Em New Orleans mora a equipa dos Pelicans que espera voltar a não ter uma época atormentada pelas lesões como tem acontecido nos últimos anos.

Com um cinco inicial relativamente forte, mas com poucas soluções no banco, os Pelicans são hoje em dia uma equipa excessivamente dependente de três ou quatro atletas cuja condição física não tem sido a melhor nos últimos anos. Anthony Davis é claramente a cara da equipa e o jogador à volta de quem os Pelicans pretendem construir o seu grupo nas próximas temporadas. Mas o jovem extremo-poste não consegue fazer tudo sozinho e apesar de algum investimento feito no reforço do plantel, os novos elementos têm passado mais tempo no estaleiro do que propriamente dentro do campo. Ryan Anderson, Jrue Holiday, Eric Gordon, Tyreke Evans e o próprio Anthony Davis falharam vários jogos durante a temporada passada e mesmo assim, os Pelicans ainda somaram 34 vitórias. Dessa equipa já não fazem parte Brian Roberts, Anthony Morrow, Al-Farouq Aminu e Jason Smith, elementos da rotação da equipa e que muito boa conta de si deram na ausência dos habituais titulares. Para os seus lugares, chegaram este ano Jimmy Fredette, John Salmons e Omer Asik, sendo que destes três, o último deverá ter entrada directa no cinco inicial. Os objectivos da equipa de New Orleans passam por tentar discutir a presença nos playoffs, uma tarefa que não sendo impossível apenas será exequível, caso os Pelicans se consigam manter distantes dos problemas das lesões.

A figura: Anthony Davis

Primeira escolha do draft de 2012, Anthony Davis é já hoje aos 21 anos de idade, uma das certezas da NBA para a próxima década. Dotado de capacidades físicas impressionantes e de uma envergadura de braços enorme (2,22m), Davis é um dos jogadores mais influentes da NBA nas áreas próximas do cesto. Apesar da desvantagem de peso perante atletas mais fortes fisicamente, Davis é mais rápido e ágil que a maioria dos seus adversários directos e é aí que lhes consegue ganhar vantagem. As médias de duplo-duplo no seu segundo ano na liga (20.8 PPJ, 10.1 RPJ e 2.8 DLPJ) valeram-lhe a selecção para o jogo All-Star e o céu é o limite para este jovem talentoso que deverá vir a ser uma das grandes figuras da competição nos próximos anos.

O treinador: Monty Williams

Após quatro temporadas na liderança do conjunto de New Orleans, Williams tem um duro teste pela frente à partida para esta época. À medida que os anos passam, o grau de exigência vai aumentando e o estado de graça de Monty Williams já lá vai, até porque os resultados tardam em aparecer. Depois de uma época de estreia surpreendente que culminou com a presença dos então Hornets nos playoffs, seguiram-se três temporadas negativas. É certo que a equipa teve muitas lesões em elementos importantes, no entanto, caso os resultados continuem a não aparecer a continuidade do treinador poderá estar em causa.

Cinco inicial

Jrue Holiday
Eric Gordon
Tyreke Evans
Anthony Davis
Omer Asik

O joker: Ryan Anderson

Temível lançador de longa distância, Ryan Anderson é uma peça chave para o sucesso do conjunto liderado por Monty Williams. O extremo de 26 anos já voltou a competir e parece preparado para voltar em força depois da lesão no pescoço sofrida em Janeiro e que o obrigou a falhar grande parte da temporada passada. Em apenas 22 jogos na temporada 2013-14, Anderson obteve praticamente 20 pontos de média (19.8 PPJ) e as melhores percentagens da sua carreira (LC: 44%, L3: 41% e LL: 95%). Com a presença de Davis e Asik no cinco, Anderson deverá assumir-se como a grande referência ofensiva da segunda unidade dos Pelicans e terá carta-branca para atirar. Caso consiga manter a eficácia evidenciada no ano passado, poderá ser um dos principais candidatos a 6º melhor jogador da competição.