O árbitro
 
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O árbitro

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FracoBom 

Nuno TavaresO árbitro não deve ser visto como uma autoridade mas sim como mais um elemento que faz parte da estrutura do basquetebol.

Cada vez mais vivemos numa sociedade onde a figura da autoridade tem vindo a perder a sua importância, não tanto uma autoridade imposta sem espaço para dialogue mas acima de tudo uma autoridade que partilha valores e mostra caminhos através do respeito que merece ser encarada.

Ser árbitro é um papel extremamente importante no caminho que um atleta jovem percorre na sua formação desportiva e especialmente pessoal, e devemos encará-lo como alguém que, como qualquer um de nós, merece sempre o benefício da dúvida. Teoricamente, todos estamos de acordo com o acima escrito, mas na realidade o que se passa todos os fins de semana nos campos de basquetebol é bastante diferente. O mesmo passa-se em Espanha, Itália, França e noutros países, a contestação à figura do árbitro é constante e polémica.

Como treinador já fui muito contestatário com os árbitros, já exerci pressão, todas as faltas contra a minha equipa estavam quase sempre erradas, todas as faltas dos meus jogadores nunca existiam, e estava completamente errado, sem dúvida que existem faltas que não são marcadas e que as faltas que os meus jogadores fazem nem todas são, mas isso faz parte do jogo e da natureza humana.

Gostaria de ver um dia, durante um jogo, um jogador ao fazer uma entrada para o cesto completamente sozinho, ao falhar, o árbitro parasse o jogo e começasse a apontar o seu erro, a pressionar porque é que ele falhou algo que para todos é tão claro e evidente, como se pode falhar um lançamento na passada completamente sozinho? Ou o árbitro parar o jogo e questionar o treinador que está a perder porque é que está a errar tanto?

Penso que algo que deveria ser feito por todas as associações seria começar a organizar reuniões/encontros informais entre os árbitros/oficiais de mesa e os treinadores e/ou jogadores de modo a que se possam conhecer fora do enquadramento do campo de basquetebol, que possam falar abertamente sobre a modalidade, decisões e comportamentos de ambas as partes nos dias de jogo. Embora esta reflexão acima seja importante, é algo que poderia servir para o imediato mas não resolveria a relação comportamental.

Onde realmente nos diferenciamos dos países mais evoluídos em termos de basquetebol é o facto de onde existe falta de árbitros e, infelizmente, passa-se por todo o país a não presença constante de árbitros em jogos de formação, sendo até caricato por vezes à mesma hora de um jogo de iniciados ou cadetes, estar a decorrer um jogo de seniores e neste último haverem árbitros e no primeiro ninguém comparecer. Qual é a prioridade então? Onde está a estratégia a médio/longo prazo? Por onde devemos começar a construir a casa?

Somos um país onde temos árbitros de grande qualidade, internacionais, com presenças em fases finais dos mais importantes torneios internacionais mas temos que começar a perceber que para atingirmos um patamar elevado em todas as componentes da modalidade, essa evolução tem que ser transversal a todos os intervenientes, de modo a que todos possamos evoluir e que os jovens praticantes possam, acima de tudo, tornar-se adultos mais equilibrados e com um número maior de experiências positivas na modalidade, de modo a puderam causar impactos mais positivos e caminhos corretos.

Mais uma vez terá que haver uma reflexão a nível nacional, com todos os seus intervenientes, de todas as áreas de modo a que o nosso basquetebol finalmente tenha qualidade e acima de tudo seja equilibrado, construído de baixo para cima e que cobra todo o país.

Gostaria de deixar os votos de feliz natal a todos os leitores do Planeta Basket e todos os que amam esta modalidade tanto como eu, que o ano de 2012 seja um ponto de viragem neste desporto que nos une.

You know!

Este texto está redigido segundo o novo acordo ortográfico

 

Comentários 

 
0 #2 Zé Vitor 02-06-2012 18:46
Temos treinadores e jogadores que em toda a vida não receberam 1 cêntimo com o basquetebol, antes pelo contrário gastaram dinheiro com o basquetebol. Os árbitros alguma vez prescindiram de receber o que lhes compete no final do jogo??? Ouvi um dia alguém dizer que o desporto seria lindo com regras mas sem árbitros. Aplicável a qualquer modalidade.
Já agora permita-me uma pergunta: - Se reclamava de tudo e mais alguma coisa, que moral tem para vir aqui, agora, com esta conversa da treta...
Para terminar dizer que os árbitros tem o PODER de expulsar treinadores e jogadores, algumas vezes injustamente. E os árbitros?! Quem os pode expulsar?! Pelos menos aqueles que são incompetentes, para não falar nos que são mal educados.
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0 #1 Zé Vitor 02-06-2012 17:47
Muito bonito, não fosse tão demagógico...
Eu posso sempre contrapor com o seguinte: se o jogador erra demasiado, é substituído ou não é convocado, se o treinador erra, na próxima época outro virá, etc, etc, os árbitros tem o direito de errar, de comprometer resultados, de fabricar resultados, e para o ano lá estão eles de apito na boca outra vez, até para errar de propósito, e isto perante o olhar complacente de quem manda neles... Noticias várias de chicotadas psicológicas nas equipas, noticias varias do treinador X que deixou de contar com o jogador Y, os árbitros coitados, não se lhes pode apontar o dedo, ainda que muitos sejam prepotentes, arrogantes, incompetentes e corruptos.
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