Antevisão do jogo com Itália
 
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Antevisão do jogo com Itália

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Carla NascimentoNa véspera do Portugal-Itália, jogo referente à 2ª jornada da fase de qualificação do EuroBasket Feminino 2015, a equipa fez dois treinos (um de manhã e outro à tarde),

mostrando que está recuperada do enorme desgaste da viagem desde Riga, feita na 2ª feira. Depois da dispensa da extremo/poste luso-francesa Aurélie Pinto, decisão tomada antes do compromisso com a Letónia, no passado domingo, pelos motivos atempadamente explicados (a FIBA considerou-a naturalizada, ficando portanto em igualdade de circunstâncias com a poste Sofia Carolina), o grupo ficou momentaneamente reduzido a 11 jogadoras, mas a chegada da base/extremo Mª João Correia (CAB Madeira) veio completar o lote das 12 às ordens do nosso timoneiro.

À semelhança do que fizemos em Riga, antes do jogo com a Letónia, quisemos saber o estado de espírito das nossas representantes, registando a opinião do seleccionador luso na antevisão da partida com a squadra azurra: «Obviamente que a Itália tem aspirações claras de se qualificar para a fase final do Europeu 2015, mas apesar de entrar em campo como equipa favorita, dos jogos que pudemos observar sentimos que é uma Itália abaixo do valor normal dos últimos anos. Revelou mais inconsistência do que o normal, alternando períodos largos de bons e maus minutos e mostrou-se débil ao nível da transição defensiva.»

Naturalmente que a entrada de Mª João Correia veio elevar os níveis de confiança das suas companheiras, face às características muito particulares da versátil jogadora madeirense. Na época de 2013/14 foi a melhor marcadora portuguesa da Liga Feminina, tendo sido uma peça fundamental na sua equipa. Mas Ricardo Vasconcelos é consciente e simultaneamente cauteloso na sua análise a este novo cenário: «Em relação à entrada da Mª João é importante dizer que ela não chega para resolver todos os nossos problemas. Como é fácil de calcular, juntando-se ao grupo nesta fase, existem ainda algumas rotinas que não estão adquiridas. Assim sendo o contributo dela será no sentido de dar mais consistência à equipa, alargando a rotação das jogadoras exteriores.»

Para quem se interessa mais pelos números, recordar que a Itália esteve na fase final do Europeu 2013, tendo terminado no 8º posto, atrás da Suécia. Depois de ter sido 3ª na fase de grupos, Grupo B, atrás da Espanha e da Suécia, passou à 2ª fase integrando o Grupo E, onde perdeu com a Turquia mas venceu a República Eslovaca e Montenegro. Nos quartos-de-final foi afastada das meias-finais pela Sérvia, sendo relegada para o escalonamento do 5º ao 8º lugares, onde foi batida pela República Checa e por último pela Suécia, no jogo para atribuição da 7ª/8ª posições. Recuando a 2009, no Campeonato da Europa disputado em Riga, a Itália foi 6ª à frente da anfitriã Letónia (7ª), desforrando-se da classificação obtida em Chieti dois anos antes, no Europeu 2007, quando a Letónia fez 4º lugar, uns furos acima da Itália (9º).

No intervalo do jogo de amanhã, com início marcado para as 21H00, no Pavilhão Multidesportos Dr. Mário Mexia, em Coimbra, será entregue uma singela lembrança à capitã da selecção portuguesa, a base Carla Nascimento, por ter entrado no clube das centenárias (são 13). Carla completou a sua 100ª internacionalização em Junho de 2013, na fase de qualificação do Europeu 2013, realizada em Israel, precisamente na partida com a Alemanha. Amanhã a capitã lusa, que esta época ajudou a sua equipa (CB Al-Qazáres, de Cáceres) a subir à 1ª Liga espanhola, atinge as 109 internacionalizações, o que lhe dará neste momento a 7ª posição no ranking das jogadoras portuguesas mais internacionais, atrás de Susana Soares (174), Mery Andrade (129), Vera Jardim (114), Sofia Ramalho (112), Joana Fogaça e Sandra Duarte, ambas com 110.

 

 


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