Ouvir Josep Bordas
 
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Josep BordasOuvir Josep Bordas falar sobre Collell e sobre basquetebol é o mesmo que abrir um compêndio de experiência, reflexão e sabedoria.

Nunca quero deixar de aprender, ainda à bem pouco tempo aprendi mais um exercício com a jovem treinadora Joana Alfaiate do BC Lis em Albufeira, mas à medida que vamos envelhecendo, vamos diminuindo a capacidade de nos fascinarmos e de nos surpreenderem com novos conceitos e formas diferentes de abordar o ensino do jogo. Em Collell fui um privilegiado, não apenas por ter participado na parte prática do trabalho da Academia de Iniciação da FEB, mas principalmente por ter tido a oportunidade de ter uma longa conversa o Josep Bordas, que foi quem idealizou esta forma de deteção e seleção de talentos. Na verdade tive a possibilidade única de juntar à prática, um profundo conhecimento da teoria.

O que me levou à fala com Josep Bordas, um grande pedagogo e um personagem fascinante, para além da minha curiosidade, foi precisamente a minha colaboração com o Planeta Basket. Quando o vi isolado, sentado à sombra de uma árvore a observar o que se passava nos campos, perguntei ao José Silva atual diretor da Academia, se ele se importaria, que eu lhe fizesse algumas perguntas para publicar no Planeta Basket.  O José Silva disse-me para eu estar à vontade, pois o Josep Bordas falaria comigo de bom grado. Nesse momento, e fazendo apelo a esta minha nova faceta de escriba e “jornalista” amador pensei em escrever algumas perguntas para ir minimamente preparado.

Escritas as perguntas, e depois de lhe ter perguntado se estava disponível para responder a algumas questões, peguei no bloco com as perguntas preparadas e atrevi-me, solicitando que me dissesse o que sentia; depois de ter sido durante tantos anos o diretor do projeto de  Collell e seu grande mentor; a observar do lado de fora o trabalho realizado. A sua resposta foi demolidora. Josep Bordas voltou-se para mim e calmamente disse-me:

- Tu estás completamente enganado. E não sou o mentor de Collell. Os mentores do Collell são as crianças aqui presentes, eu apenas me limito a interpretar as suas necessidades. As crianças são o que há de mais importante em todo este processo.

Naturalmente que esta abertura facilitou a minha vontade de o escutar, pois para mim como sempre o afirmei, no minibásquete o mais importante são as crianças. A partir daqui a entrevista tinha acabado e a conversa seguiu fluida durante uma manhã inteira, em que me limitei, com breves pedidos de esclarecimentos, a ouvi-lo desenvolver uma série de conceitos que relatarei nos próximos artigos. Josep Bordas é como disse Rafael Gallinato na sua entrevista um mestre, verdadeiro mestre acrescento eu.

Comentários 

 
+6 #8 João Ribeiro 19-04-2012 17:32
...Mas não chega é claro.
Muito honestamente treina-se muito mais e melhor no nosso país de há 10 anos a esta parte do que há 25 a 30 anos. Simplesmente nunca parece estarmos satisfeitos com o que temos e damos pouco valor ao que evoluímos.
Depois das décadas de 70, 80 e 90, onde as refer~encias de Moçambique e a promoção da NBA nos trouxerem uma chama para fazer crescer a modalidade, deparamo-nos com a necessidade de encontrar novas formas de desenvolver a modalidade. Ousadamente eu sei, mas acredito que só poderemos desenvolver verdadeiramente uma paixão pela modalidade se, em criança existir experi~encias marcantemente positivas com a modalidade. O Minibasquete é uma via riquissíma para esse fim, saibamos nós dar-lhe a devida atenção e conhecê-lo bem.
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+6 #7 João Ribeiro 19-04-2012 17:24
Atento à anterior sequ~encia de comentários atrevo-me a desafiar o San Payo Araújo a possibilitar a muitos interessados e críticos ao modelo de desenvolvimento do Minibasquete a assistirem a um jamboree, a uma ação do San payo, ou simplesmente a assistirem a uma tertúlia com o San Payo Araújo.
Não se iludam que irão ouvir as verdades das verdades, mas falando na minha experiência, posso garantir-vos que passarão a gastar o vosso tempo de reflexão na procura de soluções em detrimento de o utilizarem para simplesmente (embora útil em doses moderadas) põr em causa
Se me permitem a minha opinião: parece-me hoje em dia bem mais eficaz expandir a modalidade pela base (mesmo recorrendo a alguns momentos decantigas atividades lúdicas) do que alimentar sem retorno o topo da pirâmide de desenvolvimento da nossa modalidade.
Criança que possa vir a ser jogador, pai que possa vir a ser dirigente, jovem que possa vir a ser treinador ou árbitro parecem-me aspectos importantes...
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+10 #6 Henrique Santos 18-04-2012 23:08
Caro João Videira
quando tiver a oportunidade de ver em acção o San Payo Araújo, não a perca. Percebo as suas palavras mas só são possíveis por nunca o ter visto em acção. Ele é das pessoas que mais consegue aliar a teoria e a prática no que ao basquetebol se trata. Tem propostas concretas que funcionam, embora a grande maestria dele seja difícil de igualar.
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+10 #5 San Payo Araújo 18-04-2012 09:46
Parte 3

