Líder nato, Kyrie Irving é um exemplo da próxima geração de jogadores. Uns dizem que já se nasce líder, enquanto outros acreditam que é a experiência adquirida ao longo dos anos que conduz à verdadeira liderança.
Natureza ou Educação? No caso da nova estrela do basquetebol de 21 anos, Kyrie Irving, é uma combinação natural de ambas.
Nascido em 1992, Melbourne, Austrália, Irving era um jovem rapaz curioso. Os seus pais, Drederick e Elizabeth, ambos reconhecidos atletas, haviam de elevar a fasquia para Kyrie e a sua irmã mais velha Asia.
Educar duas crianças de forma equilibrada e que dessem valor à educação, à diversidade cultural e às experiências adquiridas era a prioridade dos pais de Irving.
Vitórias e Obstáculos
Irving começou a mostrar o seu espírito aventureiro aos dois anos de idade, quando a família fazia as malas para rumar à América. Foram viver para perto da sua família materna, em Seattle, Washington. Aos quatro anos, Irving sofreu uma perda que o haveria de marcar para o resto da vida – a sua mãe acabaria por morrer devido a uma infecção no sangue, que lhe provocara a falência dos órgãos.
Após a morte de Elizabeth, Drederick (Dred) mudou-se com as crianças para West Orange, Nova Jérsia, de forma a estar mais perto da família e a procurar novo emprego em Wall Street. O pai, sozinho, educou duas crianças extremamente inteligentes, motivadas e determinadas a fazerem a sua mãe orgulhar-se deles.
“A minha família é tudo para mim”, disse Kyrie Irving. “O meu pai serviu-me de exemplo e ensinou-me a andar de cabeça erguida dentro e fora de campo. Tu colhes aquilo que semeias e eu nunca tomarei a vida ou qualquer oportunidade como adquirida”.
O fenómeno de Nova Jérsia
A jogar no Montclair Kimberly Academy, nos seus primeiros dois anos de ensino secundário, Irving destacou-se no basquetebol como um verdadeiro base. As suas estatísticas enquanto jogador – 26.5 pontos, 10.3 assistências, 4.8 ressaltos e 3.6 assaltos – captaram a atenção das melhores universidades. Tinha, então, 15 anos.
Sempre a refinar as suas capacidades sob a alçada e mentoria do seu pai, Irving era ambidestro e conseguia chamar a atenção com os seus treinos pouco ortodoxos.
Pai e filho tratam-se como melhores amigos até hoje, uma profunda ligação que deriva do trabalho árduo, deslocações e tragédias familiares.
Tornar-se líder
Enquanto caloiro na Duke University, sob a alçada de Mike Krzyzewski, Irving absorvia cada minuto de orientação oferecido pelo famoso Coach K., até ao ponto em que teve de se resguardar. Irving valoriza a capacidade de liderança e a influência do seu pai e de Krzyzewsky, que o ajudaram a melhorar as suas técnicas de jogo, levando-o a ser a primeira escolha para a equipa ideal de 2011.
Na segunda temporada profissional, os elogios a Irving propagavam-se: Rookie of the Year 2012, All-Rookie First Team 2012, Three-Point Shootout Champ 2013 e All-Star 2013. Contudo, Irving percebe que o basquetebol é apenas um jogo. Ele tem como exemplo fora de campo a sua irmã mais nova, London.
Futuro brilhante
A fasquia está elevada para Irving, devido às origens da sua família, às experiências internacionais, às aptidões académicas e ao medo do fracasso. Nem sempre é fácil – as lesões fazem com que o jovem de 21 anos se lembre que o basquetebol profissional é duro. Apesar de tudo, Irving continuará a ser um líder humilde e ávido, focado em elevar Cleveland dentro e fora de campo. Assistir aos playoffs a partir casa será como atirar lenha à fogueira.