Num pais tão extenso com é os Estados Unidos, organização é fulcral para que tudo corra bem para todos os intervenientes. A minha chegada a Dallas foi muito longa, além da viagem em si ser demorada (11 horas directas saindo de Madrid)
ainda fui brindado por 3 horas sentado no avião com ele parado no aeroporto de Barajas. Tudo isto fez-me chegar a Dallas 5 horas a mais do previsto e quando aterrei já passavam das 20:00. Cansado e com o “jet lag” bem dentro de mim, tive a manhã do dia seguinte para dormir um pouco mais e descontrair porque depois do almoço já tinha que estar preparado para aquilo que cá me trouxe – basquetebol.
As minhas funções repartem-se por três equipas: Sub-18 masculinos ou Varsity do Liceu de Trinity e as duas equipas masculinas da Universidade de Northwood, e o que mais me agrada é que vão para lá de treinador de campo, pois irei também desempenhar funções administrativas onde irei rever os processos dos jogadores universitários e se estão aceites ou não para competir, contactar com as outras universidades para promover a trocar dos vídeos dos jogos, falar com outros treinadores de modo a que possamos saber mais informações sobre equipas que ambos iremos defrontar, ou seja, irei trabalhar bem de perto com todo o sistema desportivo, o que me irá completar mais como treinador.
As condições de trabalho são bem melhores do que encontro no generalidade em Portugal, mas não me refiro propriamente a pavilhões mas sim a uma série de factores obrigatórios que qualquer equipa tem que possuir, factores como todos os treinadores terem que ser pagos e todas as equipas terem que possuir um fisioterapeuta nos treinos e jogos, ou seja, por um lado recompensa-se o tempo e saber dos treinadores perante estas equipas e por outro protege-se o bem mais essencial deste desporto, que são os jogadores.
Nós próximos artigos irei partilhar as grandes diferenças que encontro em termos do jogo em sim, tal como à medida que vou conhecendo o sistema desportivo por dentro, dar a conhecer aos leitores como funciona o basquetebol nesta parte do mundo e como essas medidas podem ajudar o nosso basquetebol. Gostava apenas de referir uma regra que me foi dita a meio da semana que é bastante curiosa, sempre que um jogo inicia o 3º período com um diferença de 40 pontos ou mais, o tempo de jogo não pára em nenhuma circunstância, interessante não?
Para finalizar e melhor exemplificar a minha primeira semana e meia em Dallas é revelar o numero de horas de treinos que dei em 7 dias (apenas na universidade de Northwood): 35 horas.
Eu Vejo-te...
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Comentários
Parabens pelo projecto, força nisso... a demonstrar que os tugas têm capacidades... falta é quem tenha a coragem de aproveitar a mão de obra tuga... a nao ser os mesmos do costume... estatuto nao é igual a competencia...(um bom jogador nao é necessáriamente um bom treinador).