Favoritos surpreendidos
 
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Favoritos surpreendidos

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altNo dia em que os Estados Unidos tiveram o seu primeiro teste a sério, a Rússia acabou por ser a grande vencedora ao bater a Espanha e garantir o 1º lugar do grupo B.

O dia abriu e fechou com jogos do grupo A. Logo pela manhã a França bateu a Tunísia por 73-69, num jogo em que a seleção africana apenas esteve na frente nos instantes iniciais. A vitória gaulesa nunca esteve em causa e a diferença final acaba por dar a ideia de um jogo muito mais equilibrado do que de facto foi. A França chegou a dispor de 20 pontos de vantagem, mas uma entrada relaxada no quarto período que coincidiu com a ida de Tony Parker para o banco, permitiu o aproximar dos tunisinos, que no entanto, o máximo que conseguiram foi reduzir para os 4 pontos com que o jogo acabou.

A fechar o dia, a Argentina bateu tambem a Nigéria por 88-75, pondo um fim às aspirações do conjunto africano em continuar em prova. Com o regressado Pablo Prigioni ao campo, Luis Scola voltou a ser o melhor marcador da partida com 22 pontos em 24 minutos.

A surpresa do dia esteve à beira de acontecer no encontro entre os favoritos EUA e a Lituânia. Apesar da reconhecida qualidade do basquetebol lituano, não se esperava tamanha resistência do conjunto báltico no jogo de hoje, em função do que vinham fazendo até agora no torneio Olímpico. A Lituânia fez a sua melhor exibição em Londres, pondo a nu alguma das limitações desta seleção norte-americana, que deu sinais de alguma ansiedade e frustração, num dia em que o jogo não lhe correu de feição. Depois do esmagamento à Nigéria, os EUA apanharam um valente susto e foram obrigados a voltar a assentar os dois pés no chão. Atrevo-me a dizer que o que se passou este sábado em Londres foi o melhor que poderia ter acontecido a esta seleção norte-americana. A partir de agora e sendo que dentro em breve chegará a fase a eliminar, os americanos ficaram finalmente com a consciência que qualquer deslize poderá ser fatal. Quanto ao jogo de hoje, este apenas ficou decidido nos últimos 5 minutos, altura em que a pressão defensiva sobre os bases lituanos os obrigou a cometer alguns turnovers, enquanto no ataque LeBron James assumia as despesas de jogo. Os norte-americanos acabaram por vencer por 99-94 e mantêm a invencibilidade na prova.

No grupo B, o grande destaque do dia vai para a Rússia que ao bater a Espanha garantiu a vitória no grupo. A Austrália garantiu tambem a passagem aos quartos-de-final ao vencer a equipa da casa, mas já não escapará ao 4º lugar do grupo. Tambem o Brasil continua a boa campanha ao esmagar a China por 98-59.

10-0, 20-2 e 28-11, assim foi (de forma resumida) o andamento do marcador no primeiro período do Espanha-Rússia, com os espanhóis a dominarem por completo as áreas próximas do cesto e a deixarem os russos a 17 pontos de distância.

No segundo quarto, a Rússia aumentou a agressividade, mudou a defesa para zona e o parcial de 6-0 a abrir deu o mote para a recuperação liderada pelo herói do jogo com o Brasil, Vitaly Fridzon. E ao intervalo, a Espanha ainda vencia, mas apenas por 8 pontos, 40-32. O ascendente russo continuou após o reatamento com os homens de David Blatt a darem um autêntico clinic ofensivo. O movimento de bola russo esteve próximo de perfeito, com a procura da melhor situação de lançamento a deixar os espanhóis desesperados a cheirar a bola e a não conseguir parar os russos.

No começo do último período, novo volte-face com a Espanha a entrar melhor. Mais concentrados na defesa e certeiros no ataque, os comandados de Sergio Scariolo conquistaram uma vantagem de 9 pontos a 4 minutos do final que parecia decisiva. Contudo, a Rússia não baixou os braços e com novo parcial 6-0 regressou ao jogo. Os momentos finais foram impróprios para cardíacos, com a pressão da vitória no grupo a pesar mais sobre os ombros dos espanhóis e em particular da sua grande figura, Pau Gasol, que falhou um de dois lances livres que teve à sua disposição para empatar a partida. A perder por um, a Espanha teve de fazer falta e em seguida não conseguiu criar nova situação de lançamento para tentar empatar o encontro. O triunfo por 77-74 assenta bem ao conjunto russo, que garantiu desde já a vitória no grupo B.

O jogo entre Brasil e China não teve história, com os sul-americanos a dominar em toda a linha para uma vitória folgada e incontestada. A diferença foi crescendo progressivamente desde o apito inicial, dando a Ruben Magnano a possibilidade de utilizar todos os atletas à sua disposição. Mais interessante foi o confronto entre britânicos e australianos. Depois de um início auspicioso da equipa da casa, que lhe permitiu ir para o intervalo na frente (46-36), os Boomers explodiram na segunda metade. Tudo correu bem aos australianos, que depois de anularem a desvantagem a conseguiram dilatar para 31 pontos. Impulsionados pelo frenético Patty Mills, autor da melhor performance individual do dia e do torneio, com 39 pontos, os australianos impuseram o impressionante parcial de 29-70 nos segundos 20 minutos.

Neste momento, estão definidas sete das oito equipas apuradas para os quartos-de-final, EUA, França e Argentina no grupo A e Rússia, Espanha, Brasil e Austrália no grupo B, sendo que a Lituânia deverá completar o lote.

Quanto ao posicionamento destas equipas em cada grupo, a situação está mais indefinida no grupo A. Os EUA lideram o grupo e só não terminarão nessa posição caso percam com a Argentina por mais de 17 pontos de diferença. A França deverá manter o segundo lugar, mesmo que perca com a Nigéria e desde que os argentinos não batam o pé aos norte-americanos. Em caso de derrota no encontro com os EUA, a Argentina terminará no 3º lugar do grupo e a Lituânia deverá ser quarta classificada, desde que não perca com a Tunísia por mais de 11 pontos no jogo de segunda-feira.

No grupo B, a Rússia será sempre primeira classificada e a Austrália sempre quarta. Os 2º e 3º lugares serão decididos no Espanha-Brasil, sendo que em teoria, a derrota até poderá ser um melhor resultado, pois alem de evitar um provável confronto com os argentinos nos quartos, evita tambem o embate com os norte-americanos nas meias-finais.

Enfim, as contas fazem-se na segunda feira.

 

 


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