Taco a taco
 
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Taco a taco

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CNB1 Sul“Taco a taco” é a expressão que melhor define a forma como decorreu o Estoril-Academia, a contar para a 14ª jornada da Zona Sul do CNB1. Apesar do manifesto desequilíbrio que marca a edição deste ano,

traduzido na diferença pontual entre as metades superior e inferior da classificação, na maior parte das vezes em que se defrontam dois dos 5 primeiros temos assistido a jogos equilibrados e bem jogados, onde a diferença para as divisões superiores do basquetebol português se situa mais no nível atlético e na diferença de cargas de treino do que na qualidade técnica dos praticantes ou na capacidade dos colectivos em pensar o jogo. Isso foi aliás visível no excelente desempenho do Atlético nos 1/8 de final da Taça de Portugal. Frente ao Maia, uma das melhores equipas da Proliga, os alcantarenses disputaram o resultado até ao fim acabando por ceder apenas por 5 pontos (60-65).

Fechado o parêntesis da Taça, voltemos ao Pavilhão dos Salesianos em Manique, onde a confiança do Estoril se fortalece a cada vitória. Os jogadores mais jovens, que aportam a principal parcela de criatividade da equipa, vão armazenando o acréscimo de experiência que cada encontro lhes deixa e continuam a contar com o suporte dos mais experientes para garantir a solidez do jogo da equipa. A Academia, que dispõe de um conjunto mais homogéneo no que diz respeito a maturidade, debate-se com dificuldades de rotação que voltaram a contribuir para a 2ª derrota consecutiva.

Que o jogo decorreu taco a taco demonstra-o a marcha do resultado e os 45 minutos que foram necessários para encontrar o vencedor. Na primeira parte os visitantes levaram vantagem mas por margens diminutas: (18-19) no final do 1º período e (29-31) no final do 2º. No 3º quarto os estorilistas melhoraram a eficácia ofensiva e inverteram a tendência, passando para a frente (48-44), mas depois de 30 minutos a tomar balanço foi no 4º período e nos 5 minutos suplementares que o resultado se decidiu. Os dois conjuntos apresentaram opções defensivas diferentes, com o Estoril a privilegiar uma zona 3-2, e pressionando todo o campo após cesto em algumas fases do encontro. Pelo seu lado a Academia preferiu o HxH numa versão relativamente fechada com pressão apenas sobre o base adversário, mas no 4º período alargou a acção defensiva a todo o seu meio campo e intensificou a pressão sobre o base adversário. O empenho defensivo dos dois lados fez do último quarto o menos produtivo em pontos, com o Estoril sem marcar nos primeiros 5 minutos, num parcial de (0-5) para a Academia. Até ao final ninguém conseguiu desfazer o equilíbrio e a consequência foi o empate quando o relógio chegou aos 40 minutos (55-55). A melhor condição física dos estorilistas fez lei no prolongamento e castigou os visitantes com um parcial de (9-0) que rompeu finalmente com o regime taco a taco que tinha vigorado até aí, terminando o encontro com o marcador a assinalar (67-60).

O Estoril ultrapassou mais um obstáculo no caminho para o 1º lugar da fase regular, e a partir de agora só o Atlético poderá contestar essa posição. A Academia chegou à 4ª derrota (2ª consecutiva) e fixou-se no 3º lugar, de onde só poderá agora sair com a ajuda de terceiros.

Em Ponta Delgada também houve equilíbrio. Os Salesianos de Évora somaram a sua 3ª vitória e 1ª fora de casa, num jogo de baixa pontuação mas disputado até ao fim (44-46). O conjunto do Alentejo manteve assim viva a possibilidade de aceder ao Play-Off, ao igualar o Seixal na 8ª posição. Ao contrário, o Micaelense hipotecou as derradeiras hipóteses de fugir ao último lugar.

Outro encontro importante disputou-se em Olhão, entre duas equipas empatadas no 6º lugar. O Cruz-Quebradense não se intimidou com a deslocação e bateu o Ginásio Olhanense (64-78), ganhando uma vantagem na luta pela posição 6 da tabela que poderá ser definitiva.

No Moscavide-Seixal o “taco a taco” só vigorou na primeira parte. A agressividade defensiva da equipa da casa na 2ª parte trouxe ao de cima as dificuldades de controlo da posse da bola por parte dos visitantes e determinou os 14 pontos da diferença final (79-65).

A jornada 15 joga-se no próximo fim-de-semana, com o encontro do Seixal a ser o que mais influência pode ter na classificação, e os do Restelo e Lumiar aqueles que se esperam melhor jogados.

2 de Março
Cruz-Quebradense-Micaelense às 15:00h no Pav Carlos Alberto Carvalho
Salesianos de Évora-Atlético às 17:00h no Pav. D. Bosco
Seixal-Ginásio Olhanense às 17:30h no Pav. Sede do Seixal
Belenenses-Estoril às 18:15h no Pav. Acácio Rosa

3 de Março
Academia-Moscavide às 15:00h na Esc. Sec. do Lumiar

 

 


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