Portugal perdeu o segundo jogo na fase de qualificação para o Eurobasket 2015, ao ser derrotado na República Checa por esclarecedores 89-53.
Apesar da diferença dilatada no marcador que espelha e bem o desequilíbrio de forças em confronto, Portugal deixou neste jogo uma imagem um pouco mais positiva do que a que ficou do primeiro encontro diante da Hungria. Certo é que do ponto de vista defensivo sofremos muitos mais pontos, mas no ataque as coisas funcionaram melhor. Mais soltos e confiantes nas suas capacidades, os atletas portugueses entraram bem no encontro e enquanto o tiro exterior funcionou mantiveram-se na discussão da partida. Os 5 triplos convertidos nas primeiras 6 tentativas permitiram a Portugal manter-se por perto, mesmo apesar do domínio avassalador dos Checos nas tabelas. No entanto, assim que o tiro exterior deixou de entrar, os homens da casa dispararam no marcador fazendo valer a sua superioridade nos ressaltos e a eficácia nos contra-ataques. Em poucos minutos, a diferença passou de 7 (30-23) para 18 pontos (41-23) e logo aí o jogo ficou decidido.
Ao intervalo a diferença de 20 pontos (51-31) dava alguma tranquilidade aos Checos, que abordaram a segunda parte de uma forma mais relaxada e dando descanso a alguns dos seus principais atletas. Mário Palma aproveitou tambem para dar tempo de jogo a todos os seus jogadores e para testar algumas variações defensivas, alternando defesas homem com zona e pressing a todo o campo.
Quanto ao evoluir do marcador, esse continuou a acentuar as diferenças entre os dois conjuntos, e com o ritmo de jogo imposto pela equipa da casa a contribuir para uma pontuação mais elevada. O jogo terminou com mais uma derrota pesada para as cores nacionais, que foi completamente esmagada na luta dos ressaltos (52-27) e só a espaços deu mostras de poder competir com os Checos. A diferença de peso e de estatura ajuda a explicar em parte este desequilíbrio na disputa dos ressaltos, mas não explica tudo. As falhas de concentração pagam-se caro a este nível e foram várias as vezes em que os nossos atletas ficaram a ver jogar, enquanto os seus mais experientes adversários pareciam estar sempre no lugar certo à hora exacta. O desafio desta tarde provou uma vez mais, que há ainda um longo caminho a percorrer até que a nossa selecção consiga efectivamente competir com adversários com aspirações a marcar presença em fases finais como é esta equipa Checa.
Do ponto de vista individual, a melhor exibição da partida pertenceu ao base checo Tomás Satoransky (18 pts, 6 res e 5 ass), enquanto do lado nacional, o destaque vai para José Silva (11 pts) que se mostrou bastante eficaz e confiante no seu lançamento.
A selecção nacional regressa novamente a Portugal para disputar o terceiro jogo desta fase de qualificação diante da Geórgia. A partida está marcada para o próximo domingo em Ovar pelas 16h00. De referir que no outro jogo do grupo, a Geórgia, onde pontifica o poste dos Milwakee Bucks Zaza Pachulia, perdeu fora com a Hungria por 74-73.