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Portugal sem soluções

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Daniela Domingues Quebrou-se a invencibilidade lusa ao cabo da 3ª jornada do Europeu de Sub-20 Femininos, Divisão B. A Suécia provou que é nitidamente de outro nível, vencendo por números que não deixam dúvidas (67-50).

Razão tinha o seleccionador Eugénio Rodrigues quando na antevisão da competição considerava a Suécia como a mais forte do Grupo A, na medida em que esta geração tinha sido medalha de bronze (3º lugar) do Europeu de Sub-18 Femininos, Divisão A, em 2009. Também apontava a Hungria como adversário complicado, porque nesse mesmo ano, a selecção magiar havia subido à Divisão A, ao arrebatar a medalha de ouro (1º lugar) no Europeu de Sub-18 Femininos, Divisão B, em Eilat (Israel), onde Portugal se classificou numa honrosa 5ª posição.

Foi o poder físico das suecas que ditou o desfecho do encontro. Entrando com um cinco onde apenas a base/extremo Salome Kabengano (1,77m) estava abaixo da fasquia do 1,80m, incluindo 4 jogadoras de origem africana, a Suécia cedo demonstrou a enorme capacidade física das suas titulares, traduzida no final da partida na diferença existente nas tabelas (28-54 ressaltos), nomeadamente na tabela ofensiva (4-22 ressaltos).   
 
No final do 1º período já a vantagem era das suecas (12-19). Mas no início do 2º quarto (11-23) as nossas representantes reagiram, tendo chegado a 16-19 quando a poste Luiana Livulo, converteu um duplo após assistência de Maria João Correia, à entrada do minuto 12. Contudo foi sol de pouca dura, porque num ápice, ou seja em 3 minutos, sofremos um parcial de 0-8, obrigando Eugénio Rodrigues a parar o cronómetro, com 6,01 minutos para jogar (16-27). O desconto de tempo surtiu efeito apenas momentâneo quando a capitã Michelle Brandão reduziu para 18-27 (minuto 15), a que se seguiu mais um período de paragem em que as nossas opositoras nos brindaram com novo parcial, este de 0-10, em cerca de 3 minutos e meio, aumentando o prejuízo das cores lusas para 19 pontos (18-37).

Regressando do descanso a perder por 23-42, Portugal reentrou mal na partida porque esteve quase 5 minutos sem acertar com o cesto, com o resultado a subir para 23-50 (a maior diferença, 27 pontos), no minuto 25. Ainda que desgastadas fisicamente na luta contínua contra adversárias mais altas e mais fortes, as jogadoras lusas não baixaram os braços, respondendo com um parcial de 10-0, em que o prejuízo passou para 17 pontos (33-50, no minuto 27). Até final do 3º período (14-15) a Suécia conseguiu recolocar a vantagem na casa da vintena (37-57), não modificando a sua estratégia de carregar no ressalto ofensivo, onde invariavelmente impunham o seu maior poder físico, conseguindo faltas sobre faltas e sucessivos segundos lançamentos.

No último quarto (13-10) Portugal tentou o tudo por tudo mas as sucessivas exclusões por terem atingido as 5 faltas, de Luiana Livulo (aos 40-57), Michelle Brandão (42-60), Maria João Correia (44-62) e por último de Telma Fernandes (48-65), entre os minutos 33 e 38, impossibilitaram que o seleccionado luso conseguisse baixar de modo significativo a diferença que  acabou por se situar nos 17 pontos (50-67).

«A Suécia era a equipa favorita, uma das melhores aqui presentes, mas sabíamos que era possível vencer num dia em que estivéssemos bem.», começou por comentar Eugénio Rodrigues, no final do encontro. Mais adiante:

«As suecas foram mais fortes, sem dúvida, pois constituem uma equipa muito alta e forte. Não querendo arranjar desculpas, mas também penso que, por vezes, o critério da equipa de arbitragem fez com que a diferença se fosse acentuando.».

«Foi mais um jogo, estivemos bem e o Campeonato continua. Vamos descansar amanhã e preparar-nos para os próximos embates. Têm que contar connosco.», finalizou o seleccionador nacional.

