Má prestação defensiva
 
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Má prestação defensiva

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Ricardo VasconcelosLuxemburgo - O 2º jogo de controlo realizado esta 4ª feira no Sports Hall, em Oberanven, localizado a pouco mais de 10 minutos de autocarro, desde o hotel onde estamos alojados,

terminou com a vitória do Luxemburgo que se desforrou do desaire da véspera.

Como é que foi possível acontecer a desforra luxemburguesa? Duas razões fundamentais: Portugal voltou a entrar mal e desta vez não conseguiu a reviravolta, porque defendeu mal. Mas na hora da derrota é importante retirar ilações e aprender com os erros.

Não há muito a dizer de um jogo em que só estivemos na frente um minuto, quando Ana Oliveira acertou o 1º dos seus 3 triplos no minuto 2 (0-3). O 1º período (21-17) indiciava uma má prestação defensiva das nossas representantes.

No 2º quarto (21-7) à defesa permeável juntou-se uma fraquíssima eficácia nos lançamentos de 2 pontos (1/13), uns impensáveis 8%. Por seu turno o acerto das luxemburguesas nos tiros de 3 pontos era tremendo (7/9), com realce para os 80% de Lynn Schreiner (4/5), embora a eficácia lusa nessa vertente também fosse boa (6/14). O problema é que a diferença na percentagem dos lançamentos de campo era abissal: 61%-26%, favorável às anfitriãs.

No 3º período (12-10) o seleccionado luso melhorou defensivamente e baixou a fasquia para 13 pontos (47-34), à entrada do minuto 25, obrigando o treinador da casa, Hermann Paar, a pedir um desconto de tempo. Algumas decisões da arbitragem a revelarem nítido caseirismo resultaram em duas faltas técnicas, que abanaram a equipa portuguesa, a que se juntou a 4ª falta de Lavínia Silva, no minuto 29, obrigando que Ricardo Vasconcelos a resguardasse no banco. A equipa já não se reencontrou até ao final dos 30 minutos jogados (54-34), tendo sofrido um parcial de 7-0.

No último quarto (11-17), Portugal ainda voltou a reduzir a desvantagem para 14 pontos (59-45), no minuto 35, após um parcial de 0-8, culminado com a 3ª bomba de Laura Ferreira. O seleccionador luxemburguês parou o cronómetro no minuto 36 e até final as anfitriãs conseguiram gerir a vantagem, pese o inconformismo luso patente no 4º triplo de Laura (61-48), no minuto 38 e nas acções de Sofia Carolina a provocar uma falta (63-49) e a selar o resultado com um duplo (65-51).

Ricardo Vasconcelos, seleccionador português, espelhava no rosto o desânimo. No final da partida, disse-nos: «Entrámos no jogo novamente de forma muito relaxada e a permitir que o Luxemburgo ganhasse confiança. Nunca conseguimos uma qualidade colectiva que nos permitisse ganhar o jogo e a prova disso foi uma 1ª parte fraquíssima em termos defensivos. Sofremos 42 pontos de um adversário com menos talento do que nós, o que tornou difícil a reviravolta para a 2ª metade. Apesar de termos melhorado defensivamente na etapa complementar (sofremos 23 pontos), a fazer 17,2% nos lançamentos de 2 pontos (5 em 29) é impossível ganhar jogos. Isto é: permitir 24 pontos na área pintada ao Luxemburgo quando nós só marcámos 10, coloca-nos numa posição em que é muito difícil ganhar. Voltámos a estar bem no capítulo dos 3 pontos (11/26) ou seja 42%, mas fizemos 20 turnovers contra uma equipa que voltou a defender zona durante os 40 minutos.»

Resultado: Luxemburgo 65-51 Portugal

Destaque nas vencedoras para um quarteto liderado por Nadia Mossong, MVP do jogo (17,0 de valorização) ao contabilizar 17 pontos, 6/9 nos lançamentos de campo repartidos por 3/5 nos duplos e 3/4 nos triplos, 5 ressaltos sendo 1 ofensivo, uma assistência, 1 roubo e 3 faltas provocadas com 2/3 nos lances livres, muito bem acompanhado pela triplista Lynn Schreiner (17 pontos, 6/10 nos lançamentos de campo repartidos por 2/3 nos duplos e 4/7 nos triplos, 2 ressaltos defensivos, 5 assistências, 1 roubo e uma falta provocada com 1/2 nos lances livres), pela base Cathy Schmit (8 pontos, 2 ressaltos sendo 1 ofensivo, 8 assistências, 2 roubos e 4 faltas provocadas com 2/2 nos lances livres) e por Lisa Jablonowski (11 pontos, 1/1 nos triplos, 5 ressaltos sendo 2 ofensivos, uma assistência e duas faltas provocadas com 2/2 nos lances livres).

Na selecção lusa as mais valiosas foram Sofia Carolina (10 pontos, 8 ressaltos sendo 5 ofensivos, 3 assistências, 1 roubo e 4 faltas provocadas com 4/7 nos lances livres), Carla Nascimento (6 pontos, 2/3 nos triplos, 5 ressaltos sendo 2 ofensivos, duas assistências, 2 roubos e 4 faltas provocadas) e Laura Ferreira (14 pontos, 4/9 nos triplos, 3 ressaltos sendo 2 ofensivos, duas assistências, 2 roubos e 5 faltas provocadas com 2/3 nos lances livres). Bons contributos de Lavínia Silva na luta das tabelas (9 ressaltos sendo 6 ofensivos) e de Ana Oliveira da linha dos 3 pontos (3/8).

Ficha de jogo
Sport Hall em Oberanven

Luxemburgo (65) – Cathy Schmit (8), Liz Schmitz (3), Tessy Hetting (8), Nadia Mossong (17) e Evelyne Stoll (1); Lynn Schreiner (17), Lisa Jablonowski (11), Michèle Orban e Laure Diederich.

Portugal (51) – Carla Nascimento (6), Daniela Domingues (3), Ana Oliveira (13), Laura Ferreira (14) e Sofia Carolina (10); Lavínia Silva (2), Inês Faustino, Jessica Almeida, Michélle Brandão, Francisca Braga, Aurélie Pinto (3) e Dora Duarte.

Por períodos: 21-17, 21-7, 12-10, 11-17

Árbitros: Patrick Glod, Georges Wolzfeld e Hansen

Amanhã (5ª feira) a equipa tem folga de manhã, treinando a partir das 16H00. A partida para a Letónia (Riga) está marcada para a próxima 6ª feira, de manhã, bem cedinho. Teremos que estar no aeroporto por volta das 05H00, na medida em que o voo da Luxair LG9301 que nos levará até Frankfurt parte às 06H45. Uma viagem curtinha (50 minutos) mas no aeroporto de Frankfurt a escala é de 2 horas e meia: o voo LH890 para Riga tem a partida agendada para as 10H05, com chegada prevista para as 13H10 locais.

 

 


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