O treinador na festa
 
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O treinador na festa

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João RibeiroTerminada mais uma edição da Festa do Basquetebol Juvenil, emerge a reflexão sobre o impacto da mesma em todos os agentes da modalidade.

Atletas que recordam os bons momentos desportivos e de convívio, outros que se emocionam porque não voltarão mais; dirigentes que se orgulham de ter conseguido desenvolver esforços para que a sua comitiva pudesse estar presente, outros que se congratulam por terem contribuído para a concretização de mais uma edição da festa. E os Treinadores?

Sem sombra de dúvida que os Treinadores se assumem, neste evento, como agentes determinantes para que os objetivos do mesmo sejam alcançados. Assim, foi possível encontrar vários perfis de treinadores, tendo o clinic da Festa procurado contribuir para encontrarmos indicadores para uma Filosofia de treinador de sub-14.

Para algumas associações não foi fácil conseguirem que as suas seleções fossem lideradas por treinadores com experiência neste contexto e perfil para treinar jovens. Parece haver algo que afasta alguns treinadores desta importante missão. Para outras foi visível a coerência, no sentido de manterem um corpo técnico que expressa uma forma de estar destinada a servir os objetivos do desporto juvenil.

Neste artigo parece-me oportuno deixar alguns indicadores daquilo que significa ser um treinador na Festa. E a esse respeito começaria pelas tentações a que estamos sujeitos quando nos confrontamos com a parte desportiva da Festa.

As 5 tentações:

  • Centrar a sua actuação no jogo apenas para servir propósitos de resultado, ignorando a evolução dos jogadores;
  • Ser interventivo e entusiasta apenas quando o jogo está equilibrado, ou há probabilidades de vencer. Alterar a sua forma de estar no banco apenas porque a sua equipa já não pode vencer, significa não sentir a importância de dar algo mais aos jogadores para que possam ganhar no futuro;
  • Não dominar os regulamentos da prova. Nomeadamente no que diz respeito à utilização dos jogadores e descontos de tempo permitidos;
  • Encontrar na arbitragem (também ela em formação) a razão do insucesso ou do resultado desfavorável;
  • Direção do jogo recorrendo sempre a um estilo mais autoritário (apenas realçando o erro e esquecendo o reforço positivo).

Por outro lado parece-me igualmente oportuno partilhar aquela que poderá constituir uma filosofia do Treinador da Festa. Para tal expresso-as como regras de ouro.

As regras de ouro do Treinador da Festa

  • O desempenho da sua seleção será, para além do trabalho efetuado na preparação das mesmas, resultado das preocupações, conhecimento, perfil e competência de todos os treinadores dos clubes representados. Deverá ser entendido como um esforço conjunto e não como um conflito de interesses;
  • Ganhar não é tudo, tudo é fomentar nos jogadores um atitude de investimento individual, sentido de equipa e empenhamento máximo no que faz, para aumentar as probabilidades de poder discutir a vitória em mais jogos;
  • Independentemente dos resultados obtidos na festa, uma seleção deverá chegar ao final melhor do que quando iniciou a sua preparação. Desta forma, será visível a evolução dos jogadores (saberem fazer mais coisas), o trabalho do seleccionador mobilizando consciências para o valor do esforço, da superação, da aceitação à crítica e ao erro, do elogio, das poucas ou muitas oportunidades;
  • Todos os jogadores deverão levar desta experiência contributos que alimentem o seu investimento individual na modalidade.

O processo será sempre mais importante do que o produto. O processo deixa marca positiva (assim se pretende) no atleta, o produto (resultado) rapidamente se esquece.

 

Comentários 

 
0 #5 Francisco Antonio 21-04-2014 15:43
Li com muita atençao os artigos aqui publicados ! Queria tão sómente dizer que também já fui jovem, hoje estou a caminho da terceira idade e nunca me arrependi nas actividades onde participei, aprender com os mais velhos, mas não escusei nunca em ouvir e bem atento o que os mais novos tinham para perguntar. Saber ouvir, também é aprender...Gostei imenso do artigo do sr. J.Ribeiro. Já não é o primeiro que me aguça o engenho, para comentar. Acho, que vai no bom caminho.! Pelo Desporto e para o Desporto, o meu Bem Haja.
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+1 #4 João Ribeiro 17-04-2014 18:36
Caro Companheiro Carvalho, creio que não deverá ficar preocupado com o carácter, na sua opinião, retrogado deste artigo. Isto porque é importante que não tenhamos o atrevimento de dizer que sabemos tudo. Aliás o artigo está longe de nos dizer tudo sobre o treino de jovens, assim como nem todos os erros da nossa prática diária terão resolução apenas por lermos, estudarmos ou escrever sobre eles.
A sua juventude é importante para o processo, pelo que só temos a ganhar se o artigo o despertou para a necessidade de valorizar a dedicação e a arte de ensinar. Estas coisas de saber tudo não existem, a "velhice" pode não trazer muita sabedoria mas traz certamente a responsabilidad e de partilha. Oxalá com o avanço da idade sinta essa responsabilidad e. Obrigado pelo seu comentário
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+1 #3 Humberto Gomes 17-04-2014 18:00
Caro companheiro Carvalho (treinador jovem, imagino).
O João Ribeiro não precisa que alguém assuma a sua "defesa". Mas como estamos nas "coisas" do basket - o mais completo desporto de equipa -, permita-me que classifique o seu comentário de retrógado ao classificar como retrógada a visão do seu autor.
Pela simples razão de que as regras de ouro enunciadas, bem poderiam figurar num compêndio de verdadeira pedagogia !
E já terá imaginado que se os treinadores jovens têm dedicado muitas horas ao ensino do jogo, talvez que os velhotes já tenham dedicado muitos anos?!
Permita-me só uma referência, a John Wooden, que saberá de quem se trata - verdade?-: "O talento é um dom de Deus, seja grato; a fama é um dom dos homens, seja humilde; a presunção é um dom de si próprio, seja cuidadoso".
Bom estudo e boa Páscoa.
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+2 #2 Carvalho 16-04-2014 16:40
Como treinador jovem, presente nas festas vejo este artigo como uma visão bastante retrograda. Será que o futuro não esta nestes treinadores jovens que dedicam muitas horas da sua vida ao ensino da basket aos mais novos e a estudar para os ensinar? Esta na hora dos velhotes deixarem de pensar que sabem tudo.

Durante as festas vi vários jovens a treinar e não os vi a deixar de puxar pelas suas equipas, reclamar com arbitros, faz parte do jogo apesar de não se dever fazer.
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+1 #1 San Payo 16-04-2014 14:17
Mais uma vez parabéns
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