Basquetebol olímpico
 
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Basquetebol olímpico

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Basquetebol OlimpicoA respeito da integração do basquetebol como modalidade olímpica vamos tecer algumas considerações baseadas em factos recolhidos em bibliografia.

O basquetebol foi integrado oficialmente nos jogos olímpicos, em Berlim, 1936. Contudo, apenas o sector masculino foi contemplado, tendo as mulheres de esperar mais 40 anos para poderem ver o mesmo acontecer, nos jogos de Montreal, Canadá.

A nossa modalidade, antes de 1936, já tinha sido objecto de jogos de exibição, em 1904, em Saint Louis, nos E.U.A. Mas só após a fundação da Federação Internacional de Basquetebol  levada a cabo em 1932 numa reunião na Suiça, é que foram dados passos decisivos para a sua inclusão efectiva nos jogos. Relembramos que um dos oito signatários dessa fundação foi Portugal e que os EUA, verdadeira pátria do jogo, não participaram.

Na Europa, até à década de 30, quem regulava a prática ainda pouco consistente do basquetebol eram as federações de atletismo, como acontecia em França. Aliás, vários campeões de atletismo praticavam o basquetebol como forma de preparação atlética. E como é fácil de perceber, terá havido dificuldades em ceder autonomia administrativa ao basquetebol. Só mais tarde o basquetebol francês fundou a sua própria federação nacional e se integrou na FIBA. Isso também contribuiu para o reconhecimento do basquetebol pelas autoridades olímpicas. 

Do outro lado do Atlântico, nos E.U.A., acontecia haver uma grande diversidade de organismos reguladores da prática do jogo, todos com regras diferenciadas, facto que se mantém, aliás, de certo modo, até aos dias de hoje. Desde o ensino secundário às universidades e também às ligas profissionais, passando jogo feminino (com regras extremamente diferentes até aos anos 60), essa multiplicidade foi uma realidade. Daí que também só mais tarde os próprios Estados Unidos participassem como membro de pleno direito na FIBA, não sem que, no entanto, vários conflitos de interesse, internos e externos, deixassem de acontecer. Durante muito tempo os E.U.A. valorizaram muito mais as suas competições internas, o que não lhes permitia enviar as selecções mais representativas às competições externas. Contudo, dada a sua grande superioridade, durante muito tempo, mesmo os jogadores universitários, sem o concurso dos jogadores profissionais (impedidos de participar nos jogos olímpicos até à plena participação em 1992, em Barcelona, com o Dream Team I) chegaram para levar de vencida largamente as selecções adversárias. Até ao polémico e renhido desaire de Munique, por 51-50, nos jogos olímpicos de 1972, frente à União Soviética. A partir daí, o basquetebol olímpico sofreu, tal como os outros desportos, os boicotes dos dois campos da Guerra Fria, em 80 e 84. Nas últimas edições dos jogos, já com a possibilidade da incorporação de jogadores profissionais, a dominação foi dos E.U.A. com a intromissão dos argentinos nos jogos de Atenas, em 2004.

Voltando a falar dos jogos de Berlim de 1936, refira-se, como curiosidade, que foram jogados ao ar livre num campo de ténis adaptado. Na final choveu torrencialmente, o que impediu os jogadores de driblar e contribuiu para um resultado muito modesto. Essa final foi ganha pelos Estados Unidos ao Canadá por 18-9.

O inventor da modalidade, James Naismith, esteve presente, lançou a primeira bola ao ar e deu as medalhas aos três primeiros lugares. No terceiro lugar ficou o México que ganhou à Polónia. Diga-se que Naismith nunca quis lucrar com a sua invenção, tendo passado inclusivé por dificuldades económicas durante parte da sua vida. Só uma ajuda financeira da associação de treinadores de basquetebol americanos, liderada pelo seu amigo Forrest “Phog” Allen, lhe permitiu viajar para a Alemanha. Até à vinda de Naismith a esses jogos de 36, apenas um “inventor” de uma modalidade tinha participado neles. Foi o barão Pierre de Coubertin,  grande impulsionador dos jogos olímpicos da era moderna (retomados a partir de 1896, Atenas) que tinha criado também a modalidade olímpica do pentatlo moderno. Quanto à organização alemã de 1936, acontece que não tinha previsto sequer uma recepção para Naismith. Só a intervenção muito activa, perante os organizadores, de William Jones, o secretário geral da FIBA, permitiu que o inventor do jogo pudesse ser tratado condigamente e desfrutar de “honras” especiais e mesmo para além do protocolo estabelecido.

Relativamente ao basquetebol feminino, duas propostas no sentido de o incluir como modalidade olímpica foram rejeitadas nas conferências do Comité Olimpico Internacional de 1955 e 1965. A esta diferença de forma como o género feminino foi tratado pelo COI não será alheia a composição conservadora do mesmo. O próprio barão Pierre de Coubertin sempre foi contra a inclusão das mulheres nos jogos. Além disso, diga-se que ele não era favorável sequer à inclusão de desportos colectivos. Quanto a resultados do sector feminino as primeiras edições foram dominadas pela URSS, sendo que nas últimas, a dominação foi das norte-americanas.

 

 


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