A partir das notas soltas que tirei, e depois de ter falado sobre o espaço natural e vital de cada jovem e sobre a química que deve unir as diferenças dos diferentes jogadores irei abordar outro tema explanado durante a conversa com Josep Bordas.
Josep Bordas referiu várias vezes, que há uma série de valores tangíveis e inatingíveis que só se apreendem, apenas através do jogo. Não se ensinam, só podem ser exteriorizados através do jogo. Outro dos conceitos que assenta neste pressuposto é o do lançamento ou tiro instintivo. Ao olhar para os campos e para os jogos que estavam a decorrer em Collell, enquanto falávamos confidenciou-me que gostava do potencial da geração que estava a observar, mas que lhe parecia que a esta geração lhe faltavam lançadores instintivos.
Uma coisa é saber executar o lançamento corretamente, outra é saber selecionar o momento de lançar e finalmente outra coisa, que não se ensina, mas que se pode potenciar através de muito jogo é o instinto de lançar.
No próximo artigo abordarei outro tema que me agradou muito, até por encontrar contactos e pontes na minha forma de encarar a aprendizagem do jogo. Abordarei o tema da arbitragem nas etapas da formação.
Hoje fico-me por aqui, sem deixar de dizer o que foi inevitável, quando ouvi estas palavras a Josep Bordas. Lembrei-me do instinto de lançador, do nosso melhor praticante de sempre, e que tive o privilégio de assistir múltiplas vezes a jogar, lembrei-me do Carlos Lisboa.
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