Atlético vence CNB1 Sul
 
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Atlético vence CNB1 Sul

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Hugo SousaA Zona Sul do CNB1 corria o risco de terminar de uma forma pouco interessante depois do domínio claro do Atlético no jogo 1, mas a Academia fez questão

de ir à Tapadinha mostrar a qualidade da sua equipa e pôr em causa a superioridade alcantarense. E esteve a um passo de conseguir forçar a 3ª partida, ao obrigar a um prolongamento no jogo 2.

Se dúvidas houvesse sobre a influência da preparação mental das equipas nos resultados desportivos, um importante jogo de futebol no mesmo fim-de-semana tê-las-ia tirado por completo.

Assim como uma equipa que perde a confiança em si própria pode desenvolver uma psicose de desastre que lhe paralisa os movimentos e faz com que os seus receios subconscientes se tornem realidade, no polo oposto uma equipa que no seu íntimo acredita poder inverter uma situação desfavorável consegue fazer coisas que não pareciam possíveis de realizar.

A Academia que entrou em campo na Tapadinha não deixava de trazer consigo o peso da derrota no 1º encontro mas a determinação com que se atirou ao jogo não deixava margem para dúvidas: o conjunto do Lumiar recusava-se a entregar o campeonato de mão beijada ao Atlético e o mínimo que aceitava era vender cara a derrota, atitude que até podia ter-lhe valido a vitória no encontro.

A Academia mostrou desde o início uma atitude mais combativa e uma disposição para assumir mais riscos do que no jogo 1. O ressalto ofensivo é uma boa medida da capacidade de luta de uma equipa de basquetebol, e as 7 situações em que no 1º período o conjunto do Lumiar recuperou a posse da bola na tabela ofensiva evidenciaram bem essa atitude. A supremacia dos ressaltos manteve-se do lado visitante em todo o encontro e proporcionou à Academia mais 11 situações de lançamento (82 vs. 71), mas tal como já tinha acontecido na semana anterior foi o Atlético que conseguiu a melhor percentagem de lançamentos, tanto nos duplos como nos triplos, e também nos lances livres. Como sabem todos os que já jogaram basquetebol, o lançamento é um movimento sem um paralelo evidente em outros desportos, que exige um rigor e uma precisão em que o equilíbrio, o controlo do corpo, o ritmo do movimento e a escolha do momento da execução são determinantes para a percentagem de sucessos. Ora a observância destas condições exige um estado de espírito de confiança e autocontrolo. Mais do que na maioria dos desportos, a concentração num jogo de basquetebol significa que os jogadores têm de ser capazes de adoptar atitudes diferentes e adequadas a cada situação de jogo: impetuosidade e explosão num momento e logo de seguida serenidade e controlo. À Academia sobrou da primeira o que lhe faltou da segunda. Do lado do Atlético a situação de vantagem proporcionava à partida uma atitude mais serena e isso foi patente na selecção e na execução dos lançamentos, acabando por ser decisivo no resultado da partida.

O 1º período foi de ascendente dos visitantes. Embora nem sempre tenham tirado partido dos segundos lançamentos de que dispuseram, os academistas terminaram os primeiros 10 minutos na frente (15-19). O 2º quarto, tal como no encontro anterior, foi dominado pelo Atlético, embora desta vez por números menos expressivos (34-29), e o 3º foi o período mais equilibrado (51-45). Desde os primeiros minutos do 2º período até próximo do final do 4º, o Atlético manteve-se na frente sempre por diferenças não superiores a 7 pontos, mas quando se defrontam duas equipas com argumentos, e determinadas no mesmo objectivo, parece que à medida que o encontro se aproxima do fim um íman invisível atrai os números dos dois lados do marcador para a igualdade. A 1 minuto do fim o Atlético mantinha-se na frente por 3 pontos e parecia ter a situação sob controlo, mas a Academia empreendeu um último esforço e conseguiu, com duas boas acções defensivas, provocar uma violação de 24 segundos e um roubo de bola que lhe deu direito ao último ataque. Foi a vez de a equipa da casa cometer um erro, ao fazer falta a 9 segundos do fim sobre um lançamento de 3 pontos. Os 3 lances livres foram convertidos empatando o marcador, e no tempo restante a Academia conseguiu impedir o Atlético de lançar, deixando o resultado no final dos 40 minutos em (61-61). É frequente ver-se uma equipa que lidera o marcador na maior parte do tempo, e que se deixa empatar no final do jogo, entrar em quebra de rendimento no prolongamento, mas desta vez não foi isso que aconteceu. À determinação da Academia, que lhe permitiu chegar ao empate no marcador, os veteranos do Atlético responderam com ainda maior determinação nos 5 minutos suplementares. Foi notório ao longo da época que a equipa de Alcântara se apresentou este ano melhor preparada do que em anos anteriores, o que só pode resultar de mais e melhor trabalho nos treinos. À beira de colher o fruto do trabalho de uma época a equipa resolveu não o desperdiçar. Na defesa o Atlético opôs-se eficazmente ao lançamento exterior adversário e da linha de lance livre não vacilou, concretizando 13 em 16 tentativas que comparam com os 5 em 11 da Academia, diferença que foi decisiva para o resultado final (79-73).

O Atlético conquistou assim o direito desportivo de subida à Proliga na próxima temporada e irá disputar com o Esgueira, vencedor da Zona Norte, o título de campeão do CNB1.

1 de Junho
Esgueira-Atlético às 17H00 no Pav. Multiusos de Tábua

 

 


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