"Estou muito agradecido por ter esta oportunidade. É uma honra tremenda."

O que pensa desta competição de verão?
Quando nos preparamos para jogar com equipas que estão juntas há algum tempo a nível internacional, sabemos que elas não têm medo de nós, nem estão intimidadas. Esses jogadores acreditam que nos podem ganhar, que nos devem ganhar e é aí que o jogo se torna realmente divertido.

Que expectativas tem para a participação nos Jogos Olímpicos de Pequim?
Nós só queremos jogar bem, aliás jogar muito bem. O nosso objectivo é obviamente conquistar a medalha de ouro tal como todas as outras equipas. E vamos-nos esforçar ao máximo.

Sente que há maior pressão dado que os EUA não ganham o ouro desde 2000?
Sim, penso que a pressão é naturalmente maior. Mas para nós, essa até é uma situação relaxante porque preferimos ter a responsabilidade de ter que chegar lá e ganhar, do que ficar à espera que a medalha nos caia do céu. Esta é uma grande oportunidade para nós e nós estamos muito excitados com isso.

O jogo na NBA pode ser mais individual, pois há muito 1x1, enquanto o conceito do jogo internacional é mais virado para o jogo de equipa. Como fazem a transição para este estilo?
Nós limitamos-nos a rodar a bola e fazêmo-lo muito bem. Sair a jogar rápido e executar bem. É isto que é preciso. Ganhar um campeonato da NBA e uma medalha de ouro num campeonato internacional não é assim tão diferente. Apenas há que seguir as regras. Temos que jogar como equipa, defender muito bem e dominar as tabelas.

Quem são para si os maiores adversários dos EUA?
Todos são adversários de topo. Escolheria a Argentina porque são os campeões em título. E manter-se-ão como tal até que alguem os derrube.

O que significaria para si ganhar a medalha de ouro Olímpica?
Seria a coisa mais especial da minha carreira. Ganhar um título da NBA é incrível, mas estás a jogar num mercado particular. Ao ganhar uma medalha de ouro, estás a jogar pelo teu país. Não penso que haja maior honra para um atleta profissional do que conquistar esta medalha.

É esta uma ocasião especial para si? Já conseguiu tanto na sua carreira mas os Jogos Olímpicos são algo de novo?
Estou muito agradecido por ter esta oportunidade. É uma honra tremenda. Ganhar um campeonato da NBA é uma coisa mas jogar pelo meu país é algo completamente diferente. Tenho muita sorte por estar aqui e estou ansioso pelo início da prova.

A defesa vai ser a chave?
Sem dúvida. Defesa e ressaltos ganham campeonatos, seja nas Olimpíadas, seja na NBA. Trabalhamos muito estes factores.

Como é que tem visto o Dwayne Wade?
Ele tem-me parecido bem. Ainda no outro dia enquanto falava com ele durante um treino, ele disse-me que não se sentia tão bem há já alguns anos.

O que pensa da constituição da equipa?
Nós temos atletas incríveis na equipa, que são defensores muito capazes. Temos muito atleticismo na posição de extremos e podemos usar isso para ganhar vantagem, pressionando os nossos adversários e obrigando-os a cometer turnovers. Queremos usar a velocidade e atleticismo como vantagem.

Como é jogar para o Coach K (Mike Krzyzewski)?
É tudo o que eu esperava que fosse e ainda mais. Quando estava no high school (secundário), ele era a minha primeira esolha, mas tive de esperar cerca de 11 anos para jogar para ele. Ele é uma excelente pessoa e um treinador incrível e eu já aprendi muito com ele. Tem uma grande paixão pelo jogo, grande respeito pelos seus atletas e acima de tudo, quer ver os seus jogadores a jogar bem. E claro, quer ganhar. Ele comunica facilmente com os seus atletas e é muito claro naquilo que quer.