Nas vencedoras destaque para o quarteto "africano" formado por Farhiya Abdi (1,88m), MVP da partida, (17 pontos, 8 ressaltos sendo 3 ofensivos, 3 assistências, 2 roubos e 4 faltas provocadas, com 3/5 nos lances livres), Salome Kabengano (12 pontos, 9 ressaltos sendo 2 ofensivos, duas assistências e 7 faltas provocadas, com 7/10 da linha de lance livre), Binta Drammeh (9 pontos, 8 ressaltos sendo 3 ofensivos, 2 roubos e 5 faltas provocadas, com 5/5 nos lances livres) e C. Forsman-Goga (14 pontos, 7 ressaltos sendo 5 ofensivos e 7 faltas provocadas, com 6/8 nos lances livres). Este quarteto provocou 23 das 27 faltas provocadas pela equipa e foi também responsável por 32 ressaltos, mais que o total conseguido por Portugal.

Na selecção portuguesa a mais valiosa foi a extremo Daniela Domingues (14 pontos, 2/2 nos triplos, 6 ressaltos defensivos, 1 roubo e uma falta provocada, com 2/2 nos lances livres), bem acompanhada por Filipa Bernardeco (4 pontos, 2/2 nos duplos,1 ressalto defensivo, duas assistências e 3 roubos), Inês Faustino (8 pontos, 3 ressaltos e duas assistências) e Luiana Livulo (5 pontos, 6 ressaltos sendo 1 ofensivo e 2 desarmes de lançamento). Discretas estiveram Michelle Brandão e Maria João Correia, ambas com fraca eficácia nos lançamentos de campo.

Em termos globais a superioridade da Suécia foi avassaladora na luta das tabelas, como já referimos, a par do elevado número de faltas provocadas (12-27), mais que o dobro das portuguesas, conseguindo assim um número significativo de idas à linha de lance livre, em que com 22 lançamentos convertidos em 36 tentativas, fizeram a diferença pontual registada no final. No mesmo indicador, Portugal só beneficiou de 7 tentativas (marcou 6).

Por seu turno de nada valeu às nossas representantes terem apresentado maior eficácia nos lançamentos de campo (36%-35%), alicerçada no maior acerto dos duplos (38%-34%), já que nos tiros do perímetro (25%-36%) a supremacia foi das nórdicas, com 5 triplos convertidos contra apenas 2 das nossas. No restante foi tudo muito equilibrado: assistências (6 para cada lado) e roubos (ambos com 5). A circunstância de termos feito menos erros (8-15 turnovers) também não nos ajudou a resolver o problema de travar as "locomotivas" suecas.

Ficha do jogo

Portugal (50) - Michelle Brandão (8), Maria João Correia (2), Daniela Domingues (14),  Maria João Andrade (7) e Luiana Livulo (5); Inês Faustino (8), Filipa Bernardeco (4), Telma Fernandes (2), Ana Antunes, Carsidália Silva e Joana Cruz

Suécia (67) - Cleopatra Forsman-Goga (14), Salome Kabengano (12), Binta Drammeh (9), Frida Fogdemark (3) e Farhiya Abdi (17); Jennifer Kücükkaya (2), Julia Tornberg (3), Tanya Massemba (1), Sandra Hasahya (3), Haiett Neffati (3), Julia Vestin e Ida Aasa 

Por períodos: 12-19, 11-23, 14-15, 13-10

Árbitros: Ivo Dolinek (República Checa), Tomislav Hordov (Croácia) e Aleksander Pavlov (Macedónia)

Amanhã é o primeiro dia de descanso. Portugal ainda lidera o Grupo A com duas vitórias e uma derrota (5 pontos), mas tem mais um jogo que a Suécia (duas vitórias, 4 pontos).

Depois de amanhã Portugal defronta a Hungria (21H00) e na 4ª feira é a folga para as portuguesas (5ª jornada da fase preliminar), antes do 2º dia de descanso da competição (5ª feira, dia 14). A fase decisiva principia na 6ª feira (dia 15), com o campeonato a terminar no próximo domingo (17).

 

 


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