A lógica distrital
 
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A lógica distrital

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San Payo AraújoPor ter estado envolvido em múltiplas actividades do minibásquete em Leiria, não pude estar presente no Clinic Internacional da AB do Porto.

Contudo, li no blog do Henrique Santos - Aprender e ensinar basquetebol - um resumo da intervenção do Mário Gomes na Póvoa do Varzim. Uma das citações expressas no resumo, que me chamou à atenção foi o conceito de que o “treinador não se deve remeter às quatro linhas”. Esta afirmação reforçou a minha vontade de dar continuidade ao artigo: “Repensar o basquetebol”, dando contributos, para uma reflexão sobre a divisão geográfica e administrativa do basquetebol.”

No artigo anterior verificamos que, nem sempre as Associações de Basquetebol se organizaram numa lógica distrital. A origem das associações em torno do conceito distrital nasce em 1942 e resulta da necessidade de um maior controlo sobre o associativismo por parte do regime ditatorial do Estado Novo. Como resultado, uma imposição legislativa extingue as seguintes Associações de Basquetebol: Costa do Sol, Elvas, Figueira da Foz, Gouveia, Torres Vedras e a Associação de Basquetebol do Barreiro, que passou a denominar-se Associação Basquetebol de Setúbal. Esta imposição legislativa foi na época prejudicial ao crescimento do basquetebol. No entanto, se foram razões políticas que levaram obrigatoriamente as Associações a organizarem-se em torno do conceito distrito, com o evoluir dos tempos esta lógica passou a ter alguma razão de ser, pelos factores que passarei a enumerar e aos quais, nunca nos poderemos desligar, o factor financiamento.

Durante muito tempo para se organizar uma iniciativa ou um evento era necessária a autorização do Governo Civil, mas como este organismo também tinha meios financeiros, ao pedido de autorização vinha muitas vezes associado um pedido de apoio financeiro. 

Os apoios do estado à actividade desportiva foram evoluindo e em determinada fase estes eram processados através da Direcção Geral do Desportos, que na sua orgânica também tinha uma lógica distrital, ou seja a Direcção Geral de Desportos, distribuía verbas pelas Delegações Distritais da Direcção Geral de Desportos, que dispunham deste modo de um orçamento para apoiar as actividades e os clubes desportivos do distrito. 

Para além das fontes de financiamento, decisivas em qualquer actividade, um outro factor contribuía para que as Associações se organizassem em torno do conceito distrito: a rede rodoviária e ferroviária do país.

Como muitos de nós nos lembramos a rede rodoviária era, até há 20 anos, muito débil e igualmente assente numa lógica distrital. Em grande parte dos distritos as estradas confluíam primordialmente para a sua capital.

Embora nenhum dos factores, que conduziu à lógica distrital seja uma realidade nos nossos dias, estes e o tempo contribuíram para o enraizamento de fronteiras dentro das nossas cabeças, que às vezes temos alguma dificuldade de por em causa, nomeadamente quando não vislumbramos, quais devem ser as “novas fronteiras.”

 

 


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