O objectivo está definido, as expectativas são elevadas, mas tudo está nas mãos de Derrick Rose e da sua capacidade em voltar a jogar ao seu melhor nível.

Depois de duas lesões devastadoras que o limitaram à disputa de apenas 49 jogos em três temporadas, Derrick Rose está novamente de regresso aos Bulls. Mas algumas dúvidas permanecem no ar, tais como: Que Derrick Rose estará de volta? E será que os problemas físicos estão definitivamente ultrapassados? A resposta a estas duas questões fará a diferença entre a possibilidade de lutar pelo título ou a eliminação nas primeiras eliminatórias do playoff. Com o regresso de Rose e a chegada de Pau Gasol e Nikola Mirotic a Chicago, os Bulls apresentam na teoria a sua equipa mais forte dos últimos anos e são naturais candidatos a chegar à final da conferência Este. Relativamente à época transacta, há apenas a registar a saída de Carlos Boozer, cujo contrato foi amnistiado pelos Bulls para garantir espaço salarial para atacar alguns dos agentes livres disponíveis. Depois de falhado o alvo principal, Carmelo Anthony, os Bulls viraram-se para Pau Gasol e foram bem sucedidos. O gigante espanhol é um dos melhores do mundo a jogar na sua posição e irá formar em Chicago uma dupla de postes temível ao lado de Joakim Noah. Os Bulls contam ainda com Taj Gibson para a rotação no jogo interior e com atiradores de excelência como Mike Dunleavy ou o rookie Doug McDermott. Outro dos grandes reforços é o montenegrino Nikola Mirotic, que aos 23 anos soma já inúmeros títulos na Europa ao serviço do Real Madrid mas que terá de se adaptar à realidade americana. Ainda no jogo exterior, Jimmy Butler será seguramente titular não só pela sua extraordinária capacidade defensiva, mas tambem pela melhoria do seu jogo ofensivo, Kirk Hinrich e Aaron Brooks apresentam-se como alternativas a Rose, enquanto Tony Snell deverá dar continuidade ao bom trabalho realizado no ano passado.

A figura: Derrick Rose

MVP da fase regular da NBA em 2011 com apenas 23 anos, a carreira de Rose estava lançada quando surgiu a grave lesão no ligamento cruzado anterior do seu joelho esquerdo. Após longa paragem e período de recuperação, Rose voltou à competição mais de um ano depois, mas dez jogos volvidos, voltou-se a lesionar. Desta vez no mensico do joelho direito, que obrigou a nova cirurgia e a mais uma paragem prolongada. Rose apenas voltou a competir este verão ao serviço da selecção do seu país que conquistou o campeonato do mundo. Apesar de estar ainda longe do que foi em tempos, mostrou que está aparentemente bem do ponto de vista físico e capaz de acelerar e explodir para o cesto bem ao seu estilo. Falta ainda ver de que forma estará do ponto de vista mental e se o trauma das lesões o impedirá de jogar com a confiança que tão bem o caracterizava.

O treinador: Tim Thibodeau

É um dos treinadores mais conceituados da actualidade, sobretudo pela consistência defensiva que vem caracterizando as suas equipas. Com uma carreira de mais de 20 anos enquanto treinador adjunto de diversas equipas da NBA, Thibodeau saltou para a ribalta ao serviço dos Boston Celtics, onde as suas competências enquanto especialista defensivo o puseram no centro dos holofotes. O convite para assumir o comando técnico de uma equipa não foi imediato, mas quando surgiu foi irrecusável e Thibodeau agarrou-o com unhas e dentes. Caracterizado pela forma intensa como vive os jogos e faz ouvir a sua voz rouca a partir do banco, Thibodeau espera poder contar esta época com o seu plantel na máxima força, para atacar o título que os responsáveis dos Bulls perseguem desde o abandono de Michael Jordan.

Cinco inicial

Derrick Rose
Jimmy Butler
Nikola Mirotic
Pau Gasol
Joakim Noah

O joker: Pau Gasol

Mal amado em Los Angeles, o mais velho dos irmãos Gasol procura encontrar em Chicago uma nova casa onde as suas capacidades sejam mais apreciadas. Apesar dos seus 34 anos, Gasol continua a ser um dos melhores do mundo a actuar em posições interiores, como tão bem demonstrou no último mundial. Um gigante de 2,13m e com uma enorme envergadura de braços, Gasol nunca parou de evoluir ao longo da sua carreira e ano após ano tem enriquecido o seu arsenal ofensivo com novas armas. O seu ponto menos forte é nitidamente a defesa, um aspecto que deverá ser melhorado simplesmente pela presença de Tom Thibodeau no banco da sua equipa.