O futuro do basquetebol
 
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O futuro do basquetebol

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Prof. Mário LemosNos momentos eleitorais muito se discute sobre o futuro do basquetebol português. Nessas ocasiões surgem muitas ideias e sugestões. Muitas promessas são feitas.

No entanto passado o momento eleitoral, muitas dessas ideias e sugestões ou promessas são esquecidas. Esperemos que o universo do basquetebol saiba marcar a diferença. Como agora em 1972 já se discutia sobre o futuro da modalidade e qual a importância do minibásquete nesse futuro. Na continuidade da publicação da reportagem de Jorge Schnitzer escutemos o que o Prof. Mário Lemos tinha para nos dizer sobre o minibásquete e o futuro da modalidade.

Continuo a dizer que o minibasquete é uma coisa e o basquetebol outra. No entanto,  ainda que não seja o objectivo primordial que se pretende, a verdade é que o minibásquete cria um jogador potencialmente mais disponível, mais rico de potencialidades de adaptação a qualquer situação que lhe surja num encontro.

Por isso acho que o minibasquete também pode ser útil para o futuro do basquetebol, até porque não há nenhuma razão para se pensar que os nossos jogadores não são morfologicamente os mais indicados para o basquetebol. Ainda recentemente estive em Salamanca com Edward Jucker, que já foi duas vezes campeão dos Estados Unidos, e que é professor na Academia Militar de West Point. Pelo regulamento de admissão de cadetes na Academia esta não pode ser frequentada com jovens com mais de 1.90 m de altura. Mesmo assim a Academia bate-se de igual para igual com qualquer equipa com jogadores de dois metros e de dois metros e dez. Isto porquê? Porque o que é necessário é criar no jogador disponibilidade para este encontrar a melhor maneira de se bater com o seu colega mais alto. Pois o minibasquete, pela liberdade que confere ao jovem, cria-lhe esse espírito, e, no campo, ele sabe-se bater contra qualquer jogador de qualquer altura e qualquer peso.

O caso português: - Desde muito pequena, que a criança em Portugal começa a ser traumatizada, se tende a crescer, prematuramente, de modo a poder ser mais alta do que 1,90 m. O núcleo onde está inserida, inutiliza-a, chamando-lhes os componentes desse núcleo “girafas”, “cavalos de pau” etc. Por isso na fase crítica da adolescência, se cria uma situação de desequilíbrio a essas crianças. Por isso, há uma fuga, sempre que se pressente passar essa barreira de altura. O basquetebol português vive assim, os problemas semelhantes ao dos cadetes de West Point.

O seu treinador, Jucker, resolveu o problema, criando um sistema defensivo que contraria o conceito de que a melhor defesa é o ataque. A melhor defesa é uma boa defesa e é isso que eles praticam, porque estão disponíveis para tal. Assim, é o ataque que só faz o que a defesa deixa fazer. É o aparecimento da defesa premente em todo o campo, e não só no meio campo do que defende, ou junto do seu cesto. Esta situação ou qualquer outra, está à mercê de jogadores em situação de equilíbrio, disponíveis para resolver as situações criadas pelo jogo."

 

 


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