Portugal obriga o líder a não facilitar
 
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Portugal obriga o líder a não facilitar

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Bielorússia PortugalMinsk (Bielorrússia) – Apesar de ter perdido, Portugal confirmou que tem crescido imenso e consegue jogar de igual para igual durante bastantes minutos.

O facto de o seleccionador da Bielorrússia só ter feito descansar a poste Verameyenka praticamente no 4º período (jogou mais de 28 minutos até ao final do 3º quarto) demonstra bem as dificuldades sentidas pelas anfitriãs, que foram mesmo obrigadas a puxar dos galões, como se diz na gíria, para embalar em definitivo para a vitória (63-41).

A selecção portuguesa entrou bem na partida, já que mesmo depois de ter sofrido 2 cestos consecutivos de Likhtarovich (4-0 no minuto 3), Carla Freitas respondeu com o seu único triplo à entrada do minuto 4 (4-3) e Ana Oliveira igualou (4-4) da linha de lance livre um minuto volvido. Na resposta duas bombas consecutivas, uma da base Tarasava e outra da capitã  Trafimava, ambas no minuto 6, colocaram o marcador em 10-4, obrigando Ricardo Vasconcelos a parar o cronómetro. Esta decisão surtiu efeito pois as suas comandadas reagiram com um parcial de 2-5, reduzindo o prejuízo para 3 pontos (12-9). Quase em cima da buzina para o termo do 1º período, Michelle Brandão encurtava a diferença (14-12).

No 2º quarto (18-11) as nossas representantes entraram algo desconcentradas e num ápice encaixaram um parcial de 9-0, disparando o marcador para 23-12, com novo triplo, desta feita de Anufryienka, à entrada do minuto 14, a fechar este ciclo negativo para as portuguesas. Altura para o seleccionador luso pedir novo desconto de tempo e de novo com resultados práticos. Sofia Carolina assumiu as despesas no ataque ao corresponder a passes decisivos das suas companheiras e protagonizou um parcial de 8-0, tudo em lançamentos de campo, tomando as decisões certas e não se intimidando com o facto de estar a ser marcada pela credenciada Verameyenka. Com o marcador em 23-20, Rimantas Grigas, o lituano que comanda a selecção anfitriã, teve mesmo que parar o cronómetro para proceder a rectificações no minuto 17. Portugal voltou a sofrer novo parcial de 9-0 em 3 minutos, mas Joana Lopes, que ressurgiu em Minsk após 2 jogos menos conseguidos, acertou a sua única bomba em cima do sinal sonoro para o intervalo (32-23).

No reatamento e depois de algum equilíbrio até ao minuto 22 (35-27), voltámos a sentir dificuldades no ataque e em 2 minutos consentimos um parcial de 6-0, o que obrigou  Ricardo Vasconcelos a parar o jogo a meio do 3º período (41-27). A entrada de Michelle Brandão, substituindo Carla Nascimento, muito desgastada nos mais de 20 minutos que já tinha de utilização, veio dar alguma frescura física e clarividência, com a jovem base a ter duas boas iniciativas, sendo primeiro travada em falta (marcou os 2 lances livre e fez 43-31) no minuto 28 e 2 minutos decorridos reduziu para 44-33, mas Likhtarovich (uma das jogadoras da casa mais influentes) fixou da linha de lance livre o resultado no final do 3º período (45-33).

Até à entrada do último quarto a equipa da casa só tinha utilizado 8 jogadoras, portanto uma rotação muito baixa, sendo que duas das 3 que saltaram do banco somavam em conjunto pouco mais que 12 minutos (uns curtos 8% do tempo total de utilização). Isto significa que o seleccionador da casa não quis arriscar, recorrendo às suas jogadoras mais experientes, que lhe davam mais garantias de não serem surpreendidas. Nos derradeiros 10 minutos (18-8) acentuou-se o desgaste físico das nossas representantes, com a estatura e o peso das adversárias a fazer mossa. A 4ª e 5ª faltas da poste Sofia Carolina, assinaladas no espaço de poucos segundos, ambas no minuto 37, com o resultado em 55-37, veio enfraquecer a capacidade defensiva da nossa equipa, mas Débora Escórcio da linha de lance livre (57-39), no minuto 38 e de novo Michelle Brandão já no minuto 40 (59-41), conseguiram que se ultrapassasse a barreira dos 40 pontos, com Anufryienka a selar o resultado final na conclusão de um contra-ataque.

Resultado final: Bielorrússia 63-41 Portugal

Embora o desfecho tivesse sido desfavorável para as nossas cores, o pragmatismo do seleccionador nacional foi evidente na sua análise ao encontro: «Perdemos com uma equipa que tem um valor inquestionável. O facto de termos competido muito bem no 1º e no 3º período (perdemos por 5 no conjunto desses 20 minutos) demonstram que sabíamos claramente aquilo que tínhamos a fazer. Contudo o cansaço físico e o termos obrigado o nosso adversário a ter que se aplicar mais, fez com que a Bielorrússia tivesse que puxar dos galões  e  por via disso o jogo terminou com 22 pontos de diferença, quando à entrada do último quarto  estávamos a 12 pontos (45-33)».

