A divisão Sudeste é encabeçada pelos bicampeões Miami Heat que procuram este ano algo que nenhuma outra equipa conseguiu na última década, o three-peat.
As restantes equipas da divisão: Hawks, Wizards, Bobcats e Magic estão todas em modo reconstrução e aguardam pelo crescimento dos seus jovens mais promissores para almejar outros voos.
Miami Heat
Os campeões Heat de Lebron James, Dwyane Wade e companhia voltam a partir na pole-position para esta época e são claramente a equipa a abater. Depois da presença na final de 2011 e dos títulos de 2012 e 2013, o conjunto de Miami espera atingir este ano o tri-campeonato, feito alcançado pela última vez entre 2000 e 2002 pelos L.A. Lakers de Shaquille O'Neal e Kobe Bryant.
Relativamente ao grupo que no ano passado se sagrou campeão, a grande perda é a do lançador Mike Miller, que em muito contribuiu para os dois campeonatos ganhos pelos Heat. Quanto a entradas, os Heat apostam na recuperação de dois jovens outrora promissores que por um ou outro motivo, nunca atingiram o nível que deles era esperado: Greg Oden e Michael Beasley. De resto, a estrutura mantem-se praticamente intacta com Spoelstra a orientar do banco e Lebron a dominar dentro do campo. O objectivo é só um: revalidar o título e estes Heat sabem melhor do que ninguem o que fazer para o conseguir.
Atlanta Hawks
Nos últimos anos os Hawks têm tido um nível razoável de sucesso garantindo a presença nos playoffs nas últimas seis temporadas. E se no ano passado a sua principal figura, Joe Johnson saiu para os Nets, esta época foi a vez de Josh Smith rumar a outras paragens. Al Horford mantem-se em Atlanta e assume a liderança do conjunto, a par do base Jeff Teague cujas responsabilidades aumentaram tambem.
O grande reforço do conjunto é o extremo-poste Paul Millsap, que chega de Utah desejoso de mostrar serviço, apesar da sua presença implicar que Horford deverá continuar a jogar a 5 e não na posição em que poderia render mais, a 4. As mudanças não se ficam por aqui e tambem no banco haverá uma cara nova, Mike Budenholzer, que depois de 19 épocas ao serviço dos San Antonio Spurs, onde era apontado como um dos possíveis sucessores de Gregg Popovich, terá a sua primeira oportunidade enquanto treinador principal. Com um conjunto renovado, os Hawks têm como objectivo manter-se como equipa de playoff e apesar da tarefa não se afigurar fácil, têm peças e estabilidade suficiente para o conseguir.
Washington Wizards
Após uma travessia no deserto, os Wizards voltam a ter possibilidades reais de atingir a segunda fase da competição, sobretudo depois da troca do lesionado Emeka Okafor para Phoenix e a consequente chegada de Marcin Gortat que vem reforçar o debilitado jogo interior dos Wizards.
Mas mesmo com um poste imponente debaixo das tabelas, muito do sucesso da equipa da capital está nas mãos de John Wall e Bradley Beal, os grandes talentos do conjunto. Na temporada passada e depois de um início desastroso, com apenas 4 vitórias nos primeiros 28 jogos, os Wizards deram um salto qualitativo significativo, assim que Wall regressou aos campos. Esta época e contando com o base a 100% desde o início da prova, a ambição é de que os resultados sejam bem melhores. Os Wizards confiam ainda que o poste brasileiro Nené Hilário consiga complementar o seu jogo com o de Gortat, o que daria uma maior consistência ao jogo interior do conjunto e esperam que o reforço Al Harrington e o rookie Otto Porter consigam dar algo de novo à equipa.
Charlotte Bobcats
Em nove épocas de existência, os Bobcats apenas por uma vez conseguiram atingir os playoffs para logo de seguida serem varridos pelos Orlando Magic. Más escolhas nos drafts e a opção por treinadores pouco consensuais têm contribuído para questionar a capacidade de decisão de Michael Jordan e dos demais responsáveis dos Cats, que teimam em não conseguir sair do fundo das tabelas classificativas. Este ano, o cenário não mudou por aí alem, pelo que se perspectiva outro ano de sofrimento em Charlotte.
A contratação de Al Jefferson é a mais sonante da história dos Bobcats, mas apesar de Big Al ser um elemento fiável e consistente, não se espera que o poste ex-Jazz seja capaz de transformar a equipa de um momento para o outro. O base Kemba Walker é outro dos trunfos às ordens do novo treinador Steve Clifford e do treinador associado Pat Ewing, que esperam que Michael Kidd-Gilchrist e Cody Zeller, 2ª e 4ª escolhas dos dois últimos drafts consigam mostrar dentro de campo porque foram escolhidos tão cedo.
Orlando Magic
Por falar em escolhas altas no draft, os Orlando Magic tiveram este ano a 2ª escolha e optaram por Victor Oladipo, o promissor segundo base da Universidade de Indiana, que é apontado como um dos maiores candidatos a rookie do ano. Ainda é incerto se o atlético Oladipo jogará a primeiro ou a segundo base, mas parece que minutos de jogo não lhe irão faltar.
O treinador Jacque Vaughn mantem-se à frente de uma equipa que mistura alguns jovens como Tobias Harris, Nikola Vucevic, Andrew Nicholson ou Moe Harkless com a experiência de Jameer Nelson, Arron Afflalo, Hedo Turkoglu e Glen Davis. Um misto de veteranos competentes e de jovens com algum talento, mas que não estão ainda preparados para recolocar o conjunto de Orlando nos playoffs. Os Magic são neste momento uma equipa em formação que apenas deverá causar impacto na liga daqui a dois ou três anos.
