O basquetebol português vai voltar a ter um representante na terceira edição do Mundial para amadores e trabalhadores. Entre 2 e 9 de Junho, a equipa da GDC Fidelidade Mundial Império Bonança
vai lutar com os melhores de todo mundo, numa competição que se realiza na cidade búlgara Varna. Decidimos dar a palavra ao treinador da equipa Luís Silva, antigo jogador do Algés, que nos falou não só do evento, mas também do campeonato do INATEL, tão pouco divulgado na comunicação social.
Muito Bom Dia, Luís. Obrigado por teres aceite o nosso convite. Podes apresentar-te de forma breve aos nossos leitores?
O meu nome é Luís Silva, tenho 37 Anos e apaixonei-me pelo Basquetebol aos 11 anos, quando uma colega de Escola me levou a um treino de infantis do Sport Algés e Dafundo, deixei de jogar com 30 anos, depois da primeira experiencia do Algés na Proliga, o Algés é a minha segunda casa, tive a honra e o prazer de trabalhar com alguns dos melhores treinadores deste país, que me ajudaram a crescer enquanto Homem e Desportista.
Quando decidi deixar de jogar federado alguns amigos, ex-companheiros de equipa, desafiaram-me para ingressar na FMIB e a paixão pelo jogo fizeram com que conseguisse conciliar a minha atividade profissional de Técnico Informático, com o compromisso de estar de novo numa equipa. O FMIB recebeu-me de braços abertos e desde então até hoje, temos criado uma verdadeira família em torno do Basquetebol.
Esta época com o impedimento profissional do meu ex-treinador Nuno Martins que nos comandou brilhantemente ao Bi-campeonato em 2012, fui convidado para assumir o comando técnico das duas equipas, e assim nasceu a minha primeira experiencia como treinador.
Quantas equipas participam no campeonato do INATEL?
Esta época a Liga Inatel teve 53 equipas inscritas no masculino, divididas por duas zonas, Lisboa 37 e Porto 16, o Grupo Desportivo FMIB, que celebra o seu 32º aniversário num evento com mais de 800 pessoas que se realiza nos dias 1 e 2 de Junho nas Cidades de Évora e Lisboa com varias atividades desportivas e culturais, participa com 2 Equipas em Lisboa desde 2006 e participa na Liga feminina com uma equipa num campeonato que esta época teve 8 equipas apenas em Lisboa.
Porque participa o GDC Fidelidade Mundial Imperio Bonança com duas equipas?
Com aparecimentos de vários colaboradores da FMIB nos treinos da equipa de Basquetebol, a Direção do Grupo Desportivo e em particular o Sr. Presidente Armando Jorge, juntaram meios para todos os colaboradores amantes da modalidade terem a possibilidade de competir e assim foi criada a FMIB B.
Qual é o papel das equipas de basquetebol que participam no campeonato organizado pelo INATEL, na vida pós-basquetebol federativo? O que oferece esta competição aos participantes?
Este tipo de Instituições servem promover a pratica do desporto em todas as idades e no meu ponto de vista para que continue a haver ligação dos jogadores à modalidade, sempre que as opções vida levem as pessoas a abdicar da filiação federativa pelos mais diversos motivos.
As equipas são grupos de amigos que além da amizade tem o mesmo gosto pelo jogo, e desta forma exista uma maneira de continuarem a conviver dentro e fora de campo. No caso particular do Basquetebol, a competição poderia ter ainda mais participantes se o nível da organização fosse melhorado.
Nos últimos anos a equipa de GDC Fidelidade Mundial Imperio Bonança tem vindo a dominar o Campeonato de INATEL. Qual é o segredo do vosso êxito?
A união do Grupo, somos duas equipas, mas trabalhamos como uma.
Poucos sabem que talvez sejas o único treinador, que na época 2012/13 não conheceu ainda o amargo sabor da derrota. Com 21 jornadas disputadas, como consegues motivar os teus jogadores a não vacilar jogo após jogo?
É fácil quando rotina da vitória está criada, temos conseguido continuar um trabalho com alguns anos.
Qual é a tua opinião sobre a arbitragem no campeonato de basquetebol do INATEL?
A arbitragem faz parte do jogo, tenho a certeza que todos procuram dar o seu melhor e graças á sua participação, nós podemos continuar a competir.
Gostaríamos de saber os nomes dos jogadores que pensas chamar para o Mundial para trabalhadores e amadores:
Ailen Lima, Alberto Henriques, Artur Cruz, Armando Saraiva, Eticar Madeira, Felipe Pombo, Nelson Santos, Nuno Martins, Ricardo Paiva, Sérgio Gui.
Observando a sua equipa de fora, constatamos que pode contar com um jogo interior que apesar do fator idade, poderia talvez competir com várias equipas federativas. Artur Cruz, Alberto Henriques, Nelson Santos e Ricardo Paiva formam um quarteto de luxo em Portugal a este nível. Achas que tal faz a diferença no resultado final? Porquê?
Acredito que sim, em 2010 jogamos com equipas lituanas e búlgaras em que as médias de altura eram superior a 1,95, e como acredito que o equilíbrio do nosso jogo vem quando conseguimos juntar ao nosso lançamento exterior, uma grande presença na área pintada, com as opções que temos vamos de certeza lutar em todos os jogos pela vitória até ao fim.
Esta é segunda vez que a equipa da GDC Fidelidade Mundial Império Bonança vai participar no Mundial para Trabalhadores e Amadores. O que aprenderam ou quais foram as lições que retiraram da primeira participação?
Em 2010, não tínhamos noção do nível e intensidade da competição (6 jogos em 3 dias), por isso durante 3 Anos procuramos todos aumentar a nossa intensidade de jogo para que o nosso 8º lugar em Tallin seja melhorado.
Na tua opinião quais serão os favoritos em Varna?
Tendo em conta a experiência vivida, as equipas da Bulgária, Áustria e Israel (este ano com 4 equipas participantes).
Gostarias de treinar uma equipa sénior federada?
Sim, é um desejo a longo prazo.
O que pensas do projeto Planeta Basket?
É fantástico para a divulgação da modalidade, são projetos como este que dão voz ao Basquetebol, sou leitor assíduo.
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