Mais adiante Ricardo Vasconcelos fez questão de referir que «os 20 pontos a menos sofridos em relação ao jogo da 1ª volta comprovam que temos crescido muito neste capítulo (na defesa), reagindo da melhor maneira ao início da competição que foi muito mau em termos defensivos. Hoje a má percentagem da linha de 3 pontos, bem como a da linha de lance livre dificultaram a possibilidade de entrarmos no último período com o jogo mais aberto».

No outro encontro da ronda, a Ucrânia ao vencer Israel (71-68), mantém-se na corrida para o apuramento, com 4 vitórias e duas derrotas. Na liderança do Grupo A continua a Bielorrússia (5V-1D), que ficou mais perto da qualificação, embora ainda a não tenha garantido.

Destaque nas vencedoras para a prestação da poste Verameyenka, MVP do jogo (27,0 de valorização) ao contabilizar um duplo duplo (12 pontos, 4/4 nos duplos, 12 ressaltos sendo 2 ofensivos, duas assistências, 1 roubo, 2 desarmes de lançamento e 4 faltas provocadas, com 4/5 nos lances livres). Foi bem secundada por Tatsiana Likhtarovich (13 pontos, 6/6 nos duplos, 3 ressaltos defensivos, 1 roubo, 1 desarme de lançamento e 3 faltas provocadas), Nataliya Trafimava (7 pontos, 12 ressaltos sendo 4 ofensivos, duas assistências, 1 roubo e duas faltas provocadas, com 2/2 nos lances livres), Natallia Anufryienka (10 pontos, 2/4 nos triplos, 3 ressaltos, duas assistências, 1 roubo e 4 faltas provocadas, com 2/4 nos lances livres) e Tatyana Troina (8 pontos, 5 ressaltos sendo 3 ofensivos, 5 assistências e 3 faltas provocadas).

Na selecção portuguesa a poste Sofia Carolina creditou-se da melhor actuação, sendo a sua valorização (9,5) penalizada por ter feito 5 faltas. Terminou com 15 pontos (melhor marcadora do encontro), 4 ressaltos sendo 1 ofensivo, uma assistência, 1 roubo e 3 faltas provocadas, mantendo um duelo interessante com a sua marcadora directa (Verameyenka). Foi bem acompanhada por Joana Lopes, a mais valiosa (10,0 de valorização), que anotou 7 pontos, 1/3 nos triplos, 5 ressaltos sendo 2 ofensivos, 2 roubos e 1 desarme de lançamento.

Em termos globais o triunfo da Bielorrússia justifica-se pela superioridade nas tabelas (41-29 ressaltos), pela maior eficácia nos lançamentos de campo (44%-27%), quer nos duplos (51%-28%) quer nos triplos (25%-22%), pelo maior colectivismo (16-7 assistências), por ter feito mais desarmes de lançamento (3-1) e por ter provocado mais faltas (20-15). As anfitriãs estiveram também mais certeiras nos lances livres (73%-64%).

Portugal conseguiu roubar mais bolas (4-6) e esteve bem nos turnovers (12 para cada lado), sendo este o jogo em que cometeu menos erros.

Bielorússia - Portugal

Ficha de jogo

Palácio dos Desportos, em Minsk

Bielorússia (63) – Aliaksandra Tarasava (7), Tatsiana Likhtarovich (13), Nataliya Trafimava (7), Tatyana Troina (8) e Anastasiya Verameyenka (12); Natallia Anufryienka (10), Alena Novikava , Viktoryia Hasper (2), Volha Istseliatsova (4) e Sviatlana Valko

Portugal (41) – Carla Nascimento (3), Carla Freitas (3), Ana Oliveira (1), Sara Filipe e Sofia Carolina (15); Joana Lopes (7), Débora Escórcio (2), Mª João Correia (1), Michelle Brandão (8), Tamara Miilovac (1), Daniela Domingues e Larisse Lima

Por períodos: 14-12, 18-11, 13-10, 18-8
Árbitros: Ingus Baumanis (Letónia), Rafael Ganiev (Lituânia) e Barry Peters (Holanda)

A comitiva lusa regressa hoje (5ª feira) a Portugal. Alvorada muito cedo para se sair do hotel às 03H00 da madrugada (01H00 portuguesas) a fim de se embarcar no voo que parte de Minsk às 05H30, rumo a Frankfurt. Neste aeroporto germânico uma escala de 2h15, com a partida do voo LH1166 às 09H20 com destino a Lisboa, estando a chegada prevista para as 11H20.Do aeroporto da Portela a equipa seguirá directamente para uma unidade hoteleira em Carcavelos, onde ficará alojada até ao jogo do próximo sábado, no Pavilhão Desportivo dos Lombos, contra a Hungria (8ª jornada), às 18H00.

 

 


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