Valorizemos o praticante
 
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Valorizemos o praticante

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Valorizemos o praticanteAssim mesmo! Porque o centro da atuação do treinador se deve focar no que de mais importante o desporto tem: o praticante. Iremos desenvolver, ao longo de uma série de artigos,

este tema de forma sistemática, promovendo e apontando como exemplo as boas práticas e denunciando e tentando corrigir, para erradicar as outras, as más.

Arranjar soluções para os praticantes, particularmente para os jovens jogadores, valorizando a sua prestação, correspondendo às suas legítimas expetativas, corresponderá, como consequência, a valorizar o nível, a qualidade do jogo, para o qual tanto se tem discutido, dissecando os problemas, na procura do melhor caminho, tomando como ponto de partida as boas referências, os melhores exemplos.

Um qualquer programa de desenvolvimento, deverá obedecer a uma estratégia, a uma planificação que, considerando os meios e recursos existentes - responsavelmente validados, porque competentes -, seja capaz de os otimizar.

Nada melhor para chegarmos a uma plataforma de proposta de realização sustentável e enriquecedora, do que tomar como ponto de partida - cá está, então - as Orientações Nacionais, da Direção Técnica Nacional, da FPB, quando refere, e citamos: "A formação de jogadores/as constitui, para a Direção Técnica Nacional, o mais importante assunto/problema do nosso Basquetebol, sobre o qual é urgente intervir, de forma organizada e coordenadamente".

Razão pela qual, acrescenta o documento: "Daí que produzir, divulgar e (ajudar a) aplicar estas Orientações Nacionais tenha sido uma tarefa prioritária solicitada à Equipa Técnica Nacional".

Depois de uma abordagem aos recursos humanos no Departamento Técnico da FPB, refere, ainda, o documento: "Temos consciência que a utilidades destas Orientações Nacionais não é garantida pelo simples facto de estarem produzidas, mas sim pela sua divulgação generalizada junto dos treinadores das categorias de formação e, principalmente, pela forma como estes as aplicarem no seu trabalho diário com os jogadores, tanto nos Clubes, como nas Seleções Regionais".

Sublinhando mais à frente: "Da parte da DTN/ETN e com a cooperação da Escola Nacional de Basquetebol, existe total disponibilidade e empenho para apoiar a sua aplicação estando já a ser implementado um "Plano de Trabalho com os DTR e os Selecionadores Regionais".

Se tomarmos em consideração que o referido documento foi divulgado em Outubro de 2015, face a uma questão que nos foi relatada e, por nós, relativamente confirmada, a qual, pela gravidade de que reveste, nos obriga a uma atenta e serena reflexão, colaborando com o esforço que se está a desencadear, por forma a responsavelmente se chegar a algum sítio, como compreender esta aberrante situação:

Admitamos que determinado treinador/selecionador - com participação na recente Festa do basquetebol -, desprezando em absoluto as Orientações Nacionais, no decorrer do campeonato regional ou na disputa de uma prova nacional, a Taça, na circunstância, utiliza na equipa de clube, escalão de sub-16, o recurso a defesa zonal com 5 jogadores, ou, ainda - o que é mais grave - recorre apenas a 3 ou 4 defensores, abdicando de 2 ou 1 jogadores para, "à volta cá te espero" - recuperação da bola -, ficarem mais próximo do cesto adversário... Verdadeiramente infeliz e surrealista, acrescentaremos.

Atribuída a responsabilidade de coordenação do "Percurso de Formação do Jogador", ao selecionador nacional de sub-16, António Paulo Ferreira, que o dá a conhecer nas Orientações Nacionais, quando evidencia a Estrutura das Etapas de Formação:

  • Minibasket - Fidelização - Geral /Básica
  • Sub-14 - Iniciação - Fundamental
  • Sub-16 - Orientação - Construção
  • Sub-18 - Especialização - Ligação

E nos dá a conhecer as questões prévias para a definição de um modelo de jogo, objetivos e indicações metodológicas para a construção das unidades de treino, e na alusão à defesa apenas se considera a defesa HxH todo o campo e HxH em meio campo, como aceitar este tipo de situações?

Talvez que aqui, para exemplo de vindouros, haverá que fazer o que tem de, ser feito, ou não?! Se sim, estaremos no caminho de vir a recuperar a modalidade, como de referência, servindo de modelo às restantes. Se não, então, confundindo-se, por vezes, o "conhaque com o serviço", então, em estilo "roda livre", caminharemos alegremente para o ... abismo.
Constatada esta realidade, e uma vez que "estando já a ser implementado um "Plano de Trabalhos comos DTR e os Selecionadores Regionais", que consequências deveriam advir desta aberrante situação?

Diz-se que "com a cooperação da Escola Nacional de Basquetebol, existe total disponibilidade e empenho para apoiar a sua aplicação".

Se nos recordarmos que, enquadrados pela ENB, estão vários formandos/estagiários a observarem este "quadro de operações", que extrair deste estado de coisas, se nada se fizer e o estilo "roda livre" persistir?

Talvez valha, porque a propósito, ter presente que a grande maioria dos dtregionais (sendo que todos se encontram em regime de parte-time) desenvolvem atividades mais do foro administrativo e burocrático, que os desviam, como é óbvio, daquilo que seria o mais importante para as sua funções de DTécnico!

Funções que seria desejável pudessem estar em consonância, em perfeita articulação e coordenadas pelo binómio DTNacional/ENB.

Pela importância de que se reveste a função de DTRegional, pela vivência que o terreno nos tem transmitido, consideramos que a mesma deveria ser desempenhada por quem pela sua competência, conhecimento do jogo, experiência e prática, possa constituir uma autoridade técnica e pedagógica reconhecida.

Regressaremos a 21 de Março, com este mesmo tema.

Até lá, e bom Basket!

 

 


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