Olhar o país como um todo
 
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Olhar o país como um todo

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Jorge DuarteA importância do elo humano em qualquer projecto é decisiva. É assim, que mesmo em tempos difíceis, observamos algumas regiões a combaterem o desânimo e a darem passos importantes

na revitalização do minibásquete e consequentemente do basquetebol. Desde o início da presente época já estive por duas vezes no distrito de Viseu onde pude falar com pessoas como o José Augusto Amaral, Nuno Silva, Sérgio Antunes, João Nogueira e conhecer pessoalmente Jorge Duarte, Vice-Presidente Desportivo da Associação Basquetebol de Viseu, que se empenhou na formação do Comité Distrital de Minibásquete de Viseu. Uma vez mais quisemos ouvir e dar voz a quem longe dos grandes centros urbanos luta pelo basquetebol.


Jorge Duarte qual foi a sua ligação ao basquetebol e o que o fez voltar e aceitar o desafio de desenvolver o minibásquete no interior do país no distrito de Viseu?
Nasci em Moçambique, na cidade da Beira, terra onde se praticava bom basquetebol, aderi pois à modalidade jogando a nível escolar na EIC Freire de Andrade, e no desporto federado no Sporting Clube da Beira, fui também seccionista da equipa Smal-Simms, que participou em provas do minibásquete. Depois de alguns anos desligado da modalidade foi num curso de formação a nível da minha actividade profissional, que travei conhecimento com José Figueiredo, na altura presidente da ABV, que me convida para colaborar com a Associação, o que acedi com muito gosto ocupando outra vertente do meu agrado, o contacto com a comunicação social, vindo posteriormente a fazer parte de diversas direcções como Vice Presidente para o Desporto, cargo que presentemente ocupo.

Sabemos que lidera uma equipa pessoas empenhadas e com algumas ideias para o minibásquete. Quer-nos dizer quem são e nomeadamente falar da plataforma de base de dados criada pelo Sérgio Antunes.
Criamos recentemente o Comité Distrital de Minibasquete, tendo a ABV convidado o Prof. Sérgio Antunes e posteriormente o João Nogueira, para presidente e vice presidente do CDMB, uma dupla em quem depositamos muitas esperanças, pois a nível dos seus clubes e dos trabalhos nas selecções distritais já tinham dado provas do seu valor, e procuram estar sempre informados do que se passa na modalidade, não posso aqui esquecer os restantes membros do Comité que são os coordenadores dos minis nos nossos clubes filiados. Estamos cientes que teremos condições para se efectuar um bom trabalho, em prole do desenvolvimento da modalidade.
O Comité criou a plataforma, que o amigo San Payo já teve oportunidade de ver aquando do Memorial Prof. Mário Lemos, onde temos a agenda, o calendário dos Encontros Distritais de Minis, Campeonato Distrital de Sub-12, artigos técnicos, noticias dos jornais regionais.  

Que estratégias pensam seguir para conseguir trazer mais gente para a causa e dinâmica do minibásquete?
Aplicar um plano de apoio financeiro já aprovado em reunião de Direcção, às camadas jovens (Minis, Sub-12, Sub-14 e Sub-16), é um pequeno primeiro passo para se ajudar os nossos clubes na sua actividade, aumentar a realização de encontros, realizamos recentemente o VI Encontro para celebrar os 23 anos da ABV, em Mangualde,  onde procedemos à entrega de algumas bolas, material que adquirimos fruto de uma parceria que  com a Fundação Lapa do Lobo, divulgação nos órgãos de comunicação social regional, das actividades associativas.

Quer-nos falar projectos que têm em mente, para a presente temporada e para o futuro?
Em reunião da ABV e CDMB, foi ponto assente procurarmos caminhar com os pés bem assentes no chão, não criarmos falsas expectativas a nós próprios e aos nossos filiados, vamos efectuar o maior número de Encontros de Minis, Campeonatos Distrital de Sub-12, procurando posteriormente efectuar parcerias Inter Regionais, trabalho de Selecção numa fase inicial em treino aberto e posteriormente num grupo mais restrito, organizar visitas do n/DTR pelos nossos Clubes mais carenciados de meios técnicos, dando todo o apoio necessário, apoiar o aparecimento de clubes ou secções , procurando sempre que exista minis, divulgação nos órgãos de comunicação social das nossas actividades, e promover acções lúdicas de cariz cultural e recreativo, cujo tema seja a pratica do minibasquete. Lançámos um concurso para um símbolo para o CDMB, gostaríamos de criar um hino para o minibasquete, sendo que o nosso ponto alto será organizar um debate nacional sobre o que temos e o que queremos para o minibasquete, pois este escalão é muito importante para a melhoria da modalidade.

O que acha que a nível federativo poderia ser feito para termos mais e melhor minibásquete, nomeadamente, numa questão à qual é muito sensível, que é possibilitar às crianças do interior a riqueza da nossa modalidade.
Que a direcção da FPB, olhe o país como um todo, reconheça o esforço que as Associações do interior estão a fazer para que não acabe a modalidade, dando apoio efectivo, e que se possa dotar o CNMB de mais recursos humanos, para que possam atender às solicitações que lhe são endereçadas.

Se tivesse maior poder de decisão que medidas tomava a curto prazo para desenvolver o minibásquete?
Maior apoio e incentivo às associações, a todas e não a algumas.

Que diferenças sentiu, se é que as encontrou, entre o minibásquete há uns anos atrás e actualmente?
É justo salientar que existem melhorias pontuais no escalão, nomeadamente mais formação, e senti isto desde a minha primeira passagem em direcções associativas.

Sabemos que é um visitante assíduo do Planeta Basket, qual é a sua opinião sobre o site?
É o melhor veículo de divulgação da modalidade, até nisto estamos relegados para uma segunda fila, vemos modalidades com transmissões na RTP 2, magazines televisivos com notícias sobre as modalidades, revistas, cadernos distribuídos em edições de jornais desportivos, faço votos para que o Planeta Basket, continue.

Finalmente para poder expressar alguma ideia que pense útil transmitir. Que pergunta gostaria que lhe fizessem e que resposta daria.
Qual o papel do minibásquete no actual panorama da modalidade?
Agora e sempre, o minibásquete é um primeiro ‘pólo’ de atracção de praticantes para a modalidade, incutindo também os primeiros conhecimentos e valores nos jovens atletas. Todavia, e sem descurar o papel importante do minibásquete, não podemos deixar contudo de pensar nos restantes escalões. Temos, na nossa Associação (que não é única), equipas que foram impedidas de participar em outros campeonatos de associações vizinhas. Sabemos que o momento é de crise (por exemplo, ao nível do aumento de custos com deslocações e portagens). Gostaríamos, todavia, que a federação se debruçasse sobre este tema, por forma a poder dotar os nossos atletas de jogos competitivos e experiência, fundamentais para dar continuidade ao trabalho de base que é feito no minibásquete.

 

 


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