A 7ª jornada aumentou as diferenças na classificação, em consequência do facto de as equipas da metade superior terem vencido os 4 encontros que disputaram com equipas da metade inferior.

Dos 4 só o Benfica jogou fora, deslocando-se a Olhão para defrontar um conjunto que deu sinais muito positivos nas últimas jornadas. Apesar da derrota (69-79), o Ginásio Olhanense confirmou a subida de forma e só permitiu que a superioridade benfiquista se concretizasse nos minutos finais. Vitórias em casa registaram a Academia sobre o Micaelense (71-58), o Atlético sobre o Tramagal (68-54) e o Imortal sobre o Estoril (67-57). O Seixal confirmou a sua propensão para bons resultados em casa ao vencer o Basket Queluz (73-59).

Se em todos estes encontros as diferenças de 10 ou mais pontos têm de considerar-se normais, no Moscavide-Montijo esperava-se jogo equilibrado até ao fim. O Moscavide não perdia em casa desde a 1ª jornada da época passada, o que constituía a mais longa série de vitórias caseiras da Zona Sul do CNB1. O Montijo pelo seu lado tem feito um bom início de campeonato, com derrotas apenas frente a Benfica e Atlético. E no entanto o marcador só se manteve nivelado durante o 1º período, que terminou com a equipa da casa na frente (15-11). A partir daí só deu Montijo. Com um parcial de (1-14) no início do 2º período, os visitantes ganharam uma vantagem que não mais desperdiçaram. O intervalo chegou com 9 pontos de vantagem para o Montijo (28-37), diferença que aumentou no 3º período (42-55) para terminar nos 14 pontos do resultado final (63-77). O Montijo é uma equipa que tem no sentido colectivo e na capacidade de controlo do jogo os seus pontos fortes. Adquirida a vantagem no período de maior desacerto do Moscavide, não mais a equipa da margem Sul deu hipóteses de aproximação ao adversário. Ao contrário de equipas que relaxam quando se vêm na frente, o Montijo eleva os níveis de concentração com a situação de vantagem. A cuidada selecção de lançamento rendeu-lhe as excelentes percentagens de 54% nos duplos, 55% nos triplos e 71% nos lances livres, que chegaram para garantir a vitória, isto apesar de ter disposto de apenas 62 situações de lançamento contra as 78 da equipa da casa. O empenho posto nos ressaltos e o menor número de turnovers deram ao Moscavide mais oportunidades de atirar ao cesto adversário, mas os tiros foram de pólvora seca. Para uma equipa que faz do lançamento exterior a sua principal arma ofensiva, os 33% de lançamentos de campo e particularmente os 22% nos triplos tornaram inevitável a derrota. De nada valeu ao Moscavide a boa protecção da sua tabela defensiva e os roubos de bola conseguidos, muitos deles desperdiçados em perdas de bola quase imediatas pela sofreguidão em pretender marcar rápido. Num encontro intensamente disputado do princípio ao fim, o Montijo deixou uma imagem de consistência, ao passo que o Moscavide, depois dos sinais positivos da jornada anterior, evidenciou alguma irregularidade.

A tabela classificativa teve poucas alterações após a jornada 7. O Benfica mantém-se em 1º com 13 pontos e continua a ser seguido por Atlético, Academia, Montijo e Imortal com 12. O Moscavide descolou deste grupo e é agora 6º com 11. O Seixal colocou-se a par do Micaelense em 7º com 10 e o Ginásio Olhanense é 9º com 9. No 10º lugar estão Basket Queluz e Tramagal com 8 e o Estoril é o 12º com 7. Há no entanto que ter em conta que a classificação por pontos distorce a ordem real, devido às faltas de comparência que contabilizam zero pontos e que até agora afectam Imortal e Estoril.

No próximo fim-de-semana disputa-se a 8ª jornada onde sobressai o encontro do Montijo, em que a equipa da casa tentará ser a 1ª esta época a vencer o Imortal.

Sábado, 3 de Dezembro
Tramagal-Moscavide às 17:00h no Pav. do Tramagal
Montijo-Imortal às 18:15h no Pav. Mun. Nº 1 Montijo
Estoril-Academia às 18:30h no Pav Manique-Salesianos
Basket Queluz-Atlético às 21:00h no Pav. Henrique Miranda
Micaelense-Olhanense às 21:00h na EBI Canto da Maia

Domingo, 4 de Dezembro
Benfica-Seixal às 14:30h no Pav. Império Bonança