Primeira jornada do Torneio Olímpico Feminino, com a China a obter uma vitória surpreendente, enquanto Estados Unidos, Austrália e França confirmaram o bom momento.
A Rússia, mesmo vencendo, não escapou a dificuldades.Apontado como o jogo da jornada, o Brasil – França não desiludiu. Duas equipas muito equilibradas, durante a maior parte do tempo, foram as francesas quem se mostrou com maior capacidade para levar a vitória, conseguindo-o por 73-58. As brasileiras começaram melhores, com Erika Souza e Clarissa dos Santos a evidenciarem-se no jogo interior, mas a excelente exibição de Celine Dumerc, com 23 pontos e 5 assistências, marcou a superioridade francesa no jogo exterior. A equipa brasileira deu bastante resistência mas acabou por cair, definitivamente, no último período, com um parcial de 9-21 a levar a diferença final aos 15 pontos.
A surpresa do dia ficou a cargo da China, logo no primeiro jogo, vencendo a Rep. Checa por 66-57. O treinador das checas, Lubor Blazek, queixou-se que a sua equipa demorou muito tempo a entrar no jogo, mas a verdade é que as chinesas pareceram sempre superiores. No início da partida, procurando e conseguindo marcar consecutivamente da linha de três pontos, depois, com uma atitude defensiva louvável. A Rep. Checa foi desperdiçando oportunidades para passar para a frente, a última das quais a cerca de três minutos do final, acabando por Zengyu Ma, com 16 pontos e 3-em-3 nos lançamentos triplos, por fazer a festa para a China.
A Rússia apanhou um susto frente ao Canadá e só a reação liderada por Becky Hammon, que acabou com 14 pontos e 4 assistências, permitiu a vitória por 58-53. A equipa canadiana entrou muito forte na partida, perante uma Rússia algo apática nas suas ações e com dificuldades para gerir os seus ataques. Durante o segundo quarto, o Canadá chegou a atingir uma vantagem de 12 pontos, tendo sido preciso chamar Hammon à partida para que a reviravolta se concretizasse. Papel importante teve também Alena Danilochkina, que com 10 pontos e 6 assistências, foi uma poderosa ajuda no tiro exterior.
EUA e Austrália: passeio das favoritas
Os EUA teria agradecido um jogo mais fácil nesta estreia, mesmo que o resultado final de 81-56, evidencie superioridade frente à Croácia. Mas, na verdade, esta diferença só foi cimentada no último período. Depois de dez minutos iniciais muito mal jogados, a magra liderança das norte-americanas (11-4) foi recuperada por um conjunto croata, com Sandra Mandir e Marija Vrsaljko (esta última terminou com 19 pontos), em grande forma. Na segunda metade, e ainda com os Estados Unidos à procura do seu melhor jogo, sobressaiu Jelena Ivezic, que marcou 22 pontos. Mas foi a entrada de Angel McCouGhtry, que marcou 13 pontos e teve também importante papel na pressão a campo inteiro imposta no último quarto. Juntando os duplo-duplos de Tina Charles, 14 pontos e 10 ressaltos, e Candace Parker, 11 pontos e 13 ressaltos, a equipa norte-americana acabou por garantir uma vitória larga.
Nenhuma dificuldade para a Austrália, que venceu a Grã-Bretanha por 74-58. Lauren Jackson terminou com 18 pontos e começou cedo a impor a sua categoria perante uma equipa britânica que não conseguiu demonstrar qualidade suficiente para estar à altura desta competição. As australianas marcaram um fosso logo na primeira metade da partida, limitando-se a gerir essa vantagem nos últimos períodos, sempre sem permitir veleidades à equipa da casa.
Finalmente, a Turquia também venceu, sem problemas, a seleção de Angola, por 72-50. As turcas conseguiram uma vantagem larga logo no primeiro período e viram as campeãs africanas reagir para diminuir a diferença para 10 pontos ao intervalo. No entanto, e sem precisar de acelerar em demasia, a Turquia conseguiu demonstrar a sua superioridade, acabando Emine Palazoglu, com 13 pontos, a ser a melhor marcadora da equipa.