Agora estamos com os dois pés nas meias-finais
 
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Agora estamos com os dois pés nas meias-finais

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Mariyana KostourkovaStrumica (Macedónia) – Terminou hoje a 2ª fase do Campeonato da Europa de Sub-18 Femininos, Divisão B, que decorre nesta cidade macedónia.

Ficaram a conhecer-se pois os quatro semi-finalistas que no próximo sábado medirão forças. São eles: Portugal, Hungria, Bielorrússia e Inglaterra.

Assim o 1º classificado do Grupo E (Portugal) defronta às 18H15 o 2º do Grupo F (Inglaterra ) enquanto o vencedor do Grupo F (Bielorrússia) joga com o 2º do Grupo E (Hungria), a partir das 20H30.

Foi uma alegria enorme e uma sensação de dever cumprido quando soou o apito final. As doze jogadoras portuguesas abraçaram-se numa manifestação de regozijo pelo objectivo que tinham acabado de atingir com inteiro mérito. Também todo o staff comemorava o êxito e nós próprios sentimo-nos recompensados pela dedicação ao longo de muitos anos.

Mas vamos ao jogo que nos abriu as portas, de par em par, para as meias-finais. Sabíamos todos que a Bulgária era um adversário complicado, mas tínhamos completa noção do nosso valor e estávamos confiantes num bom resultado. Este é que era o que nos interessava. A vitória porque nos apontava um adversário (Inglaterra), pelo menos em teoria mais fácil, do que a Bielorrússia que é uma das duas equipas ainda invictas. A derrota por 1 ponto também chegava para carimbar o passaporte para as meias, mas nessa hipótese, a Hungria teria sido vencedora do Grupo E (com +2 pontos), enquanto Portugal seria 2º (com 0 pontos), relegando a Bulgária para o 3º posto (com -1 ponto), feitas as contas no desempate por cesto-average, nos jogos entre si. Mas nunca gostámos de andar com a calculadora na mão.

Na 1ª parte a Bulgária soube explorar a maior ansiedade patenteada pelas nossas representantes, nomeadamente a partir do momento em que as búlgaras, depois de estarem a perder por 4-9 (à entrada do minuto 4), com um triplo da capitã Laura Ferreira, souberam aproveitar as indicações dadas pela sua treinadora Tatyana Gateva quando fez parar o cronómetro segundos decorridos, ainda no mesmo minuto. Com a jovem (ainda Sub-16) Borislava Hristova (14 pontos até ao intervalo, com 6/7 nos duplos), a jogar com a serenidade de uma veterana e as atiradoras Iva Kostova e Radostina Dimitrova (um triplo no minuto 10) a contribuir com mais 10 e 7 pontos, respectivamente, as búlgaras foram para o balneário na frente (34-30), depois de terem ganho tanto o 1º (16-14), como o 2º período (18-16).

Não se pode dizer que as comandadas de Kostourkova estivessem a jogar mal, nada disso, mas notava-se que a equipa tinha receio de errar e isso cerceava as jogadoras mais criativas. Do lado das lusas o destaque na 1ª metade ia para Josephine Filipe (10 pontos, 4/5 nos duplos e duas faltas provocadas), Laura Ferreira (8 pontos, 4 roubos e 5 faltas provocadas) e Maria Kostourkova (6 pontos, 6 ressaltos e duas faltas provocadas). A pecha era na defesa, porque Laura Ferreira não conseguia parar a jovem Hristova. A Bulgária dominava as tabelas (21-16 ressaltos) e tinha maior eficácia nos lançamentos de campo (44%-30%), particularmente nos duplos (55%-40%), sem esquecer o acerto da linha de lance livre (90%, com 9/10), enquanto Portugal era mais perdulário (79%, com 11/14).

