvido, o treinador colocou-se numa posição merecedora de todas as críticas relativamente aos resultados obtidos.
Qualquer dos jogos, tal como as equipas adversárias os jogaram, esteve, à vontade, ao alcance de uma equipa portuguesa com experiência. Não foi essa a opção do treinador!
Este preferiu, negligenciar a escolha de jogadoras que durante toda a época demonstraram capacidades e resultados muito acima dos resultados que muitas das jogadoras seleccionadas apresentaram.
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0 #2 fã desiludido 11-06-2011 23:55
cont 1

E não é apenas a falta das jogadoras Sónia Reis e Paula Muxiri a servir de desculpa. Havia jogadoras experientes, com provas dadas e com versatilidade suficiente para ocupar essas posições. Também, a nível de distribuição e organização de jogo se notou a falta de jogadoras mais experientes que pudessem acompanhar e substituir a única base experiente da equipa. Pelo que ouvi dizer, ao treinador não lhe interessam estatísticas, mas sim jogadoras treináveis. Quem tem resultados não é treinável?! Ou terá medo que quem tem resultados saiba mais do que ele e por isso se sinta pouco à vontade face a essas jogadoras? Será que jogadoras com resultados e provas dadas não prestarão? Ou será que não se prestarão? Foi decisão do treinador, por isso a responsabilidad e dos resultados é dele e não da inexperiência da equipa. Tivesse-a escolhido experiente.
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0 #1 fã desiludido 11-06-2011 23:54
cont 2

É preciso refrescar a equipa? É. Só que isso não pode ser feito de uma assentada. Tem que ir sendo feito. E este ano o campeonato poderia ter sido outro, se um treinador cheio de um ego completamente insuflado e para que muitos vão contribuindo com apoio às suas desculpas, não se convencesse que uma selecção de seniores pode ser jogada por uma maioria de uma selecção de sub-20. Essa é outra selecção. E é aí que as jogadoras dessa idade têm que ir adquirindo experiência para subir a outro campeonato.
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