Começa já a ser claro que a Zona Sul do CNB1 está mais forte e competitiva.
É óbvio que alguns dos repetentes se apresentam reforçados, ao mesmo tempo que os que participam de novo deram sinais de vir valorizar a competição. Ao fim de apenas duas jornadas só Benfica e Imortal ainda não perderam, e só Estoril e Ginásio Olhanense ainda não ganharam. Todos os outros somam uma vitória e uma derrota.
Depois da demonstração de boa forma na 1ª jornada, o Atlético não esperava certamente sair da sua visita ao Lumiar com uma derrota por 17 pontos, mas a Academia, derrotada na 1ª jornada, resolveu expor as razões por que é novamente candidata à vitória final na competição. A equipa ganhou peso e altura relativamente à época anterior, sem perder velocidade nem a capacidade de atacar de uma forma colectiva. Velocidade, altura, elevação e elasticidade são atributos importantes na luta de ressaltos e a Academia utilizou-os para levar vantagem nas tabelas, (44-29 no total de ressaltos). Mais significativos ainda foram os 21 ressaltos ofensivos conseguidos pela equipa da casa contra apenas 18 defensivos dos visitantes. Nas perdas de posse de bola houve equilíbrio (17 para cada lado) e as percentagens de lançamentos de campo foram semelhantes, com ligeira vantagem dos visitantes (48% vs. 46%). A estatística diz-nos que a vitória da Academia se ficou a dever às 10 situações de lançamento adicionais que conquistou com base na sua vantagem nos ressaltos, e à melhor percentagem de lances livres, 68% (21 em 31) contra 47% (14 em 30).
Apesar de a Academia ter vencido todos os períodos, não deixou de haver oscilações no marcador, nomeadamente na 1ª parte. O 1º quarto foi disputado taco a taco, terminando (18-17), mas no 2º o Atlético entrou melhor e chegou a 5 pontos de vantagem, depois de ter concretizado 2 dos seus 3 únicos triplos do encontro. A reacção da Academia assentou na pressão defensiva, que obrigou o Atlético a 2 violações de 24 segundos quase seguidas, e permitiu-lhe um parcial de (14-4) que colocou o resultado ao intervalo em (42-37). A vantagem dos da casa aumentou ao longo do 3º período até aos (65-54), mas no início do último quarto os visitantes reduziram rapidamente a diferença para 5 pontos, à custa principalmente de situações de contra-ataque. Após desconto de tempo, a Academia recuperou a supremacia do jogo e voltou a dilatar a diferença, agora de forma irreversível até aos (88-71) finais.
Encontro competitivo entre dois conjuntos reforçados e com ambições. A Academia evidenciou confiança durante todo o encontro, encontrando sempre solução para os períodos de reacção do adversário. O Atlético entrou igualmente com confiança, só quebrada no último período com o avolumar do resultado. A eficácia evidenciada no contra-ataque confirmou a boa forma física da equipa, mas no ataque planeado os alcantarenses sentiram dificuldades para ultrapassar a defesa da Academia.
Do total de 6 jogos marcados só 5 se realizaram, devido à falta de comparência do Estoril ao encontro com o Micaelense em Ponta Delgada. Em Olhão o duelo do Algarve proporcionou um jogo equilibrado e intenso, com a vitória a sorrir ao favorito Imortal pela diferença mínima (68-69). O ex-Proliga Seixal recebeu no seu pavilhão um Moscavide com recursos reduzidos relativamente à época passada e venceu (71-58). Na continuação da predominância de vitórias caseiras o Basket Queluz venceu o Tramagal (61-54) enquanto o Benfica bateu o Montijo (74-63).
A 3ª jornada disputa-se no próximo fim-de-semana, com uma oferta diversificada de locais onde se prometem encontros equilibrados.
22 de Outubro
Atlético-Estoril às 16:45 no Pav. Tapadinha
Tramagal-Benfica às 17:00 no Pav. Tramagal
Imortal-Seixal às 17:30 no Pav. Desp. Albufeira
Moscavide-Basket Queluz às 18:00 no Pav. Moscavide
Montijo-Micaelense às 18:15 no Pav. Mun. Nº 1 Montijo
23 de Outubro
Academia-Ginásio Olhanense às 15:30 na Esc. Sec. do Lumiar