As minhas férias estão aí à porta, e como tal, também se aproxima o mês em que eu interrompo a minha colaboração semanal no Planeta Basket, não sem deixar de fazer um breve balanço e tecer algumas considerações sobre este final de época verdadeiramente vertiginoso.
Desde de quinta-feira 25 de Junho dia em que fui buscar o Pablo Esper ao aeroporto até hoje dia 20 de Julho, quando os formandos do segundo grupo do curso da Associação de Basquetebol de Lisboa irão fazer o teste prático final do grau 1, tem sido um ritmo alucinante, que passou pela Festa do Minibásquete em Paços de Ferreira e pelo Jamboree de Esposende. Foi quase um mês "non-stop".
Não sei quantos anos mais vou aguentar este ritmo, meio a brincar meio a sério costumo dizer que a "alma" e a vontade ainda são grandes a "carcaça" é que diz toma juízo, contudo por um conjunto alargado de razões estou feliz, pelo que vou fazer um breve balanço destes dias.
Ter o privilégio de durante 4 dias acompanhar de perto um dos grandes nomes mundiais da formação, nomeadamente do minibásquete, com quem pude falar e trocar ideias prolongadamente foi uma oportunidade única, que muito me enriqueceu não apenas do ponto de vista técnico, mas também do ponto de vista humano. Tenho pena que o Pablo não tenha tido mais tempo, e que não tenha tido tempo para expor a sua abordagem da aprendizagem do jogo e a importância que dá às tomadas de decisão. Contudo todas as “brincadeiras com cones, jornais e balões, etc”, expostas pelo Pablo foram fantásticas e pude testemunhar de perto, do enorme agrado dos minis presentes. Sem desprimor para os outros prelectores, dos muitos treinadores com quem falei, estes disseram-me que as intervenções que mais tinham gostado, tinham sido as do Pablo e do Diego. Do Diego para mim a frase chave das suas intervenções, é que cada vez mais temos que ter consciência, que uma coisa é ensinar jogadas, outra é ensinar a jogar. Quer se queira, quer não, em Portugal ainda se está muito no paradigma de ensinar jogadas. Seria bom conseguir mudar de paradigma.
De Cantanhede saltei para Paços de Ferreira, onde tive mais um privilégio, o privilégio de ser cicerone e acompanhar durante mais quatro dias, de perto o Prof. Hermínio Barreto. Penso que a sua intervenção junto dos treinadores, muito contribuiu para ser o ano em que os treinadores no seu conjunto, tivessem o melhor comportamento de sempre, o que muito me agradou. Obrigado professor por ter estado presente e obrigado aos treinadores por terem compreendido a mensagem de Hermínio Barreto, outra figura de renome internacional do ensino do jogo. Esta foi a Festa em não tivemos presentes treinadores, que poderiam estragar a Festa, como me disse uma vez o amigo Miguel Pereira e actual Vice-Presidente da FPB, no final de uma das anteriores festas de Paços de Ferreira. Por poder lidar de perto com os conhecimentos e estatura ética e moral dos companheiros Pablo e Hermínio. só me posso sentir um privilegiado. Para a semana termino a colaboração antes de ir de férias a falar do jamboree e do curso do grau 1. depois vem o descanso.
Comentários
Beijinho grande, vemo-nos em Setembro
Inês