O Brasil apresenta-se um Londres com uma das melhores equipas das últimas décadas e é apontado por muitos como candidato às medalhas.
Depois do bronze conquistado nos já longínquos Jogos de 1948, 1960 e 1964, o Brasil volta a ter legítimas ambições para conquistar uma medalha olímpica. Fora dos Jogos Olímpicos, o Brasil foi somando vários sucessos em campeonatos americanos, pan-americanos e mesmo em campeonatos do Mundo. No entanto, a última medalha ganha pelo Brasil numa grande competição internacional data de 1978, num conjunto onde pontificava o extraordinário Oscar Schmidt.
Mas tudo pode mudar em Londres, onde se prevê que esta equipa brasileira possa causar um grande impacto. A começar pelo banco, onde vai estar sentado Rubén Magnano, o homem que guiou a Argentina ao título olímpico em 2004, e prosseguindo para o plantel à sua disposição, composto por bons jogadores em todas as posições, e que se apresentam praticamente todos no auge das suas carreiras.
O base Marcelinho Huertas, actualmente ao serviço do Barcelona e que nas últimas épocas, mais concretamente desde que se mudou para a Europa, tem evoluído a olhos vistos. Leandro Barbosa, Nené Hilário e Anderson Varejão, todos eles com 29 anos, tal como Huertas, têm já carreiras consolidadas na NBA e Tiago Splitter (27) para lá caminha. E ainda há que contar com as contribuições de Alex Garcia, Marcus Vinicius e do base norte-americano naturalizado brasileiro, Larry Taylor.
Na preparação para Londres, o Brasil foi das equipas que mais problemas causou aos norte-americanos, tendo perdido tambem com a França. Mas estas foram as duas únicas derrotas dos canarinhos, que pelo meio derrotaram Austrália, Nigéria, Grécia, Nova Zelândia e Chile. Em Londres voltarão a encontrar a Austrália logo no primeiro dia de competição, seguindo-se os encontros contra Reino Unido, Rússia e China, antes do grande teste frente à Espanha.
O talento deste grupo de jogadores é indiscutível, tal como o facto de terem todas as posições do campo bem preenchidas. Resta saber o que Rúben Magnano conseguirá construir. O treinador argentino já mostrou a sua classe no passado e se conseguir tirar o máximo deste conjunto, o Brasil será certamente uma equipa a ter em conta na luta pelas medalhas.
