O "bichinho" pelo basquetebol
 
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O "bichinho" pelo basquetebol

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João Santos João Santos é dos um nomes mais famosos do basquetebol português da actualidade. Um dia após o último jogo no Eurobasket 2011 da Lituânia, o internacional português concedeu uma entrevista exclusiva ao site Planeta Basket.

João Santos tem um currículo único e recheado de sucessos. Deu os primeiros passos na modalidade no Maria Pia, ao lado de outras estrelas da sua geração como Carlos Andrade ou Sérgio Ramos. Foi depois para a Portugal Telecom, antes de rumar a uma universidade norte-americana, Nevada-Reno, onde completou a sua formação. Seguiu-se um ano na Grécia, no famoso clube Panionios. O regresso a Portugal no ano seguinte deu-se através do Queluz, mas a vontade de experimentar um basquetebol mais competitivo levou João Santos a emigrar novamente e a jogar na ACB, no Forum Filatelico Valladolid nas quatro épocas seguintes. João regressou novamente a Portugal para representar o SL Benfica, onde se sagrou bicampeão nacional e três anos mais tarde, mudou-se para o FC Porto, onde tambem conquistou o título.
 
João Santos fez ainda parte da selecção nacional que em 2007 competiu no Europeu realizado em Espanha. Fomos falar com ele para saber o que ele pensa acerca da prestação da nossa selecção em Penavezys. Agarre-se bem à sua cadeira, pois aqui segue mais uma entrevista que nos vai dar que pensar. Só aqui no Planeta Basket!


João, terminou ontem a participação da seleção nacional no Eurobasket da Lituânia. Como analisas a prestação de Portugal?
A minha análise é que jogámos cinco jogos muito difíceis, contra equipas de outra realidade basquetebolística, em que demos o nosso melhor e que lutámos até ao fim, em todos eles. 

A abrir a prova, Portugal jogou contra a vice-campea mundial - a Turquia. Quais foram os pontes fortes dos turcos e quais os jogadores que mais te impressionaram?
Os pontos fortes da Turquia, assim como de todas as equipas que jogámos, foram ter jogadores com muito talento, muita experiência internacional e um grande equilibrio no jogo exterior/interior. Quanto aos jogadores que mais me impressionaram foram o Turkoglu e o Kanter.

Logo a seguir, a selecção nacional enfrentou a Dream Team Europeia - a Espanha. Quais foram os factores que permitiram a Portugal acabar o jogo com um resultado histórico?
Se jogar contra qualquer uma das outras quatro equipas é por si só uma motivação, jogar contra uma equipa formada por alguns dos melhores basquetebolistas do mundo é adrenalina extra. Por isso, tentámos jogar e divertir-nos ao máximo até ao apito final, o que nos valeu esse resultado.

Seguiu-se a Polonia. Ao intervalo Portugal vencia por 7 pontos, mas acabou por perder o jogo.  O que permitiu a reviravolta dos polacos?
Penso que foi o resultado de não termos conseguído manter a intensidade defensiva no início da segunda parte e a falta de discernimento para ganhar quando passámos para a frente no quarto período.

Depois de um dia de descanso, a equipa liderada por Mário Palma, enfrentou outra super equipa, o Reino Unido. O que te lembras do jogo?
Lembro-me que foi muito complicado parar o Luol Deng e que poderia ter vencido qualquer uma das equipas.

Último dia, último jogo. Perante outro gigante de mundo do basquetebol, a Lituânia e diante 5000 adeptos, Portugal silenciou o pavilhão em Panevezys , quando empatou a partida 46 segundos do intervalo. O que te motivou a ti e à equipa nacional para essa prestação digna?
As razões que me enchem de orgulho por fazer parte deste grupo: Espírito de luta, companheirismo, dedicação e nunca desistir!

Na tua opinião quais são as 4 equipas que vão lutar pelo título europeu na Lituânia?
Espanha, Russia, Sérvia e Lituânia.

O que falta ao basquetebol português para estar ao nivel das selecções que estiveram em Penavezys?
Eu acredito que é possivel chegar a um nivel elevado em que lutamos pela vitória com a grande maioria das seleções europeias. No entanto, acredito que terá de ser feito um plano de conjunto, onde todos os agentes desportivos caminhem na mesma direcção. Caminho esse que passa por exemplo: em acreditar que somos capazes; pela aposta na formação e nos jogadores portugueses; por participar nas competições europeias a nível sénior e em torneios internacionais na formação de forma regular; por fazer treino específico pós-temporada; e, entre outras, dando cada um (jogadores, clubes, árbitros e federação) o seu contributo para fazer do basquetebol um espectáculo apetecível de ver, participar e viver com paixão. Seguramente, este caminho levará o seu tempo natural e terá os seus altos e baixos, mas permitirá criar as bases para resultados positivos sustentados quer a nível de clubes como de selecções.

Virando a rumo de entrevista, a nova época com FC Porto está a começar. O que esperas dela no plano pessoal e no plano colectivo?
Espero ter saúde para trabalhar duro toda a época e poder ajudar o FC Porto a conquistar mais um campeonato, assim como todos os outros troféus.

Algumas perguntas Blitz:

Jogador ídolo?
Michael Jordan

Momento inesquecivel no basquete?
Penso que tanto a qualificação como o Eurobasket 2007 foi o tocar nas nuvens!

O treinador que mais te marcou?
Sinto que aprendi com todos, mas não posso deixar de enaltecer todos os treinadores da formação que tive no Maria Pia. Pois, mesmo sendo dos mais altos nesse momento, investiram na minha formação como jogador exterior.

O cesto mais importante que marcaste?
O meu primeiro cesto nos infantís do Maria Pia Sport Club foi o mais importante por me ter deixado o "bichinho" pelo basquetebol.

O que te deu o basquetebol?
O basquetebol abriu-me horizontes, permitindo-me viver grandes experiências, conhecer diferentes culturas, fazer grandes amizades e, por último, ter o previlégio da minha profissão ser uma paixão.

A tua mensagem para os leitores do Planeta Basket
O basquetebol é um desporto lindo e o Planeta Basket ajuda-nos a conhecê-lo melhor. Foi um prazer fazer parte do vosso leque de entrevistados.

 

Comentários 

 
0 #1 Jiggs 06-10-2011 10:20
Só para rectificar, o João Santos não jogou com o Sérgio Ramos no Maria Pia.
Força Maria Pia, continua a formar grandes jogadores e grandes homens.
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