A selecção nacional começou com uma derrota a fase de qualificação para o Europeu 2015, ao perder com a Hungria em Sines por 38-58.
Portugal entrou nervoso no jogo, com a grande maioria dos seus atletas a sentir o peso da responsabilidade de envergar a camisola nacional numa competição internacional. Presos de movimentos e pouco esclarecidos no ataque, os atletas nacionais iam somando erros e más decisões que levaram a que os visitantes rapidamente se distanciassem no marcador. Os Húngaros apresentaram-se mais concentrados e confiantes nas suas capacidades e apesar das suas próprias limitações souberam tirar partido da inexperiência lusa e aproveitar as falhas nacionais. Com uma defesa agressiva e preparada para condicionar a fluidez ofensiva de Portugal, os húngaros impuseram o físico e dominaram a luta das tabelas perante a passividade dos nossos atletas. No ataque, o extremo Vojvoda (20 pts, 18 deles na primeira metade) revelou-se extremamente eficaz, sobretudo ao tirar partido dos mismatches causados pelas trocas defensivas nos bloqueios directos. E assim, com processos simples mas mais eficazes, os húngaros cavaram uma diferença no marcador à qual o conjunto nacional não conseguia reagir. O final do primeiro período chegou com o marcador em 10-23 e ao intervalo a diferença atingia as duas dezenas (20-41).
Após o reatamento viu-se finalmente alguma chama na equipa orientada por Mário Palma, com Arnette Hallman (8 pts e 9 res) a trazer alguma emoção para o jogo e a acordar o público com dois afundanços consecutivos. Contudo, o técnico visitante parou de imediato a partida e quebrou de imediato o ritmo de uma possível recuperação lusa. Portugal estava agora melhor do ponto de vista defensivo e conseguia parar Vojvoda, contudo o ataque continuava pouco esclarecido, e a diferença no marcador mantinha-se na casa dos 20 pontos. Assim se jogou durante toda a segunda metade a um ritmo lento e pouco exuberante, com a vitória final a assentar bem aos visitantes sobretudo pelo que fizeram na primeira parte.
Os números finais são bem elucidativos da falta de eficácia ofensiva nacional, com Portugal a somar apenas 10 pontos em três dos quatro períodos e 8 no outro. Arnette Hallman foi a melhor exibição do lado português a par de Fábio Lima (12 pts), que terminou como o melhor marcador. Pelos visitantes, os melhores foram Vojvoda e o poste Keller (15 pts e 13 res).
A competição não pára e o próximo jogo é já na quarta-feira diante da República Checa, que este domingo perdeu na Geórgia por 73-62.
Comentários
acho que não é só a falta de experiência internacional que explica isto .
Porque razão não está o Miguel Minhava a jogar?