Finalmente quanto às suas perguntas concretas não se fala do jogo puro e duro porque? Não se fala dos exercícios, usados porquê? Não se fala se jogam 5 abertos, 4 fora 1 dentro porquê?

O que eu estou atualmente a narrar é a minha vivência em Collell, e neste caso, estas são as resposta mais simples de se dar

Em Collell não há exercícios, não há posições definidas para os jogadores, não há 5 abertos ou 4 fora e 1 dentro. O jogo é livre e pretende-se que seja o mais espontâneo e instintivo possível, pois Collell é um espaço de observação de jogadores e dos seus comportamentos no campo, mas também fora dele.

Termino como comecei obrigado pelos seus comentários e se estiver interessado em me ouvir no que se passa a montante e a jusante de Collell, terei todo o gosto em falar consigo, pois conversar destes temas é sempre um prazer para mim.
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+10 #4 San Payo Araújo 18-04-2012 09:45
Parte 2

Daí eu dizer que a palavra minibásquete é composta por dois conceitos mini (crianças) e basquete (modalidade). Como técnico da Federação poderia colocar-me na perspetiva do desenvolvimento da modalidade e que daí beneficiassem as crianças, No entanto com base na minha convicção já expressa anteriormente eu coloco-me na perspetiva, e tenho muitos fundamentos para a defender, do desenvolvimento da criança e que daí resulte o crescimento e desenvolvimento da modalidade.
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+10 #3 San Payo Araújo 18-04-2012 09:44
Parte 1
Caro João Videira

Agradeço o seu comentário e estou pronto, caso assim o entenda ter uma conversa aberta e franca consigo para melhor clarificar as minhas perspetivas.
Não me considero, nem nunca me considerei dono da verdade, no entanto há duas convicções profundas sobre as quais assentam o meu empenho na modalidade:
- A probabilidade de termos Rickys Rubio, Alba Torrens etc é quase nula, mesmo que pensemos muito apenas no basquetebol, se a base de captação for tão reduzida como é em Portugal.
- A segunda convicção é que o basquetebol foi criado e existe para o bem das pessoas. As pessoas não existem para o bem da modalidade.
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0 #2 João Videira 17-04-2012 23:20
Tudo o que acabei de enumerar aqui pode ter lugar em qualquer actividade lúdica, escolar de todas as áreas possiveis e imaginárias, mas e o Basquetebol?
Não se fala do jogo puro e duro porquê? Não se fala dos exercicios usados porquê? Não se fala se jogam 5 abertos, 4 fora 1 dentro porquê? Que tipo de traços técnico e tácticos tem os míudos? Com muita sinceridade neste estilo que defende o Ricky Rubio jamais teria chegado aquele nível com 14 anos ou eles jamais seriam campeões da europa logo em sub-16 muitas vezes com cadetes de primeiro ano... Ninguém chega ao topo do basquetebol europeu se em minis andam a cantar e a conviver mais do treinar, veja-se os videos que circulam na net das ultimas finais de minis em Espanha de miudos e miudas... em Portugal seriam quase cadetes. Somos na minha opinião demasido inocentes e protectores das crianças.
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0 #1 João Videira 17-04-2012 23:18
É um prazer ler estas crónicas que você escreve, pela sua capacidade de trabalho e pela sua persistência fica a minha admiração.
Agora penso que estes artigos são demasiado vagos ao que o Basquetebol diz respeito, leio muita pedagogia, leio muita interacção com os pais, vejo uma grande camaradagem com os treinadores de minis de todo o pais ( o que me parece positivo), vejo uma preocupação de envolver os pais no processo, mas e o Basquetebol?
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