Derrota com a Grécia
 
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Derrota com a Grécia

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Simone CostaVukovar (Croácia) – O 3º dia era decisivo para as aspirações da selecção de Portugal. Infelizmente a decisão foi conhecida prematuramente face à prestação absolutamente desastrada

das nossas representantes nos primeiros vinte minutos (45-12 ao intervalo) e particularmente no 2º quarto (23-2). Por muito que se queira era humanamente impossível dar a volta na etapa complementar, ou seja recuperar o prejuízo de 33 pontos quando soou o apito para o descanso.

Não fomos capazes de ter ambição suficiente para meter uma lança em África… neste caso em Vukovar, que significa termos a possibilidade de defrontar a França, Itália e Eslovénia, equipas com tarimba de Divisão A, sendo as gaulesas as campeãs em título. Assim temos de nos resignar e medir forças com selecções de nível mais modesto, casos de Inglaterra, Bielorússia e República Eslovaca, que já conhecemos das nossas andanças pela Divisão B (desde 2005), com excepção das eslovacas, que se a memória não me atraiçoa, nunca nos cruzámos neste escalão.

Mas vejamos de uma forma sucinta o que foi o jogo. Portugal não entrou bem. Viu-se logo a determinação posta em campo pelas gregas desde o apito inicial. No minuto 7 (12-6 para a Grécia) e após um pedido de desconto de tempo por Mariyana Kostourkova, não atendido pela mesa, o jogo prosseguiu e Joana Soeiro reduziu para 12-8. O cesto foi anulado pela equipa arbitragem, com a argumentação de que o jogo já estava parado. Deficiência da aparelhagem que não se fez ouvir como mandam as regras e neste caso concreto Portugal é que foi lesado. No final da partida reclamámos junto do comissário alemão Peter George e também do árbitro principal, o espanhol Carlos Peruga, que nos deram razão, mas era um problema que já tinha acontecido noutros jogos. Retorquimos dizendo, OK mas isto é um Campeonato da Europa, não é o Regional da Eslavónia, sem menosprezo obviamente para a Eslavónia que é a região nordeste deste pais onde se situam Vukovar e Vinkovci.

Claro que não foi por causa deste erro que Portugal perdeu o encontro. A Grécia mereceu ganhar desde o primeiro minuto porque mostrou ambição, carácter, querer. Ao intervalo a comparação entre as estatísticas dos dois lados era elucidativa da superioridade helénica: lançamentos de campo (58%-11%), duplos (59%-10%), triplos (56%-13%), ressaltos (26-17), turnovers (9-12), assistências (3-1), roubos de bola (8-2) e desarmes de lançamento (4-3).              

Na etapa complementar as comandadas de Kostourkova reagiram como se impunha … mas era tarde para recuperar 33 pontos. Portugal venceu quer o 3º (10-16) quer o 4º período (13-15), mas nunca conseguiu uma aproximação perigosa a ponto de colocar em risco a vitória da equipa liderada por Georgios Velissarakos. O melhor que conseguiu foi baixar a fasquia para 26 pontos (45-19) depois de um parcial de 0-7 em pouco mais de 3 minutos. Mas as triplistas gregas Stamolamprou e Pavlopoulou em tarde inspirada, fecharam o seu concurso de triplos (cada uma acertou 3) e não permitiram que o prejuízo baixasse mais.

Foi só na ponta final (nos últimos 3 minutos) que Simone Costa, melhor marcadora lusa na partida, conseguiu um parcial de 7-0, dando o mote com um duplo (64-36) e acertando o seu 2º triplo (64-39), seguido de outro duplo que selou o resultado final (68-43) a 10,7 segundos da buzina.

Resultado final: Grécia 68-43 Portugal

Na selecção da Grécia destaque para as actuações da atiradora Stamolamprou, MVP do jogo (16,5 de valorização) ao anotar 18 pontos, 3/6 nos triplos, 5 ressaltos sendo 1 ofensivo, 3 roubos e 3 faltas provocadas com 1/2 nos lances livres, logo seguida da base Pavlopoulou (15,0 de valorização) que fez 15 pontos, 3/5 nos triplos, 3 ressaltos defensivos e 3 roubos. Foram bem acompanhadas pela poste Sofia Georgiadi (8 pontos, 4/4 nos duplos, 5 ressaltos sendo 2 ofensivos e 1 desarme de lançamento) e pela extremo/poste Vasiliki Karambatsa (4 pontos, 7 ressaltos sendo 4 ofensivos, uma assistência, 1 roubo, 3 desarmes de lançamento e duas faltas provocadas).

