Depois de conquistado o campeonato africano no ano passado, o ano de 2012 fica marcado por uma nova estreia, a participação da Tunísia nos Jogos Olímpicos.

A história coloca a Tunísia como uma equipa da segunda linha do basquetebol africano, classificando-se invariavelmente entre os 8 primeiros dos campeonatos africanos em que participou desde 1964. Mas em 2009 deu-se o primeiro passo qualitativo com a medalha de bronze conquistada na Líbia, e o salto decisivo ocorreu no ano passado com o título africano ganho diante da poderosa Angola em Madagáscar.

Foi o culminar de um torneio surpreendente que alem de conduzir os tunisinos ao topo do basquetebol africano, lhes garantiu desde logo, a presença em Londres. O treinador Adel Tlatti não fez grandes alterações à equipa, continuando a apostar num misto de experiência e juventude. O base Marouan Kechrid é o líder de um conjunto que conta ainda com a maturidade de Amine Rzig e com o crescimento dos mais jovens Makrem Ben Romdhane e Salah Mejri. Este último foi mesmo distinguido como MVP do último campeonato africano, depois de na final ter somado 15 ressaltos e 3 desarmes de lançamento, a juntar aos seus escassos dois pontos obtidos da linha de lance livre.

A fase de preparação do conjunto tunisino não tem corrido de feição, já que os dois únicos triunfos foram obtidos na Stankovic Cup, diante de duas selecções B da Rússia e Austrália. Nos encontros mais a sério, frente à China (54-85) e à Espanha (56-95), a Tunísia foi cilindrada, o que não augura um bom presságio para os Olímpicos, no entanto, há que não esquecer que se tratam dos campeões Africanos em título.

A Tunísia vai abrir a competição no dia 29 frente à Nigéria, num jogo muito importante para as aspirações de qualquer um destes países africanos. A equipa que ganhar poderá continuar a sonhar, mas a que perder, deverá ver o sonho olímpico desfeito logo à entrada, tendo em conta o poderio dos restantes conjuntos que compõem o grupo A.