No reatamento depois de algum equilíbrio nos minutos iniciais, com várias igualdades (34-34, 36-36 e 38-38), esta última à entrada do minuto 26, um triplo de Joana Soeiro (38-41) deu o mote para a reviravolta. Ainda no minuto 26, Josephine Filipe provocava mais uma falta em acto de lançamento e ampliava para 38-43, convertendo os 2 lances livres a que teve direito. Nunca mais Portugal perdeu a liderança. Apostando na defesa agressiva e em todo o campo, com Nádia Fernandes a secar por completo a jovem Hristova (só marcou um triplo na etapa complementar, em 5 tentativas de lançamentos de campo). Foi também pelo desempenho defensivo da atlética Nádia Fernandes (7 ressaltos e 4 roubos), que se começou a construir o êxito luso. No 3º quarto (10-17) as portuguesas conseguiram condicionar o poderio atacante das adversárias, mesmo assim com a inevitável Iva Kostova a dar nas vistas, com duas das suas 3 bombas convertidas, em 6 tentadas, durante o jogo. Mais ainda: não permitiram que a Bulgária fosse para a linha de lance livre e, ao invés, provocaram duas faltas em acto de lançamento, com aproveitamento a 100% (4/4) por parte de Josephine Filipe e Laura Ferreira.

Cumpridos 30 minutos de jogo, Portugal vencia por 3 pontos (44-47) e partia para o derradeiro quarto (11-13) com a certeza de que tinha de continuar a apertar na defensiva para manter intactas as suas aspirações. Entretanto o indicador das tabelas (26-29 ressaltos) já era favorável ao seleccionado luso, mormente na tabela ofensiva com 16 ressaltos conquistados (mais 11 que o adversário) e acentuava-se o domínio nos roubos (7-13). Por seu turno diminuía a eficácia búlgara (de 55% para 50%) em termos de lançamentos de campo e Portugal obrigava a Bulgária a cometer mais erros (19-12 turnovers, contra 12-10 ao intervalo).

O último triplo de Iva Kostova (46-47) no minuto 32 teve como resposta 2 duplos a cargo de Laura Ferreira (46-49), no mesmo minuto e Maria Kostourkova (46-51), um minuto volvido, a corresponder a mais um passe decisivo da base Inês Viana (3 assistências, 2 roubos, 6 ressaltos e 5 faltas provocadas), numa jogada de 2+1, tendo contudo falhado o lance livre. Aqui é que as coisas não estavam a correr de feição para as nossas cores, já que até final ainda falhámos 7 lances livres, tendo convertido apenas metade (50%) das 14 tentativas. A Bulgária tentava baixar a fasquia, recorrendo aos tiros do perímetro e foi assim que Hristova reduziu primeiro para 49-52 (minuto 35) e Dimitrova imitava a sua companheira 2 minutos decorridos (52-54). Foi altura de Kostourkova utilizar o penúltimo desconto de tempo a que tinha direito para acalmar as suas jogadoras e transmitir-lhes serenidade. Portugal continuava a atacar o cesto (o adversário já tinha feito as 4 faltas), com o objectivo de ir para a linha de lance livre e Inês Viana iniciava um parcial de 0-5, marcando apenas uma das duas tentativas, a que Maria Kostourkova deu primeiro continuidade a meio do minuto 38, elevando para 52-57 e ainda no mesmo minuto a converter mais um duplo (52-59), após assistência de Inês Viana. O tempo corria e a Bulgária em desespero arriscava da linha de 3 pontos, com pouco sucesso, já que neste 4º período lançou 9 vezes para converter 3. Mesmo assim depois de Tatyana Gateva ter parado o cronómetro pela última vez aos 52-59 (minuto 38), ainda caiu mais uma bomba da artilharia búlgara, da autoria de Dimitrova (2/4), a 1.05 do termo, reduzindo para 55-59. De imediato Mariyana Kostourkova esgota os descontos de tempo e Portugal soube gerir a vantagem até final, tendo ainda oportunidade de ter 4 lances livres à sua disposição nos derradeiros 25 segundos da partida, tendo convertido apenas um.

