Disputadas 5 edições da Taça Vítor Hugo o AD Vagos ao vencer esta tarde a final ante o Algés (67-54) adianta-se no ranking dos vencedores do troféu, ao somar o seu terceiro triunfo (consecutivo).
A final-four da prova teve lugar no Pavilhão do Algés, numa organização conjunta da FPB, AB Lisboa e do clube anfitrião.
No jogo que decidiu a atribuição do 3º/4º lugares, o CAB Madeira venceu como se esperava o GDESSA (67-45), que voltando a não poder contar com a extremo Vera Correia (lesionada) não teve argumentos para se bater de igual para igual com o forte conjunto madeirense. Particularmente no último quarto (21-7) foi visível a profundidade dos dois bancos, com as pupilas de Nuno Manaia a quebrarem, permitindo que a diferença se ampliasse para os 22 pontos finais, quando no final do 3º período o CAB Madeira vencia apenas por 8 (46-38).
Destaque nas vencedoras para a dupla norte-americana formada pela extremo/poste Candice Champion, MVP da partida, com 17 pontos, 2/2 nos triplos, 7 ressaltos, duas assistências, 2 roubos e 4 faltas provocadas, com 7/7 nos lances livres e pela extremo Ashley Hayes (22 pontos, 10/16 nos duplos, 3 ressaltos, uma assistência, 2 desarmes de lançamento e duas faltas provocadas), bem acompanhadas pela capitã Carla Freitas (13 pontos e 3/7 nos triplos).
No GDESSA a mais valiosa acabou por ser a base Catarina Neves (11 pontos, 5/5 nos duplos e duas faltas provocadas), seguida da poste Luiana Livulo (4 pontos, 6 ressaltos sendo 2 ofensivos,1 roubo,1 desarme de lançamento e 5 faltas provocadas) e da base/extremo Angie Ned, melhor marcadora da equipa (15 pontos, duas assistências, 2 roubos, 1 desarme de lançamento e 3 faltas provocadas).
Uma supremacia acentuada na luta das tabelas (41-23 ressaltos) e uma maior eficácia nos lançamentos de campo (50%-36%), tanto nos duplos (52%-38%) como nos triplos (38%-31%), foram vectores fundamentais no êxito do AD Vagos, que foi também mais colectivo que o seu adversário (16-6 assistências), com destaque para a base Mariana Alves (4 passes decisivos).
Após um quarto inicial muito equilibrado (15-15), foi o colectivo de Nuno Ferreira que se adiantou no marcador no 2º período (19-8), indo para o intervalo com 11 pontos à maior (34-23). A dificuldade em atacar a zona montada pelo treinador vaguense fez com que o Algés revelasse alguma inoperância ofensiva, já que a eficácia no tiro exterior (1 triplo convertido em 8 tentados) deixava muito a desejar.
Na etapa complementar as coisas não se alteraram significativamente para o lado das algesinas que perante a zona contrária continuaram a sentir muitas dificuldades para atacar o cesto, nomeadamente na 1º metade do 3º quarto (39-26). Melhorando depois a eficácia de lançamento o Algés não baixou os braços, equilibrando o marcador no 3º período (13-12). Do lado vaguense a brasileira Flávia Santos mantinha-se eficaz na área restritiva (18 pontos na 1ª parte com 82% de eficácia nos lançamentos de 2 pontos, resultante de 9 tiros convertidos em 11 tentativas), mas quem continuava com um rendimento elevado era a jovem extremo Daniela Domingues, que está uma senhora jogadora, muito forte no 1x1, boa defensora e com grande capacidade de ressalto, pese a sua estatura (1,76m).
Momento decisivo quanto a nós foi o triplo obtido por Joana Lopes, ao fazer 56-42, à entrada do minuto 32, aumentando a vantagem do AD Vagos para 14 pontos. Acto contínuo José Araújo parou o cronómetro, com reflexos positivos já que a sua equipa conseguiu um parcial de 7-2 (58-49), iniciado com uma bomba de Ana Oliveira, que bem vigiada por Daniela Domingues não se mostrou tão influente como é habitual. A 5ª falta de Jennifer Risper pouco depois (minuto 36), veio a enfraquecer o Algés que viu o adversário construir um parcial de 6-0 (64-49) no espaço de 2 minutos, independentemente de o seu treinador ter pedido novo desconto de tempo (a 3,08 minutos do termo), sem resultados práticos.
A MVP do encontro (26,0 de valorização) e melhor marcadora foi a poste vaguense Flávia Santos (26 pontos,12/18 nos duplos, 7 ressaltos, uma assistência, 2 roubos e 5 faltas provocadas), bem acompanhada por Daniela Domingues (12 pontos, 5/7 nos duplos, 7 ressaltos, 3 assistências,1 roubo e 5 faltas provocadas) e Joana Lopes (10 pontos,1/2 nos triplos, 7 ressaltos sendo 6 ofensivos, 3 assistências e 3 faltas provocadas com 3/3 nos lances livres).
No Algés a mais valiosa foi a extremo/poste norte-americana Christina Wirth, que após uma 1ª parte algo discreta (apenas 4 pontos e uma eficácia muito fraca), terminou com 20 pontos, 2/5 nos triplos, 3 ressaltos, uma assistência, 1 roubo e 3 faltas provocadas, com 6/6 da linha de lance livre. Alguns bons apontamentos de Sara Filipe e Sofia Carolina, com boas movimentações na área pintada e individualismo em demasia da base norte-americana Jennifer Risper que não esteve nos seus dias.
Ficha do jogo
AD Vagos (67) - Mariana Alves (4), Daniela Domingues (12), Lilian Gonçalves (6), Joana Lopes (10) e Flávia Santos (26); Inês Faustino (2) e Ana Teixeira (7)
Algés (54) - Joana Fogaça (3), Jennifer Risper (8), Ana Oliveira (8), Christina Wirth (20) e Sofia Carolina (5); Sara Filipe (7) e Catarina Coelho (3)
Por períodos: 15-15, 19-8, 13-12, 20-19
Árbitros: Sónia Teixeira e Ana Miramon
Outros resultados
Grupo do 5º/8º lugares (em Coimbra)
(7º/8º) Académico FC 50-60 Boa Viagem
(5º/6º) Olivais 50-73 Quinta dos Lombos
Grupo do 9º/12º lugares (em Torres Novas)
(11º/12º) Basquete Barcelos 25-87 Montijo B. Basket
(9º/10º) Torres Novas 54-50 EMA Menéres