Sempre tive muita curiosidade para conhecer a fundo o maior número de realidades ligadas ao basquetebol no maior número de países,
este desejo de sair fora da minha zona de conforto fez-me estar 3 épocas nos Estados Unidos e 8 meses em Espanha. Após estas experiências senti que era altura de perceber o meu nível enquanto treinador principal, sendo assim foi me data a oportunidade de treinar a equipa sénior do C.F. “Os Belenenses” durante 3 épocas. Senti que essa experiência fez-me crescer muito como treinador, e juntando funções de coordenador técnico, conheci a fundo a realidade do basquetebol português.
Após 3 anos em Lisboa, e com a oportunidade de continuar, foi-me feito o convite para trabalhar em Itália, o qual após ponderação aceitei.
A cidade chama-se Fabriano e fica na província de Ancona na região de Marche. É uma cidade pequena (cerca de 31 mil habitantes), e como qualquer cidade italiana tem um grande passado histórico por trás. Gente simpática e que sabe receber, Fabriano fica na história como a cidade que criou e desenvolveu o papel e também como uma pólo industrial muito forte, entre muitas marcas podemos destacar Indesit e Ariston.
O que me atraiu a Fabriano foi, acima de tudo, a sua tradição na modalidade. É conhecida como uma dos maiores pólos de basquetebol italiano devido à sua tradição e ao seu passado onde permaneceu 31 anos consecutivos entre a Seria A1 e a A2, tendo sido campeão da A2.
Ao caminhar pelas ruas desta linda cidade do centro de Itália conseguimos ver o amor que existe pelo jogo, com campos de basquetebol de rua sempre cheios de jovens e muita tradição passado pelos mais velhos.
Neste momento o basquetebol em Fabriano divide-se em dois pólos, a equipa Basket School responsável pela formação (minibasket, sub13, sub14, sub15, sub16) e a equipa Janus Basket Fabriano responsável pelos escalões de pré-competição e competição (Sub18, Sub20 e seniores).
As minhas funções repartem-se pela equipa técnica da equipa sénior/sub20, sub18 e na colaboração com o Basket School.
Ao estar envolvido com estas duas equipas nos diferentes escalões, consigo perceber a fundo como funciona toda a estrutura do basquetebol italiano e, após 3 semanas de trabalho, vejo muitas semelhanças com Espanha e Estados Unidos mas, infelizmente, muito distante de Portugal.
O objectivo destes artigos não se tratam de fazer uma comparação com o basquetebol português mas apenas relatar como se estrutura o basquetebol italiano ao pormenor, deixando para que o leitor façam a sua própria reflexão.
Deixarei os meus contactos no final de cada artigo, e estarei sempre à disposição para partilhar informação via e-mail, telefone ou skype com quem estiver interessado.
Uma das minhas principais motivações, sempre que trabalho fora do pais, será partilhar com todos aquilo que os meus olhos vêm, pois só assim podemos tornar o nosso basquetebol melhor.
Nuno Tavares
+39 347 339 8969
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