Resultado final: Bulgária 55-60 Portugal

Portugal teve 3 jogadoras em grande destaque, nomeadamente a MVP do encontro (25,5 de valorização), Josephine Filipe, ao contabilizar 17 pontos, 6/9 nos duplos, 9 ressaltos sendo 7 ofensivos, uma assistência, 2 roubos e 4 faltas provocadas, com 5/8 nos lances livres, seguida de Maria Kostourkova (20,5 de valorização), com 14 pontos, 4/7 nos duplos, 8 ressaltos sendo metade ofensivos, 2 roubos e 5 faltas provocadas, com 6/7 nos lances livres e ainda de Laura Ferreira (19,5 de valorização) ao anotar 14 pontos, 5 ressaltos sendo 1 ofensivo, duas assistências, 6 roubos, 1 desarme de lançamento e 9 faltas provocadas, com 5/6 nos lances livres.

Na selecção búlgara a mais valiosa foi Iva Kostova (21 pontos, 3/6 nos triplos, 5 ressaltos, uma assistência, 1 roubo e 6 faltas provocadas, com 4/4 nos lances livres), bem secundada por Radostina Dimitrova (12 pontos, 2/4 nos triplos, 6 ressaltos, duas assistências, 3 roubos, e 4 faltas provocadas, com 2/2 nos lances livres) e Borislava Hristova (17 pontos, 6/9 nos duplos, 7 ressaltos, uma assistência, 1 roubo e uma falta provocada, com 2/2 nos lances livres).

Em termos globais a vitória de Portugal assenta basicamente no ganhar das tabelas (35-43 ressaltos), particularmente na ofensiva (6-19 ressaltos), no menor número de erros cometidos (24-17 turnovers), por ter conseguido mais roubos de bola (9-17) e ainda por ter provocado mais faltas (17-28), indo para a linha de lance livre por 33 vezes contra apenas 10 das adversárias.

Por seu turno a Bulgária foi mais eficaz nos lançamentos de campo (40%-31%), tanto nos duplos (47%-39%) como nos triplos (30%-11%), foi mais colectiva (13-9 assistências) e  mais certeira nos lances livres (90%-67%).

Ficha de jogo
Gym Park

Bulgária (55) – Viktoria Valchinova, Borislava Hristova (17), Iva Kostova (21), Radostina Dimitrova (12) e Veronika Petkova;  Kalina Aksentieva, Kristina Peychinova (4), Ralitsa Genova (1), Gabriela Kostova, Lilia Georgieva, Martina Nikolova () e Radina Kordova

Portugal (60) – Inês Viana (4), Laura Ferreira (14), Nádia Fernandes (4), Josephine Filipe (17) e Inês Veiga; Joana Canastra, Maria Kostourkova (14), Joana Soeiro (3), Jessica Costa (4) e Simone Costa

Por períodos: 16-14, 18-16, 10-17, 11-13
Árbitros: Alexey Davydov (Rússia), Sebastien Clivaz (Suiça) e Laszlo Bucuresti (Roménia)

Outros resultados
Grupo E: Dinamarca 43-67 Hungria
Grupo F: Alemanha 74-89 Bielorússia e Lituânia 62-72 Inglaterra

Classificações

Grupo E
1º Portugal 3V - 0D - 6 pts
2º Hungria 2V - 1D - 5 pts
3º Bulgária 1V - 2D - 4 pts
4º Dinamarca 0V - 3D - 3 pts

Grupo F
1º Bielorússia 3V - 0D - 6 pts
2º Inglaterra 2V - 1D - 5 pts
3º Alemanha 1V -2D - 4 pts
4º Lituânia 0V - 3D - 3 pts

Apurados para as meias-finais: Portugal, Hungria, Bielorússia e Inglaterra
5º ao 8º lugar: Bulgária, Dinamarca, Alemanha e Lituânia

Jogos para sábado (meias-finais): Portugal-Inglaterra (18H15) e Bielorússia-Hungria (20H30)

A final terá lugar no domingo, depois de amanhã, entre os vencedores das meias-finais, a partir das 21H00. Às 18h15 defrontar-se-ão os dois vencidos para disputa do 3º/4º lugares.

Recorde-se que os 3 primeiros classificados sobem à Divisão A.

 

Comentários 

 
+4 #1 San Payo Araújo 03-08-2012 12:44
Dá gosto ler estas crónicas. Parabéns ao amigo Tolentino e a toda a equipa e à sua treinadora. Parabéns Maryana.
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