A escassos dias do início do campeonato da Europa de sub-18 femininos, a selecionadora Maryiana Kostourkova faz-nos a antevisão da prova.

Apesar das limitações do conjunto português, Kostourkova mostra-se confiante nas suas atletas, no seu trabalho e na sua capacidade de sacrifício e de superação.

Como decorreu a preparação da sua seleção para o próximo campeonato da Europa? O grupo está na máxima força e preparado para os desafios que se avizinham?

A preparação da equipa decorreu da forma que estava inicialmente planeada, e a equipa técnica está bastante satisfeita com o desempenho de todas as atletas. O grupo de trabalho mostrou-se sempre disponível para dar o máximo nos treinos e tem evoluído positivamente nos dois jogos que realizamos na última semana da preparação. Julgo que se conseguirmos pôr em campo a determinação, concentração e motivação reveladas nos treinos, estaremos prontos para a competição. Realizamos 34 treinos e apenas dois jogos particulares contra a equipa da Dinamarca.

Fale-nos um pouco acerca do grupo que a sua seleção vai integrar. Quais são os adversários mais fortes e que dificuldades poderemos esperar na 1ª fase da competição?

Estamos num grupo muito forte nesta primeira fase, isto porque, teremos como adversárias duas seleções com um histórico relevante em campeonatos da Europa. Uma delas, a Croácia, disputou no ano passado (2010), a final da divisão A de sub-16 contra a Rússia e a Hungria é sempre um conjunto forte e com futuro, tendo sido há dois anos com esta mesma geração, campeã da divisão B em Sub-16. A terceira equipa é a Suíça, que está teoricamente ao nosso alcance e que nos últimos campeonatos ficou sempre atrás de Portugal. Contudo, a seleção portuguesa deverá manter a capacidade de trabalho que demonstrou até agora.

Quais são os objetivos que se propõe alcançar no campeonato deste ano?

Temos como objectivo ficar nos 12 primeiros lugares da competição e tentar levar o melhor na segunda fase do campeonato, tentando vencer o maior número de jogos .

Claro que não há duas equipas iguais, as gerações são diferentes e não é segredo para ninguem que o ponto fraco desta equipa é a falta da altura (temos apenas uma atleta acima dos 180cm). Vamos tentar compensar a falta da estatura e de poder físico com uma grande capacidade defensiva e com luta intensa até ao fim de todos os jogos. Temos jovens muito motivadas, com grande capacidade de trabalho e nas quais eu acredito. O rumo que este campeonato terá para a nossa equipa dependerá sobretudo da nossa classificação no grupo da primeira fase.