EUA e Espanha repetem final
 
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EUA e Espanha repetem final

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altEstão encontrados os finalistas do torneio olímpico de basquetebol, com espanhóis e norte-americanos a derrotarem, respectivamente, russos e argentinos.

Na primeira meia-final, a Espanha vingou a derrota sofrida às mãos da Rússia na fase inicial, vencendo agora na meia-final, no jogo que mais contava por 67-59. Começar mal e acabar em grande, assim tem sido o percurso da seleção espanhola nas grandes competições internacionais. Assim foi o seu percurso ao longo deste torneio olímpico e assim foi o jogo de hoje.

A Espanha entrou mal no jogo, sem resposta para os múltiplos problemas colocados pela forte defesa russa, mas a pouco e pouco foi crescendo na partida e mesmo sem grande fluidez de jogo, voltou a vencer e garantiu desde já uma medalha e um dos dois lugares cimeiros do pódio.

A perder ao intervalo por 11, os espanhóis que voltaram dos balneários não pareciam os mesmos. A sua atitude mudou, a confiança apareceu e os lançamentos começaram a entrar. A subida de rendimento dos espanhóis conduziu obviamente a um mau momento dos russos, que encontravam agora enormes dificuldades para encontrar o caminho do cesto, sobretudo nas zonas próximas deste, onde a imponência física das torres espanholas mais se fazia sentir. Andrei Kirilenko foi dos que mais tentou, mas este não era o seu dia. A grande figura dos russos lançava de longe, de perto e até da linha de lance livre, mas a bola parecia não querer entrar. Do outro lado, Scariolo recorria ao seu banco para mudar o jogo e foi mesmo com Pau Gasol e Navarro no banco que se consumou a reviravolta. Aqui há que reconhecer o importante papel de atletas como Llull, Reyes e San Emeterio, que abriram o caminho para que Calderón, Rudy, Marc e mais tarde Pau Gasol colocassem um ponto de exclamação na partida.

A vitória por 67-59 foi um justo prémio para uma equipa espanhola que após alguns períodos de inconsistência ao longo do campeonato, continua a ter a capacidade de aparecer em grande nos momentos decisivos.

Demasiado poder de fogo americano

Muito aguardado era tambem o duelo da outra meia-final, em que norte e sul da América lutavam pelo lugar na final. Num jogo em que a obrigação de ganhar e o peso de uma derrota colocavam uma pressão muito maior sobre os ombros dos norte-americanos, a resposta destes foi de altíssimo nível. O poder de fogo desta equipa é realmente impressionante, com vários jogadores capazes de explodir a qualquer momento. No jogo de hoje, três atletas marcaram mais de 10 pontos num só período, Kobe Bryant, Kevin Durant e Carmelo Anthony. Kobe foi o primeiro a abrir as hostilidades com um grande primeiro período. Durant deu o mote a abrir a segunda parte, conduzindo os norte-americanos a vantagens na casa das dezenas e Carmelo colocou um ponto final nas aspirações argentinas no último quarto, com outro período de luxo.

Foram estes curtos períodos de jogo que ditaram a diferença na partida. A Argentina fez o que pôde. Baixou o ritmo do jogo para tentar conter as explosões norte-americanas, refugiou-se na zona a meio campo para tentar fechar os caminhos do cesto e tentou (sem sucesso) contestar a maioria dos lançamentos adversário. Mas perante uma equipa com tantas soluções, a manta argentina não chegou. E o talento e poderio físico dos EUA fez o resto. Os norte-americanos lançaram mais vezes ao cesto (81 vs 70), tiveram boas percentagens de triplos (18/42) e de duplos (25/39), mas a verdadeira diferença esteve na luta das tabelas, onde os argentinos foram esmagados (46 vs 29).

Os americanos fizeram exactamente o que tinham de fazer, principalmente contra uma equipa resistente com é esta Argentina. Fugiram no marcador e não alimentaram o sonho de uma possível surpresa. Em suma, não deram quaisquer hipóteses e chegam a esta final como claros favoritos.

E agora, o que vai acontecer na grande Final?

Já o tinha referido no artigo de apresentação da equipa americana para os Jogos, são naturalmente favoritos, no entanto, tambem opinei que a Espanha poderia surpreender. Uma segunda parte de grande nível foi o que bastou aos espanhóis para garantir um lugar na final, mas mais do que isso, a forma como se exibiram na meia-final reabre algumas remotas hipóteses de conseguirem algo mais do que a medalha de prata nestes Jogos Olímpicos. No tal artigo de apresentação da Espanha, fiz a minha antevisão da final:

Quem venceria esta eventual final? É ainda cedo para prognósticos, no entanto e apesar de mais de 90% dos leitores deste artigo se estarem a preparar para me chamar maluco, acredito que a Espanha pode voltar de Londres com o Ouro. Num jogo colectivo como o basquetebol, opto por aquela que considero a melhor equipa, em detrimento do conjunto que é composto, de longe, pelos melhores jogadores.

Fundamentando o que referi acima, a Espanha é claramente melhor equipa. Sabe trabalhar melhor o ataque, sabe criar melhores soluções e sabe passar melhor a bola como conjunto. Atenção que não estou a chamar individualistas aos norte-americanos nem a dizer que eles não passam a bola uns aos outros, apenas refiro que os desequilíbrios que estes causam aos adversários nascem normalmente de iniciativas individuais, enquanto os espanhóis criam a partir do colectivo. É claro para mim, como penso que para o resto do mundo, que os EUA têm de longe, os melhores jogadores do mundo.

Diferenças de conceção de jogo à parte, muitos terão de ser os ajustes que qualquer das equipas terá de efectuar para o jogo da final. Na defesa, os americanos terão de ser capazes de defender jogadores muito mais altos, como os irmãos Gasol. Já estes terão certamente muitas dificuldades em parar os falsos jogadores interiores americanos, que só querem lançar de fora. O técnico Scariolo estará certamente neste momento a pensar de que forma vai manter os seus gigantes em campo e conseguir ao mesmo tempo contestar lançamentos do perímetro. E como vai Krzyzewski defender os postes adversários? Faz 2-contra-1, não faz?  Ganhará certamente a equipa que conseguir controlar o ritmo do jogo, que defender melhor e que ganhar a luta das tabelas.

Duas semanas e seis jogos depois, vou continuar a acreditar na surpresa, apesar de neste momento talvez 99% dos leitores me considerem doido. De facto, não estava à espera de um conjunto norte-americano tão forte como o que se tem apresentado em Londres, assim como estava à espera de mais desta Espanha. No entanto, falta apenas um jogo, uma final, que como qualquer final pode cair para cada lado. Ainda assim, tenho de reconhecer que face ao que se passou nas duas últimas semanas, está claramente inclinada para o lado de lá do Atlântico.

Que ganhe o melhor e se possível num jogo do mesmo nível da extraordinária final dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.

 

 


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