Podes-nos contar o que aconteceu em 2004 em Atenas com a equipa Americana?
Aquilo que se passou em 2004 foi uma situação complicada para toda a equipa, não só para mim, mas também para o Dwayne e para o Carmelo. Todos jogamos abaixo do nosso nível e isso deixou-nos uma sensação amarga na boca. Gostávamos de ter a oportunidade de melhorar e de poder causar impacto a nível da selecção Americana e agora é precisamente isso que vamos fazer.

Que tipo de expectativas tens para os Jogos Olímpicos?
O nosso objectivo número 1 é ganhar a medalha de ouro. Vamos jogar cada jogo como se fosse o último e estamos entusiasmados por ter a oportunidade de aqui estar e de poder disputar esta prova. Volto a afirmar que o nosso único objectivo em Pequim é ganhar a medalha de ouro.

Sentes que a pressão sobre a equipa Americana aumentou desde 2000, ano do último título internacional dos EUA?
Não, nós não acreditamos em pressão. Neste momento, controlamos o nosso destino pois sabemos que se entrarmos dentro do campo e jogarmos ao nosso nível, podemos ser uma equipa muito boa.

Quais serão os maiores adversários dos EUA?
Olho para a Espanha, que tem uma equipa muito boa, tal como a Argentina. Vamos encontrar várias equipas boas ao longo do torneio e estamos confiantes em defrontar qualquer uma delas.

Este Verão não vais ter muito tempo livre. Como é que vais gerir o teu tempo durante e após os Jogos para chegar ao Outono pronto para competir novamente?
Para já, apenas me preocupo em jogar cada jogo como se fosse o último da minha vida. Não entro em campo a pensar em como o meu corpo se vai sentir daqui a dois ou três meses. Não é assim que funciona, pois estaria a enganar os meus companheiros.

O que significaria para ti ganhar uma medalha de ouro especialmente depois do tempo e energia que dispensaste à selecção desde 2004?
Seria o atingir de um fim último. Definitivamente, tenho-me entregue de corpo e alma a esta equipa, mas a experiência também tem sido inacreditável. É algo que poderei contar aos meus filhos quando for mais velho. Esta é sem dúvida uma grande experiência e poder dizer, daqui a uns anos, aos meus filhos que ganhei uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos seria a cereja em cima do bolo.

O jogo da NBA pode ser mais individualista do que o jogo internacional que é mais jogado em equipa. Como se faz a transição para este diferente “modelo” de jogo?
Isso não é verdade. Se atentarmos nas equipas que têm ganho títulos da NBA, verificamos que todas elas tinham um conceito de jogo em equipa. Se olharmos para as equipas campeãs de Boston, San Antonio, Chicago e mesmo para os Houston, todas elas eram orientadas para o jogo de equipa. Uma individualidade pode ganhar um jogo, mas no final só se pode ter sucesso se tiveres uma grande equipa por trás.