Ninguém jogou bem no seleccionado luso. Todavia a mais valiosa (10,5 de valorização) ainda acabou por ser uma das mais novas da equipa, a jovem poste Maria Kostourkova (9 pontos, 7 ressaltos sendo 2 ofensivos, uma assistência, 1 desarme de lançamento e 6 faltas provocadas com 5/9 nos lances livres). Discretas estiveram as mais velhas e experientes jogadoras da equipa, tanto a capitã Laura Ferreira como a base Joana Soeiro, ambas com eficácias de lançamento muito fracas, particularmente a primeira (8%).

Ficha de jogo

Sports Hall Borovo

Grécia (68) – Pinelopi Pavlopoulou (18), Anna-Niki Stamolamprou (17), Eleana Kristinaki (5), Vasiliki-Zuzana Karampatsa (4) e Sofia Georgiadi (8); Vasiliki Fouraki, Christina Gerostergiou (2), Stratoniki Cholopoulou (6), Vasiliki Louka, Christina Kitsiou (1), Evangelia Nastou (6) e Georgia Stamati.

Portugal (43) – Joana Soeiro (6), Laura Ferreira (7), Joana Cortinhas (2), Josephine Filipe (2) e Chelsea Guimarães; Maria Kostourkova (9), Emília Ferreira (2), Simone Costa (10), Sofia Pinheiro (3), Susana Lopes, Inês Veiga e Sara Dias (2).

Por períodos: 22-10, 23-2, 10-16, 13-15

Árbitros: Carlos Peruga (ESP), Stanislav Kucera (CZE) e Mario Majkic (SLO)

Resultados da 3ª e última jornada da fase preliminar:

Grupo A – Turquia 79-55 Bielorússia e Holanda 72-59 República Checa

Grupo B – Espanha 92-33 Inglaterra e Rússia 62-42 Croácia

Grupo C – Grécia 68-43 Portugal e Suécia 44-58 Sérvia

Grupo D – Itália 59-58 Eslovénia e França 50-27 República Eslovaca

Classificação da fase preliminar:

Grupo A – 1º Holanda 3V; 2º Turquia 2V1D; 3º República Checa 1V2D; 4º Bielorússia 3D

Grupo B – 1º Espanha 3V; 2º Rússia 2V1D; 3º Croácia 1V2D; 4º Inglaterra 3D

Grupo C – 1º Sérvia 3V; 2º Suécia 2V1D; 3º Grécia 1V2D; 4º Portugal 3D

Grupo D – 1º França 3V; 2º Itália 2V1D; 3º Eslovénia 1V2D; 4º República Eslovaca 3D

Amanhã (domingo) é o primeiro dia de descanso. Será também o dia da mudança para a cidade de Vinkovci das 6 equipas apuradas para a 2ª fase (Grupo F), trocando com as 6 apuradas (Grupo E) dos Grupos A e B que têm estado ali sediadas, um modelo que foi fortemente contestado pela maioria dos países na 1ª Reunião Técnica, realizada na véspera do início do Campeonato. Mas de acordo com a desorganização que tem existido ainda não se sabe a que horas as equipas devem estar prontas para viajar.    

Pela nossa parte em função do 4º lugar no Grupo C, iremos disputar o Grupo G que agrupa os últimos classificados da fase preliminar. Continuaremos alojados em Vukovar mas iremos treinar e fazer os nossos dois primeiros jogos em Vinkovci, respectivamente contra a Inglaterra (na 2ª feira) e frente à Bielorússia (no dia seguinte). O último embate desta fase intermédia será ante a República Eslovaca (na 4ª feira), mas desta feita em Vukovar. Todos os nossos jogos principiam às 13H45, um horário que muda por completo as horas das refeições e que afecta necessariamente o rendimento das jogadoras, obrigando a tomar um reforço alimentar antes do jogo, passando a refeição principal para depois do encontro (16H/16H30).

 

Comentários 

 
+7 #1 Rui Frade 18-08-2013 08:19
A selecção feminina de sub-18 é das equipas de mais elevada qualidade que o basquetebol português já teve, mas nestes 3 jogos iniciais frente a equipas de topo da Divisão A as nossas jogadoras depararam-se com um ritmo completamente novo a que não estão habituadas. No entanto o potencial da equipa mantém-se intacto e a 2ª fase do campeonato é a oportunidade para mostrar à Europa a qualidade actual do basquetebol feminino português. Para conseguir esse objectivo é preciso que a equipa entre no ritmo da Divisão A, que tem que ver essencialmente com a determinação e a confiança que se levam para dentro do campo, já que os argumentos atléticos e de conhecimento do jogo estão lá e vão acabar por aparecer. Os jogos que faltam são um novo campeonato, frente a equipas perfeitamente ao nosso alcance e que sofreram derrotas nalguns casos bem mais pesadas que as nossas. Apesar de um começo que só aparentemente foi mau, acredito que a nossa presença neste Europeu vai saldar-se por um resultado positivo.
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